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O MAIS PERIGOSO DE TODOS OS PECADOS


 “O que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor” (Mt 25:18).

 

           Introdução.

          “Trezentos anos no passado dizia o Padre Antônio Vieira em seus sermões: ‘A omissão é o mais perigoso de todos os pecados. É o pecado que com mais facilidade se comete, e com mais dificuldade se conhece. É o pecado que raramente se emenda’.

      A omissão é o pecado que se faz não fazendo”. Texto do Pr. José C. Bessa, departamental de Atividades Leigas da USB, publicado na RA de Julho/1976.

           Devido a sua gravidade, há dois mil anos atrás, mereceu espaço numa das parábolas contadas por Jesus – a Parábola dos Talentos. Nela Jesus retrata, entre outros, o servo que falhou em utilizar um único talento que lhe foi confiado.

           “As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a consequência de não empregarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho” (Parábolas de Jesus, págs.362 - 363).

 

           Quanto vale um talento?

           Um talento não usado significa possibilidades perdidas, dores não amenizadas e auxílio negligenciado.

           Naquele momento de prestação de contas, o ato irresponsável daquele servo levantou-se como protesto de todas as dores humanas que solicitam simpatia, cuidado e amparo.            

           Pessoas que perecem, consciências que dormem sob o jugo do pecado, vidas naufragadas, dores e sofrimentos de um mundo sem Cristo clamam contra a negligência dos que enterram seus talentos.

           Um talento escondido sob o chão de nossa irresponsabilidade é uma tragédia inominável para a qual Cristo não teve complacência, não encontrou uma palavra de misericórdia e nem um gesto de simpatia, chamando aquele servo de “mau e infiel”.

 

           O que a inda nos falta discernir?

           Temos que nos conscientizar de que nada é nosso. Nada recebemos como herança ou por compra. Tudo que temos, seja pouco ou muito, recebemos pelo amor de Deus.

           Somos os servos que receberam os talentos e a ordem: “Use-os até que eu volte”.

           Entretanto, temos falhado em compreender desse modo a revelação da vida cristã.

           Que acontecerá com alguns quando Jesus voltar?

           Parece não haver uma visão ampla das necessidades ao nosso lado, num mundo que reclama as bênçãos que foram enterradas deslealmente, e para quê?

 

           A quem elas pertencem?

           Elas pertencem à Eternidade. Elas precisam satisfazer as necessidades materiais e espirituais do coração humano.

           Como receberão, porém, essas bênçãos se estão sendo escondidas egoisticamente, debaixo da nossa insensibilidade?

           Haverá um julgamento final que dará valor à vida e a tornará compatível ao esforço e ao sacrifício realizados. A falta de ideal, o plano sempre horizontal e acanhado desagrada a sensibilidade de Jesus, sempre ansioso de tornar melhor o mundo e salvar a humanidade. Pense nisto!

 

           Uma questão de escolha.

           Se você não exercitar os músculos, eles enfraquecem e atrofiam. Da mesma maneira, se não utilizar as habilidades e capacidades que Deus lhe deu, lamentavelmente você irá perdê-los.

           Jesus ensinou a Parábola dos Talentos para enfatizar essa verdade. Aludindo ao servo que falhou em utilizar um talento, o Mestre disse: “Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez” (Mt 25:28; NVI).

           “A sentença: “Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores,” imprime o selo do Céu sobre a escolha que eles mesmos fizeram para a eternidade” (PJ, pág. 365).

 

           Conclusão.

           Concluímos que os talentos, habilidades, capacidades nos são confiados para servirmos. No Céu, serviremos a Deus para sempre. Neste momento, Deus nos concede a oportunidade de nos prepararmos para esse serviço eterno, praticando aqui na Terra.

           Aqueles que almejam a eternidade necessitarão de preparo para responsabilidades e recompensas eternas.

           “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).

           Tenho certeza de que essas palavras soarão bem aos seus ouvidos naquele dia. Que assim seja!

           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

 

           

 

Comentários

  1. QUE O SENHOR NOS CONCEDA
    "Aqueles que tentam agradar a todos ao não assumir uma postura clara em questões cruciais podem acabar desagradando a todos e ser deixados de lado sem nenhum apoio. O pecado de omissão significa não se posicionar contra o mal como deveríamos e não agir em favor do bem conforme se espera que façamos. Que o Senhor nos conceda sabedoria e coragem para nos posicionarmos sempre ao lado do que é correto!" - Alberto R. Timm, MD 06032018.

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