Introdução.
Existe, inclusive no meio
adventista, uma coisa interessante que os estudiosos denominam de cultura
corporativa. Trata-se de um conjunto de regulamentos, de regras, de preceitos,
que são levados a sério, até demais, muito embora não estejam escritos em lugar
nenhum.
“Não
tenho nenhum desejo de perturbar a fé de ninguém. Pelo contrário, quero que
essa fé seja sincera, realista e verdadeiramente bíblica. Mas os crentes, por
vezes, creem em coisas que não estão na Bíblia, por causa de um método errado
de interpretação ou de uma esperança infantil de que Deus assumirá as
responsabilidades por elas”. (O Mito da Grama Mais Verde de J. Allan
Petersen, 4ª Edição/ 1990, Juerp, pág. 63).
O objetivo deste estudo é levá-lo a rever
seus conceitos.
Deus
é avesso a mudanças?
Todos nós certamente temos a
resposta na ponta da língua. Sim. Está escrito lá no livro de Malaquias 3:6. Ou então está lá no livro de Tiago 1:17.
Certo? E.r.r.a.d.o. Errado.
O fato de não
conhecermos a Deus o suficiente (o
conhecimento parcial pode ser mais perigoso que nenhum conhecimento), pode
levar-nos a achar que Deus não gosta de mudanças.
Olhando para a Bíblia vemos tantos
exemplos não convencionais utilizados por Deus para realizar seus propósitos e
manifestar seu poder. Pergunto:
»
Quantas vezes de um casal de
velhos (Abraão e Sara) e do ventre de uma mulher estéril, Deus suscitou uma
nação?
»
Quantas vezes de um exército de 32.000 homens liderado por Gideão, Deus
escolheu somente 300 para guerrear contra os 135.000 midianitas?
»
Quantas vezes de todos os filhos bem apessoados de um belemita chamado
Jessé, Deus escolheu o menor, pastor de ovelhas para ser ungido rei sobre
Israel?
»
Quantas vezes através de uma inseminação artificial feita pelo Espírito
Santo trouxe à luz o Salvador, o Messias?
»
Quantas vezes da saliva misturada ao pó da terra deu a visão ao cego?
»
Quantas vezes através da morte maldita na cruz trouxe vida eterna a todos
aqueles que crêem?
Exemplos não convencionais
divinamente utilizados apenas uma única vez. Certo? Certo. Então, em que
sentido, Deus não muda?
Deus nunca morrerá, Ele é eterno.
Deus é fiel, sempre cumprirá o que prometeu.
Deus nunca vai deixar de ser
amor, misericordioso, longânimo, compassivo e justo.
Deus sempre será Onipotente,
Onisciente e Onipresente.
Homens
e mulheres têm direitos diferentes?
Você acha que tem? Não? Está em
dúvida? Então abra sua Bíblia em Gálatas 3:28: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem
homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.
“A Igreja Adventista do Sétimo Dia é composta de diversos
tipos de pessoas no mundo todo. É uma igreja de mais de 12 milhões de membros
no mundo (em 2002), sendo que mais de 90% desses membros moram fora do
território da Divisão Norte-Americana. As mulheres somam 70% de todos
os membros da Igreja Adventista. Em 1997, quase 40 mil novos conversos foram
evangelizados por mulheres, e nos últimos três anos, 260 mil pessoas foram
batizadas em decorrência do trabalho delas. Esse envolvimento com a
missão legada por Deus, torna as mulheres muito importantes na Igreja”. (TCC, Heber N. de
Lima, UNASP, Maio de 2003).
“Deus
nos criou com características masculinas e femininas, dons peculiares e
responsabilidades espirituais. Somos iguais em valor e importância, mas
diferentes quanto às funções”. (O Mito da Grama Mais Verde de J. Allan
Petersen, 4ª Edição/ 1990, Juerp, pág. 68).
Deve-se
fazer ano bíblico (ler a Bíblia) no período de um ano?
1º de janeiro o início; 31 de
dezembro a conclusão da leitura. Permitam-me fazer outra pergunta: Onde está
escrito que a Bíblia deve ser lida livro por livro começando em Gênesis e
concluída no Apocalipse? Sessenta e seis livros, um a um conforme estão ali
dispostos? “Eu a leio, mas não a entendo”.
Lembra-se da história do eunuco e Filipe?
Até na questão da leitura bíblica
a lógica divina parece não fazer sentido. Parece.
A Bíblia não foi escrita para ser
lida assim. Para o vosso conhecimento, os livros não estão dispostos em ordem
cronológica, nem tampouco os assuntos contidos em seus respectivos capítulos e
versículos estão.
