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O USO SÁBIO DA VIDA

 

            “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará”. Salmo 37:5.   

 

          Introdução.

           Mais que qualquer outra coisa, a vida cristã significa entrega... O exemplo vem de Jesus: “Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós...”. Ef. 5:2 “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. Ef. 5:25. “Vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. Gál 2:20.

           Ao ver de que modo Jesus entregou-Se a Si mesmo e Se ofereceu por nós, exclamaremos: “Que posso fazer por ti?” Entregar-se, deve ser a resposta. Esta entrega que não pode ser parcial (Atos 4:32-5:11 – Ananias e Safira) e sim  uma entrega total da vida (Marcos 12:41-44 – A moeda da viúva). Como saber?

           Um dia cada um de nós aceitou o convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei...”; Mateus 11:28. Do jeito que nos encontrávamos Ele nos recebeu e aceitou nossa entrega como sendo plena, completa. Você só podia dar a Deus o tanto que compreendia naquele momento.

           Então, justamente quando pensamos haver efetuado uma entrega completa, uma submissão plena, acontece algo que nos mostra quão superficial era a nossa entrega. À medida que descobrimos novas áreas de nossa vida que devem ser oferecidas a Deus, nossa entrega se amplia. E Deus com muita paciência, sempre de modo amorável, nos apresenta outro aspecto ao qual nos devemos submeter.

           E assim prossegue a vida, numa série de reafirmações de entrega a Cristo, as quais vão atingindo profundidades cada vez maiores, alcançando o nosso próprio ser, estilo de vida, e o modo como agimos e reagimos.

           A pergunta óbvia: Até onde vai este processo? Ou então: Quando é que ele se completa? Quando entregamos a Deus tudo quanto temos e somos, pois, de qualquer forma tudo pertence a Ele (I Cor. 3:21-4:2), Ele tudo aceita mas torna a nos devolver o que lhe entregamos, fazendo-nos responsáveis, mordomos ou encarregados, de tudo o que “possuímos”.

           Logo, mordomo é uma pessoa encarregada da administração da casa ou propriedades de outra pessoa; por conseguinte, mordomia é a posição, dever ou serviço de um mordomo.

           Para o cristão mordomia significa a responsabilidade do homem por e pelo uso de tudo o que Deus lhe confiou - vida, corpo físico, tempo, talentos e habilidades, posses materiais, oportunidades de serviço em favor de outros, e seu conhecimento da verdade.

           Servimos como administradores das possessões divinas e vemos a vida como uma oportunidade divina de aprendizado, qualificando-nos para posições de maior responsabilidade sobre as coisas eternas no mundo futuro.

           Em sua dimensão mais ampla, portanto, a mordomia envolve o uso sábio e abnegado da vida.

 

           Formas de Reconhecer a Propriedade de Deus.

           A vida pode ser dividida em quatro áreas básicas, cada uma delas representando um dom de Deus. Ele nos deu um corpo, habilidades, tempo e posses materiais.

           Adicionalmente, temos de assumir o cuidado do mundo que nos cerca, sobre o qual nos foi dado domínio. (Gênesis 1:26-30)

 

           1ª) Mordomia do Corpo (Templo).

           Os filhos de Deus são mordomos de si mesmos. Segundo Lucas 10:27 devemos amar a  Deus de todo o coração, e de toda a nossa alma e com todas as nossas forças, e com todo nosso entendimento.Como mordomos fiéis precisamos fazer bom uso dele. Como tornar esta passagem bíblica uma realidade em nossa vida?

 “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário [templo] do Espírito Santo... e que não sois de vós mesmos? Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. I Coríntios 6:19-20.

           E como é que se glorifica a Deus em nosso corpo?

 

           1º) Alimentação correta. Precisamos de apenas 20% de proteínas e 30% de gorduras, do cômputo geral de nutrientes básicos por dia. Os 50% restantes devem ser preenchidos com carbohidratos. Devemos dividir nossa dieta em, no máximo, três refeições diárias, sendo a primeira, a mais consistente, a segunda, média e a noturna, a mais leve.

 

           2º) Exercícios físicos. Muitas doenças podem ser evitadas, controladas ou minoradas pela prática regular de exercícios físicos, entre outras: diabetes, obesidade, artroses, osteoporose.

 

           3º) Água pura. Precisamos beber, pelo menos dois litros, cerca de oito copos d’água por dia. Este simples hábito prevenirá você contra cistites, cálculos urinários, ajudará na eliminação de substâncias tóxicas e diminuirá a viscosidade sangüínea.

 

           4º) Luz solar. A luz do Sol é desinfetante, pela ação do calor e dos raios ultravioletas, ajuda na conversão da vitamina D vegetal para a forma orgânica que irá agir na absorção intestinal e fixação de cálcio nos ossos. O banho de Sol, de 15 a 20 minutos antes das 10:00h ou após as 16:00h.

