“Não matarás.” Êxodo 20:13
Introdução
Notícia do dia: “A cada minuto, 97
pessoas morrem em nosso planeta. São cerca de 140.000 mortes por dia, um milhão
por semana”. Já percebeu que todo noticiário, revistas e filmes falam do
assunto da morte? Essa é uma verdadeira estratégia de marketing para atrair a
nossa atenção. Sabe por quê? Porque a morte é um tema que produz indignação, medo e curiosidade em
todos nós.
A morte faz parte de nossa vida. A
Bíblia diz que ela é resultado do pecado
(Rm. 6:23). Não importa a maneira como foi provocada: assassinato, aborto, doença ou velhice. Todos nós iremos passar por ela, pois somos pecadores.
Agora, existe um tipo de morte que
desperta indignação: homicídio. Quem
não se indignou ao ver Suzanne Richthofen planejando e executando, juntamente
com os irmãos
Cravinhos, o assassinato dos próprios
pais? E o que falar do caso da menina Isabela Nardoni, que foi brutalmente jogada
da janela do seu apartamento? O próprio código penal brasileiro apresenta, do
artigo 121 ao 128, os crimes e punições aos responsáveis por homicídios.
E a lei de Deus, o que ela tem a
nos dizer sobre o assassinato?
No sexto mandamento, Deus resume
enfaticamente, com duas palavras, o valor e o sentido da vida: “Não
matarás”. Êxodo 20:13. Esse é o mandamento que honra a vida que Deus
nos dá. Ninguém tem o direito de tirá-la.
O que é a vida?
Alguns cientistas americanos e
japoneses calcularam a composição química e mineral do corpo humano e chegaram a
uma conclusão desanimadora: nosso corpo e pele não valem mais do que quatro
dólares, ou seja, sete ou oito reais! Isso reunindo os seguintes elementos: 65%
oxigênio, 18% carbono, 10% hidrogênio, 3% nitrogênio, 1,5% cálcio, 1% fósforo e
outros mais.
Mas nós sabemos que somos muito
mais do que uma massa de carne formada por fosfato, cálcio e outros minerais. Fomos
criados à imagem e semelhança de Deus. (Gên. 1:26 e 27). Ele é quem nos concede
o dom de viver: “Pois Ele mesmo é quem a
todos dá a vida, respiração e tudo mais”. Atos 17:25.
Além disso, você tem um
propósito fantástico, que é viver para glorificar a Deus, servir às pessoas e
ser feliz!
Quer saber o valor da vida
humana?
Olhe esse texto: “Sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. I Pedro 1:18 e 19.
Você tem um valor infinito diante de Deus,
pois custou o preço do Seu Filho Jesus. Ele deu a Sua vida por todo o ser humano
que já passou por essa Terra. Então, quando uma pessoa tira a vida de
alguém, está destruindo o que Deus tem de mais precioso nesse mundo.
As faces do homicídio
1) Aborto
Certo dia, um professor na
Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia propôs uma questão aos seus
alunos: “Aqui é a história da família. O pai tem sífilis. A mãe tem
tuberculose. Eles já tiveram quatro filhos. O primeiro filho é cego. O segundo
filho morreu. O terceiro filho é surdo e o quarto filho tem tuberculose. A mãe
está grávida. Os pais estão dispostos a ter um aborto se for recomendado. O que
é que vocês recomendam para essa família sem perspectiva de futuro?” A maioria
dos alunos optou pelo aborto. “Parabéns,”
anunciou o professor. “Você acabou de
matar Beethoven”.
Nada é tão final quanto a morte,
mesmo quando ela ocorre cedo na vida. Ninguém tem o direito de tirar a vida
de seu semelhante, não importa a idade. Esse é um assunto sério, um tanto
complicado, que merece a nossa atenção.
2) Suicídio
De acordo com a Organização Mundial
da Saúde, cerca de 3 mil pessoas cometem suicídio no mundo por dia. Estima-se
que para cada pessoa que consegue se suicidar, 20 ou mais tentam sem sucesso e
a maioria poderia ser prevista e evitada. (fonte: www.abcdasaude.com.br)
Psicólogos e psiquiatras
apresentam os motivos para o suicídio: Pessoas
que estão numa situação de extrema angústia ou apresentam um estado psicótico; depressão; uma doença incurável,
sentimentos de perseguição, etc.