Se você está determinado a ler 3
capítulos de domingo a sexta e 5 no sábado; meus pêsames. Você está
fadado ao fracasso, está candidatando-se a receber um certificado de abandono,
de inconclusão de ano bíblico. Ainda
que consiga você estará realizando algo mecânico, maçante, frustrante com
resultados medíocres.
A própria Palavra de Deus recomenda
como deve ser lida. A resposta encontra-se em Isaías 28:10. “Para compreender qualquer assunto na
Bíblia, temos de considerar tudo que é ensinado nas diferentes partes das
Escrituras. Essas passagens têm de ser reunidas, como se reúnem, por
exemplo, as partes de um quebra-cabeça, para ver o quadro completo, em sua
beleza” (A Bíblia Fala Nº 1).
Logo após a Série de Conferências
(Projeto Viva Melhor) realizado na Ferraria encontrei uma jovenzinha,
recém-batizada, que não estava vindo à igreja e indaguei o porque. A resposta
foi surpreendente: “Ah irmão Nelson,
estou indo na igreja tal porque lá o pastor realiza cultos todos os dias da
semana”.
Isso me leva a formular uma nova
pergunta: Onde está escrito que a frequência a alguma igreja pode salvar
alguém?
O livre arbítrio, bem como a
verdadeira religião concedem-lhe o direito de vir a igreja quando você bem
entender. Mas, antes que você possa pensar o que eu acho que está pensando
escute a seguinte citação do Pr. Lícius O. Lindquist, inserida no Boletim da
Igreja do C.C.A. Bom Retiro em 1º de Abril de 1995, intitulada Palavras do
Pastor: “Paulo disse que aprouve a Deus,
em Sua sabedoria, salvar alguns para a loucura da pregação. Em certo sentido
parece loucura; mas através dos séculos, Deus teve um desígnio para a pregação.
Lembro-me de grandes sermões que ouvi desde a minha infância. Se eu quisesse
perder-me, teria de tentar esquecê-los. Isto seria uma tarefa gigantesca.
Lembro-me de um sermão sobre o cego Bartimeu. Se eu quisesse perder-me, teria
de esquecer a exclamação da multidão: “Jesus de Nazaré está passando”. Teria de
esquecer a frase do cego: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim”. Este
é um poderoso recurso de Deus para evitar que um de seus filhos (as) se perca”.
Lucas 4:16 afirma que era costume de
Jesus ir a sinagoga aos sábados, mas isto não significa que Ele não ia a
sinagoga nos outros dias.
Percebeu a importância de vir à
igreja, de ouvir as pregações? Não corra o risco de perder-se. Venha, participe
das atividades, ouça e assim sua fé será fortalecida.
Que
serão salvos os que vêem a igreja nos cultos de quarta-feira?
Você já ouviu falar de mensagens
escondidas? Eu disse escondidas. Não escolhidas. Alguns afirmavam, até a virada
do século passado, que o mundo acabaria na passagem de 1999 para 2000. Onde
está escrito tamanho absurdo? Na Bíblia alegavam, lá em Jó 38:11.
Não só a Palavra de Deus tem sido
vítima deste tipo de coisa como também o ministério profético de Ellen G.
White. Muita coisa tem sido atribuída a Ellen G. White como sendo de sua
autoria. Coisas ela não disse nem jamais escreveu, inclusive isto: “Que os salvos serão vistos nos cultos de
quarta-feira”. E por conta da falta de conhecimento, do temor, muitas
pessoas veem à igreja temendo se perderem.
Querem saber a verdade? O que de
fato ela escreveu? “Os que estão realmente
buscando a comunhão com Deus, serão vistos nas reuniões de oração, fiéis
ao seu dever, e atentos e ansiosos por colher todos os benefícios que possam
lograr. Aproveitarão todas as oportunidades de colocar-se onde possam receber
raios de luz do Céu” (Caminho a Cristo, págs. 83-84/ Esperança para Viver,
pág. 86).
O que fazer então quando alguém, em
uma pregação afirmar, com todas as letras, que tal citação encontra-se na
Bíblia ou no Espírito de Profecia?
De forma elegante, educada,
discreta, a saída, depois de terminada a pregação ou estudo, indagar o livro, o
versículo, a página que contém tal citação. Segundo livro de Atos, este é um
gesto de nobreza (Atos 17:10-11).
Trabalho
missionário deve ser feitos aos sábados à tarde?
