“Vós sois a luz do mundo. Não
se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma
candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos
que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Mt. 5:14-16.
Introdução.
Essa é, sem dúvida, a mais
extraordinária declaração a respeito do crente feita em todos os tempos.
Quando analisamos o cenário, as
circunstâncias e as pessoas às quais foram dirigidas essas palavras, elas se
revestem de significado muito especial.
É uma declaração repleta de
implicações no que tange à vida e conduta cristãs.
Essa é uma declaração que nos ajuda
a entender o que significa ser cristão.
A palavra “vós”, que
lemos na declaração de Jesus, aponta para cada um de nós.
Corremos o perigo de ler essa
declaração e pensar que nada tem que ver conosco e apenas com os ouvintes
imediatos de Jesus.
Porém,
se nos consideramos crentes, e assim creio, ela se aplica a nós, mesmo após
dois mil anos. Se Jesus estava falando aos Seus seguidores, então estava
falando comigo e com você, pois também somos seguidores do Mestre.
O mundo está em trevas.
Essa solene declaração de Cristo
requer análise mais pormenorizada. Porém, antes, queremos considerá-la em seus
aspectos gerais, procurando extrair as implicações que nos parecem óbvias.
A primeira delas é que o mundo está
em trevas. Ora, se o crente, e tão-somente o crente, é a luz do mundo, então
tudo o mais está em trevas.
Seria isso verdade? Vejamos:
Embora a civilização contemporânea
se jacta de possuir luz científica e cultural, a Bíblia continua afirmando que
o mundo se encontra mergulhado na mais densa escuridão.
O problema é que, embora o homem
receba muita informação, embora tenha o
“conhecimento”, ele não tem conseguido saber como utilizá-lo de forma
adequada. Cito, por exemplo, a descoberta da energia nuclear, que possibilitou
a criação da bomba atômica, um artefato que já demonstrou sua imensa capacidade
de causar destruição e terror.
A dificuldade reside no fato de que
o conhecimento do mundo é puramente mecânico e científico.
Quando consideramos os problemas vitais do ser e do existir, verificamos que o mundo vive mergulhado na pior das trevas de sua história, e a declaração do Senhor Jesus salta-nos aos olhos como a mais pura e cristalina de todas as verdades.
Meditemos por um momento no terreno
da vida, na conduta e no comportamento humano. Existem muitas pessoas dotadas
de profundo conhecimento em várias áreas do pensamento e que são consideradas
pessoas fracassadas em sua vida pessoal.
O insucesso no casamento tem sido um
dos campos mais atingidos pelas celebridades. As relações matrimoniais entre
pessoas famosas duram pouco, simplesmente por que não se consegue tolerar
mutuamente – “Que seja eterno enquanto
dure”.
As nações também não se entendem.
Pelo ângulo político, social e econômico se observa um mundo em trevas.
E o que dizer quando o assunto é religião?
Segundo o Instituto Oxford da Inglaterra, em 2005 existiam 34.000 religiões (hoje aproximadamente 36.000).
Por toda parte se levantam
movimentos fanáticos em que, de forma cega e servil, multidões se dobram diante
de líderes exploradores da ingenuidade das pessoas, deixando de lado a
iluminação da Palavra de Deus que conduz para a vida.
É com pesar na alma e dor no coração que somos obrigados a admitir, ainda que a contragosto, que o mundo se encontra mergulhado nas mais densas trevas também no campo espiritual.
Temos sido de fato a luz?
Enquanto pensadores, filósofos e
cientistas estão perplexos sem saber o que fazer, embora reconheçam a situação
caótica do momento, Jesus aponta para mim e para você, e diz: ”Vós sois a
luz do mundo”.
Temos, de fato, sido a luz do mundo?
Tendo isso em mente, passemos agora
a considerar a questão de acordo com o seu lado prático.
Como é que o cristão se torna a luz
do mundo?
Referindo-se a Jesus, Mt 4:16 diz: “O
povo que jazia em trevas viu grande luz”. A primeira coisa que Jesus fez
neste mundo foi desmascarar as trevas.
Por quê? Porque Ele era diferente
de todas as pessoas que viviam nas trevas.
O crente genuíno é, inevitavelmente,
a luz do mundo, não porque se esforça para ser, mas porque isso lhe é natural.
Pelo fato de ser o que é, o cristão
leva uma vida diferente e isso por si só denuncia todas as outras maneiras
erradas de viver, deixando envergonhado quem as executa.
Alguém já chegou até você, sem nunca
tê-lo visto antes, com a pergunta: “Você é crente?” Certamente foi num
momento em que você estava condizente com o comportamento de cristão.
Por outro lado, ninguém fará essa
pergunta ao vê-lo entrar na igreja com a Bíblia na mão. Essa pergunta só é
feita quando há contraste; quando você, de fato, atua como a luz do mundo.
“Levem a luz aonde quer que forem; mostrem que
têm força de propósito, que não são pessoas indecisas, facilmente dominadas por
maus companheiros. Não aceitem as sugestões dos que desonram a Deus, antes
procurem reformar, reaver e salvar pessoas do mal”. – Mensagens aos Jovens, pág. 23 (Linguagem
atualizada).
Conclusão.
Finalizando, gostaria de ponderar
com você a respeito de algumas coisas.
Sendo inegável que o mundo precisa
de contrastes, aproveito para fazer algumas perguntas para nossa reflexão:
Onde, como e em que você está
causando contrastes?
Em casa?
No trabalho?
Na escola?
Na utilização do transporte
coletivo?
No trânsito?
No nosso lazer?
No relacionamento com outras
pessoas?
Nos lugares que freqüentamos?
Na nossa aparência?
Na nossa maneira de falar?
No tipo de literatura que trazemos
para dentro de casa?
Nos programas de TV que assistimos?
Nos sites que acessamos na
Internet?
Em nossa temperança e fidelidade?
Pense nisso! Faça agora, neste
momento, um propósito de ser tudo aquilo que Deus deseja que você seja. Deus
deseja e precisa que você seja a luz do mundo!
Esse é o meu desejo e a minha
oração. Amém!!!
Autor:
Desconhecido
Fonte:
Idem
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