 

           5º) Ar puro. Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar atmosférico é de apenas 20,74%. Os demais gases não são úteis no processo da respiração. Assim, como mordomos, devemos preservar nosso direito de respirar, mantendo uma boa postura, evitando o desmatamento, evitando os poluentes do ar e, sobretudo, não fumando.

 

           6º) Repouso. Todos nós necessitamos do sono como forma de repouso. O horário mais adequado é das 22:00h as 6:00h, ou seja, em torno de 8 horas diárias, variando de acordo com a idade. Deve-se buscar um local bem escuro e o mais silencioso possível. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro”. Salmo 4:8 / Salmos 127:1-2 / Êxodo 20:14.

 

           2ª) Mordomia dos Talentos (Dons/Habilidades).

           Cada pessoa possui aptidões especiais. Cada talento pode ser usado tanto para glorificar a pessoa que o possui quanto o doador dos mesmos. Da mesma forma pode aperfeiçoar o talento para a glória de Deus, ou para seu engrandecimento pessoal.

           Segundo a Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30), deveríamos procurar o constante cultivo dos dons que o Espírito Santo nos concedeu, de modo a multiplicá-los.

           Para os fiéis mordomos ter dons, talentos ou habilidades, descobri-los, aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, multiplicá-los é um dever, muito importante é saber usá-los e mais importante ainda está a disposição de usá-los; a Parábola dos Talentos contêm uma benção e uma maldição.

 

           3ª) Mordomia do Tempo.

           Uma vez que o tempo é dom de Deus, cada momento é precioso. Ele nos é concedido para formarmos o caráter a ser levado para a eternidade.

           O tempo é sua dádiva mais importante, pois você só recebeu uma quantidade fixa dele. Se você ama, saiba que a melhor expressão do amor é o tempo. A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos dispostos a investir.

           Quando você dedica seu tempo a alguém, você está dedicando uma porção de sua vida que jamais irá recuperar. O tempo é a sua vida. É por isso que o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo.  

           Sempre que você dá seu tempo, está fazendo um sacrifício, e o sacrifício é a essência do amor. Jesus foi um exemplo disso: “Sejam cheios de amor pelos outros, segundo o exemplo de Cristo, que amou vocês e se entregou a Deus como sacrifício a fim de tirar os seus pecados”. Efésios 5:2.

           Quando, na criação, Deus nos outorgou o tempo, reservou para Si o sétimo dia, o Sábado, com a finalidade de desenvolvermos comunhão com Ele. Entretanto, seis dias foram providos para que a família humana se envolvesse em atividades úteis, de seu próprio interesse.

 

           4ª) Mordomia das Possessões Materiais (Tesouros).

           Deus concedeu a nossos primeiros pais a responsabilidade de administrar o planeta (Gên. 1:28; 2:15). Como mordomos não eram donos, eram administradores. Tudo estava a disposição deles, não apenas para deleite, como também para a sua administração.

         Só uma única restrição lhes foi imposta: não deveriam comer da árvore da ciência do bem e do mal. Ao respeitar essa restrição, estariam eles demonstrando fé nEle e sua lealdade a Ele. Após a queda, a árvore perdeu sua função; Deus não mais poderia prová-los por meio dela. Mas a humanidade ainda necessitava lembrar constantemente que Deus é a fonte de todo bem e de todo dom perfeito (Tiago 1:17) e que é Ele que nos capacita a adquirir riquezas. Deuteronômio 8:18.

           A fim de nos lembrar que Ele é a fonte de todas as bênçãos, Deus instituiu o sistema de dízimos e ofertas.

           Este sistema representa também o meio pelo qual os recursos financeiros se destinaram ao sustento do sacerdócio nos serviços do templo israelita. (Núm. 18:21, 24).

           A IASD adota o modelo levítico como método adequado e bíblico para financiar a propagação mundial do evangelho. (I Cor. 9:11-14).

           Quando devolvemos os dízimos estamos sendo colaboradores de Deus na proclamação do evangelho.

           Assim como um sétimo de nosso tempo (o Sábado) pertence a Deus, assim lhe pertence um décimo das coisas materiais que adquirimos.

           As Escrituras nos ensinam que o dízimo é “santo ao Senhor”, pois simboliza a propriedade divina de todas as coisas. (Lev. 27:30, 32).

           Meu apelo é para que façamos uso da temperança, ou seja, o bom senso de usar com moderação, as coisas consideradas boas e abster-se das prejudiciais.

           Equilíbrio em tudo é o segredo de uma vida saudável.

           Evite excessos em qualquer sentido.

           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

Autor: desconhecido

Fonte: idem        

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