Em sua mensagem pastoral, contida na
Revista Adventista de Dezembro/2008, pág. 4, o Pr. Erton Köhler, presidente da
DAS afirma que: “Diante da orientação
quanto ao quarto mandamento, basta fazer uma pergunta bem simples, antes de
tomar alguma decisão: Levando em conta o que pretendo realizar, quem será
beneficiado? Se o benefício é pessoal, então, um dos seis dias da semana é
contemplado. Se o benefício está ligado a Deus e às questões espirituais, ele
combina com o sábado”.
Ele afirma estar preocupado com a
maneira com que o sábado tem sido tratado por alguns. Por exemplo: viagens
particulares, trabalho, almoçar fora ou comprar alimentos, dormir e horário do
pôr-do-sol. Conclui dizendo: “Procuremos
fortalecer o dia do Senhor em nossos lares e na igreja”.
Trabalho missionário não está
mencionado entre as coisas a serem evitadas no sábado. Então, você pode e
deve fazer trabalho missionário, mas, não necessariamente durante as horas
sabáticas.
Não transforme o sábado em um fardo
demasiadamente pesado, difícil de carregar e sim em uma bênção para você e para
sua família.
Que as mulheres (irmãs)
não podem usar calças compridas na igreja?
A Palavra de Deus afirma: “A mulher não usará roupas de homem, e o
homem não usará roupas de mulher, pois o Senhor, o seu Deus, tem aversão por
todo aquele que assim procede” (Deuteronômio 22:5, SBB). O objetivo
imediato era de manter a santidade da distinção dos sexos que foi estabelecida
pela criação do homem e da mulher. Esta
proibição visava inculcar respeito para a distinção entre sexos.
A Bíblia considera importante
preservar as distinções de sexo no vestuário. Isto é importante para nossa
compreensão do que somos e do papel que Deus quer que desempenhemos. O
vestuário define nossa identidade.
E a orientação continua sendo
válida. Hoje, mais do que nunca, os
cristãos devem respeitar as distinções de sexo usando vestes que afirmam sua
identidade masculina ou feminina.
Evidentemente, a Bíblia não nos diz
que estilo de vestuário homens e mulheres devem usar, porque reconhece que o
estilo é ditado não só pelo clima, mas pela cultura. O que ela nos ensina é respeitar
a distinção de sexo no vestuário conforme as normas da nossa própria cultura.
Isto significa que como cristãos devemos nos perguntar ao comprar roupa: “Este artigo afirma minha identidade sexual,
ou me faz parecer como se fosse do sexo oposto?” Quando sentir que certo
tipo de vestimenta não pertence a seu sexo, siga sua consciência: não o compre,
mesmo se estiver na moda.
Que
só Adventistas do Sétimo Dia serão salvos?
Proclamar dogmaticamente quem
está ou não está salvo é fazer o papel de Deus. É tomar as prerrogativas
que pertencem só a Ele. O Senhor, e somente Ele, conhece os que Lhe
pertencem (II Tim 2:19).
O próprio Jesus afirmou em João
10:16: “Ainda tenho outras ovelhas, não
deste aprisco; ...”. Então, a pergunta óbvia: Onde estão estas ovelhas?
“Deus
tem filhos, muitos deles nas igrejas protestantes, e um grande número nas
igrejas católicas, que são mais fiéis para obedecer à luz e para proceder de
acordo com o seu conhecimento do que um grande número entre os adventistas
observadores do sábado que não andam na luz” (Ellen G. White, ME, vol. 3,
pág. 386).
O fato é que, no mundo inteiro, Deus
tem o Seu povo fiel, aqueles que estão vivendo conforme toda a luz que têm.
Como adventistas do sétimo dia,
fomos chamados para pregar a mensagem ao mundo; não fomos chamados para passar
em juízo quem está ou não está salvo.
Que Deus nos concede apenas três chances de salvação?
Na Bíblia. Há alguns dias, segundo uma
irmã indignada, um pregador afirmou com todas as letras e com tamanha convicção
capaz de intimidar a quem se atrevesse discordar. Na Bíblia? Em qual livro,
capítulo, versículo?
A
propósito: Onde está escrito que salvação (a minha, a sua, a nossa e a de seja lá
quem for) esteja atrelada, vinculada ou mesmo condicionada à devolução de
dízimos para alguma instituição religiosa?
Simples assim: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Efésios 2:8).
Que
Deus delegou à seres humanos a tarefa de decidirem pela nossa salvação?
Uma das maiores alegrias,
inalienáveis, que Deus pode conceder-nos ao longo de nossa jornada cristã é a
descoberta da verdade contida no Evangelho de Mateus, cap. 25, vers. 32, ou
seja: que cabe única e exclusivamente ao Filho do Homem (Jesus Cristo) a tarefa
de separar-nos entre os dois únicos grupos existentes por ocasião da sua
segunda vinda, em ovelhas e bodes, colocando-nos à Sua direita ou esquerda.
