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O PERDÃO É...


 
           “Se errar é humano (Rom. 3:23), perdoar é divino (Dan. 9:9); negar o perdão é  diabólico”. Desconhecido.

 

           O perdão é um dom .

           Assim como o amor de Deus é um dom, algo que não podemos obter por nós mesmos, igualmente se dá com o perdão.

           O perdão é uma das maiores manifestações tangíveis desse amor. Ser totalmente perdoado exige um amor que nós, humanos, mal podemos começar a entender. Só podemos como “miseráveis” e “pobres” que somos (Apoc. 3:17), tomar com humildade e apreciar o que nos é oferecido graciosamente.

           “Um Deus justo não pode aceitar um pecador em Sua presença a não ser que esse pecador conheça pela fé a Jesus Cristo como Aquele que levou os seus pecados... e O aceite como seu Salvador pessoal”. – SDA Bible Commentary, vol 6, pág. 184.

 

           O perdão é uma parceria.

           Com quem, com o ofensor?

           Segundo I João 1:9, o perdão é uma parceria. Uma sociedade entre Deus, através de Seu Filho Jesus Cristo e nós que somos Seus filhos: “Se confessarmos os nossos pecados [nossa quota na sociedade], ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça [a participação divina na sociedade]”.

 

           O perdão é inesgotável.

           Será que existe alguma possibilidade de o perdão de Deus se esgotar?

           Absolutamente não. Deus nunca vai deixar de nos perdoar enquanto buscarmos o perdão. Porém, como a maioria das promessas divinas, ele é condicional. Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

           Mateus 6:15: “Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”.  

           Marcos 11:25: “Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas”.

           Efésios 4:12: “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.

           “De graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). Todos esses textos nos remetem a uma pergunta antiga que não quer calar: Quantas vezes devo perdoar (Mat. 18:21-22)?

           Os rabinos ensinavam que a lei exigia que o povo de Deus perdoasse até três vezes.

           Pedro sentindo que Jesus normalmente ia além da lei mosaica, sugeriu dobrar o requisito da lei e somar um para garantir. Além disso, o número sete simbolizava a perfeição na cultura judaica. A resposta de Jesus a Pedro deve ter surpreendido o discípulo e o restante de Seus ouvintes.

           Ela desafiava suposição de Pedro sobre o perdão como uma ação que podia ser contada, como dinheiro no banco.

           Cada vez que concede o perdão, a pessoa faz um registro, até que o limite seja alcançado; então essa pessoa pode dar o troco. Isso é que é viver pela  “letra da lei”.        

          

           Perdão é um ato de altruísmo.

           A pessoa não merece? Certamente que não. Mas perdão é exatamente isso. Um ato de altruísmo. É a realização de algo que a outra pessoa não merece.

           O perdão também não desculpa ou minimiza o ferimento causado pela outra pessoa. Pelo contrário, declara: “Sim, você fez algo que me machucou. Você agiu mal.”

           Perdoar é agir com misericórdia e dizer: “Escolho não sustentar isso contra você. Eu o perdoo”. Uma prova de que realmente perdoamos ao ofensor após a reconciliação, é o fato de nunca mais levantarmos a questão, a não ser com objetivos construtivos e com consentimento mútuo.

 

           “Ser perdoado”.

           Se, como observamos até aqui, o perdão é importante, necessário, vital para nossa saúde física e espiritual, indispensável para se alcançar a vida eterna. Porque então a dificuldade em se exercitar o perdão?

           A Palavra de Deus tem a resposta em Mateus 9:13 , NVI: “Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia , não sacrifícios. Pois Eu não vim chamar justos, mas pecadores [ao arrependimento]’”.

           A primeira tarefa dos cristãos é aprender não a perdoar, mas a ser perdoados. Ser perdoado” é o princípio fundamental do cristianismo.

           Sem isso, nossas ações se tornam meras formas religiosas externas, e nossa profissão de fé se torna algo sem valor diante de Deus. 

           Como então aprendemos a “ser perdoados”?

           Aprendemos quando reconhecemos nossa incapacidade de fazer qualquer coisa por nós mesmos para obter ou merecer a graça de Deus.

           Aprendemos quando percebemos quão ruim está nossa situação moral e por que devemos cair diante de Deus com nada a implorar a não ser nossa própria grande necessidade de misericórdia.

           Aprendemos quando experimentamos verdadeira tristeza por nossos pecados e não simplesmente pelas suas conseqüências imediatas.

 

           Conclusão.

           O que Jesus queria dizer quando afirmou que os justos não precisam de arrependimento, mas apenas os pecadores? Não somos todos pecadores? (Rom. 3:23).

           Jesus chamou os pecadores ao arrependimento porque os justos já se arrependeram. Os “justos” são os que reconheceram seu pecado, que aceitaram o perdão de Deus ao seu pecado e assim têm a justiça de Cristo creditada como sua própria.

           Sob a convicção do Espírito Santo, confessaram os pecados, abandonaram os pecados e renderam-se a Deus, apoderando-se pela fé da promessa de perdão e justiça oferecida pelo sacrifício de Cristo.

           Os justos vieram ao arrependimento; em resumo, aprenderam a “ser perdoados”.

           Que sejamos contados entre aqueles que aprenderam a “ser perdoados!”.

           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

 

 

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