Não serão seres humanos; membros,
líderes, presbíteros, sacerdotes, bispos, pastores, seja lá quem for, ou até
mesmo instituições religiosas, sejam elas quais forem, que irão nos rotular de
ovelhas ou bodes, segundo a sua conveniência, colocando-nos num ou noutro
grupo. Gostem ou não, aceitem ou não, isto é PRERROGATIVA DIVINA!!! “Ele separará umas das outras” (Mateus 25:32 - NVI).
Que Deus nos concede apenas três chances de salvação?
É muito comum encontrarmos na
igreja líderes, pessoas influentes ou nem tanto, a respeito das quais o
apóstolo Paulo arrazoou “que têm zelo de
Deus, mas não com entendimento” (Romanos 10:2), pessoas que tentam atribuir à
palavra de Deus significados, conceitos e princípios que dela não emanam.
Pessoas que, na maioria das vezes,
mesmo involuntariamente, ao retirar textos de seus contextos acabam por “reescrever”
partes das Escrituras, como bem exemplificava o Pr. Pedro Apolinário: “um texto
fora de contesto não é texto, é pretexto”. Pretexto para dar ao texto o
significado que se quer dar.
Há também aqueles que ignorando que
a Bíblia não foi escrita em nosso idioma, se apegam a alguma tradução
disponível, versão ou paráfrase e fazem da mesma um cavalo de batalha. Como a
maioria de nós desconhece hebraico, aramaico ou grego, não é conveniente chegar
a alguma conclusão precipitada, sem ao menos consultar algumas diferentes
versões bíblicas para se chegar o mais próximo da ideia contida nos textos
originais. Já vivenciei, por exemplo, debates acalorados na igreja acerca de
Gênesis 22:1 “Deus provou a Abraão”
ou “Deus tentou a Abraão”? ; também
sobre Jonas 1:17, simplesmente porque alguém possuía
uma versão que traduzia “grande peixe”
como “baleia”. Obviamente que Deus não nos tenta e Jonas não foi engolido por
uma baleia.
Apenas três chances de salvação. De
onde vem essa ideia? As tradições judaicas
determinavam apenas três chances de perdão ao transgressor. Tanto é
verdade que em certa ocasião, quando Jesus pregava justamente sobre sua missão
(vers. 11 – de Mateus 18), e assuntos pertinentes, entre eles, salvação,
perdão; o discípulo Pedro tentando melhorar seu conceito junto ao Mestre,
fez-Lhe a seguinte pergunta: “Senhor, até
quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” (Mateus 18:21). “Não!” respondeu Jesus, “setenta
vezes sete” (BV). Aqui Jesus está dizendo que não há nenhum limite quando se
trata de perdoar o irmão que se arrepende (Lc 17:3-4; Gn 4:24). Ora se não há
limite de irmão para irmão imagine se há de Deus para conosco?
Entretanto, alguém poderá
questionar que neste caso a relação acontece no sentido horizontal – de ser
humano para ser humano e não no sentido vertical – de Deus para com os seres
humanos. O princípio é o mesmo; não muda. Pode e deve ser aplicado em ambas as
situações. Deus não age de forma diferente daquela que Ele espera ver estampada
em Seus legítimos representantes - Seus filhos.
O pregador que deixou nossa irmã
confusa e indignada, até poderia estar coberto de razão se. Se nós, como seres
humanos, pecássemos durante toda nossa existência, apenas três míseras vezes.
Tal ideia é simplesmente absurda, antibíblica, uma vez “que
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Todos nós herdamos de nossos
primeiros pais tendências pecaminosas –
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmos 51:5).
Pecamos e mesmo depois de
justificados, continuamos pecando. Está escrito: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1). Diariamente
precisamos não somente conjugar, mas exercitar o verbo perdoar e isto como
afirmam as Santas Escrituras: “Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”
(Efésios 2:8).
Após o término da oração conhecida
como “a oração que o Senhor Jesus nos ensinou” – O Pai Nosso, Ele próprio dá
uma explicação que nos ajuda a entender que Deus nos dá, não apenas três oportunidades,
mas inúmeras chances de salvação:
“Porque,
se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos
perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:14-15).
Se esta afirmação de que temos apenas
três chances de salvação fosse verdadeira, que diríamos nós de textos bíblicos
como estes:
“Porque
não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois,
e vivei” (Ezequiel 18:32).
“Desejaria eu, de qualquer maneira,
a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus
caminhos, e viva?” (Ezequiel 18:23).
“Dize-lhes:
Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que
o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos
vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez
33:11).
“O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como
julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que
ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9).
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16).
Portanto, tal afirmação é leviana, destituída
de embasamento bíblico e fere frontalmente os princípios divinos de lógica e de
justiça exarados na Palavra de Deus, sem esquecermos de que a Palavra de Deus
encerra maldições para quem acrescentar ou tirar coisas de seu conteúdo: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste
livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as
pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do
livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade
santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22:18-19)
.
Que há salvação na devolução de dízimos?
Que há salvação na devolução de dízimos?
Se você encontrar alguém fazendo
tal afirmação saiba se tratar no mínimo de uma leviandade e o autor redondamente
equivocado; precisa urgentemente rever seus conceitos ou, nos moldes bíblicos: Vai
ter com a Palavra de Deus ó neófito!
Para algumas denominações
religiosas o dízimo até serve de pré-requisito para a concessão de cargos ou
funções eclesiásticas, mas nem mesmo para estas instituições, ele serve de pretexto
para promover a remoção do rol de membros da igreja (em caso de não devolução),
e muito menos, jamais servirá de empecilho para que alguém alcance a vida
eterna – a salvação.
Biblicamente os dízimos foram
instituídos por Deus como forma de compensação e garantia de sobrevivência dos
levitas (responsáveis pelos serviços no Tabernáculo e tudo que nele havia), uma
vez que eles não receberam herança entre os filhos de Israel quando da entrada
na Terra de Canaã (ver Números 18:24; Josué 13:32-33). Conforme II Crônicas
31:5 e Neemias 12:44, tanto Ezequias como também Neemias, restabeleceram o
sistema de devolução de dízimos, caído em desuso ao longo do tempo.
Contemporaneamente, grande parte
das igrejas cristãs passaram a adotá-lo, como forma de se obter recursos, pois “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho” (1
Coríntios 9:14), ou seja, para a
manutenção de todos aqueles envolvidos única e exclusivamente na pregação do
evangelho .
Afirmar que o simples ato de
devolução de dízimos possa assegurar a salvação de alguém é antibíblico – salvação
pelas obras. Consiste na hiper valorização de um ato que, muito embora tenha
sido instituído por Deus não possuí nenhuma função salvífica, em detrimento do plano
de salvação elaborado pela Divindade antes da fundação do mundo e levado a cabo
através do sacrifico expiatório feito por Jesus Cristo na cruz do calvário.
Malaquias 3:10 fala em bênçãos sem medida,
contudo bênção não significa necessariamente salvação. Salvação é graça, dom imerecido, portanto, não há nada
que alguém posa fazer para merecê-la (ver Atos 4:10-12; Efésios 2:8).
Enquanto houver templos e pessoas
que dedicam suas vidas exclusivamente a pregação do evangelho neste planeta; esta
é uma opção, dada por Deus, para manutenção de Sua causa. A bem da verdade, que
se diga também: a sua correta utilização pelas instituições que dele fazem uso,
não caracteriza-se como pecado.
Conclusão.
Então, não esqueça: Deus aprecia
mudanças; mudanças são saudáveis, são necessárias, desde que sejam criativas,
no entanto, são desafiadoras.
Homens e mulheres. Diante de Deus somos iguais. Iguais, com funções diferentes.
Demore o tempo que desejar ou que for necessário, mas por amor àquilo que lhe é
mais sagrado – leia, medite, estude a Bíblia.
Sentindo-se tocado ou não, venha para igreja e como resultado você terá mais
dificuldade de perder-se, de apostatar.
Trabalho missionário é importante sim, só não esqueça de que sua família, os
filhos que Deus lhe confiou representam seu primeiro campo missionário.
Salvo ou perdido cabe somente a Deus decidir. Nossa missão é pregar.
Acredite. Um Deus capaz de entregar o Seu próprio filho para remissão de
nossos pecados, jamais depreciaria tamanho sacrifício oferecendo-nos apenas
três chances de salvação.
Este é o meu desejo e a minha
oração. Amém!!!
Parabéns irmão Nelson Teixeira Santos. Considerações muito pertinentes à luz da verdade. Espero que muitos membros adventistas possam ler seus comentários. Abraço e que o Senhor continue te abençoando.
ResponderExcluirSou Sérgio Luiz de Jesus, moro na cidade de Bridgeport - Connecticut - USA.
"A criação de Eva também descreve sua igualdade com o homem. Há entre homem e mulher uma diferença de sexo, mas isso não deve criar separação ou desigualdade, mas produzir unidade e multiplicação, no casamento" (Mario Veloso, MD 12101997).
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