Segundo os especialistas, essas pessoas acreditam que o suicídio é a sua única
saída para a resolução de seus problemas.
Agostinho escreveu que o cristão não pode
cometer suicídio, pois estará quebrando o mandamento “Não matarás”, o qual proíbe matar a nós mesmos. Além disso,
Agostinho disse que a pessoa estaria matando a fé e a verdadeira vida. Isso é
verdade. Não temos o direito de tirar a própria vida, pois somos feituras de
Deus e templos do Espírito Santo (I Cor. 3:16 e 17).
Mas existem outras formas de
suicídio. Algumas pessoas morrem aos poucos, desperdiçando a vida com coisas prejudiciais.
Você não acha que uma pessoa que fuma, usa bebidas alcoólicas e drogas não
comete uma forma de suicídio? E a glutonaria, não é uma forma de pré-suicídio? Algumas
pessoas estão matando a vida em “suaves”
prestações, destruindo o templo do Espírito Santo!
Devemos cuidar do nosso corpo e
mente, além de zelarmos pelo uso do nosso tempo. Isso é importante, pois cada
momento deve ser vivido de forma sábia, sem desperdícios, assim como disse o filósofo
Victor Hugo: “A vida já é curta, mas nós
tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo”.
3) Homicídio doloso
Em Gênesis 4, vemos o primeiro
homicídio ocorrido em nosso planeta. Caim alimentou espírito de ódio e inveja
contra seu irmão Abel e tirou-lhe a vida. A partir de então, a humanidade tem
registrado constantemente histórias de pessoas que quebraram o sexto mandamento,
inspirados por aquele que é “homicida
desde o princípio” João 8:44.
“O
homicídio existe primeiro na mente. Aquele que dá ao ódio um lugar no coração,
está pondo o pé no caminho do assassínio... Os que, a qualquer suposta
provocação, se sentem em liberdade de condescender com a zanga ou
ressentimento, estão abrindo o coração a Satanás”. O Desejado de Todas as
Nações, pág. 227.
4) Palavras negativas
Jesus mencionou o sexto mandamento
no Sermão do Monte, em Mateus 5-7. Ali, o Mestre apresentou a essência da Lei e
ampliou os dez mandamentos, em contrapartida ao ensinamento apresentado pelos
fariseus. Ele disse: “Ouviste o que foi
dito aos antigos: ‘Não matarás’... Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem
motivo, irar-se contra seu irmão estará sujeito a mandamento no tribunal; e
quem chamar-lhe tolo estará sujeito ao inferno de fogo”. Mateus 5:21 e 22.
Podemos “matar” as pessoas com os nossos sentimentos e palavras, sabia?
Foi isso que Jesus disse nesses
versos. Tiago mencionou que a nossa língua é como uma “fagulha que põe em brasas tão grande selva... é mal incontido, carregado
de veneno mortífero”. Tiago 3:5 e 8. É um órgão tão pequeno que pode
destruir o corpo inteiro.
Quando dizemos a uma criança, por exemplo,
que ela é burra ou tola, estamos destruindo uma vida e segundo disse Jesus,
estaremos sujeitos ao inferno de fogo.
Devemos cuidar das palavras que
dizemos aos nossos filhos, cônjuge e pessoas em geral. As palavras têm um
poder grandioso de fazer o bem ou o mal na vida dos outros. “A morte e a vida estão no poder da língua”.
Provérbios 18:21
“Deus
nos considerará responsáveis mesmo por uma palavra proferida em desprezo a
respeito de uma alma por quem Cristo depôs a vida”. O Maior Discurso de
Cristo, pág. 54 e 55.
Certo pastor foi convidado a fazer
o funeral de uma pessoa que havia se suicidado. Ele não sabia que aquele seria um
dos dias mais impactantes de seu ministério. Ao chegar ao local do velório,
encontrou muitos amigos e familiares, porém não achou a esposa do falecido.
Todos estavam muito comovidos com a morte do rapaz. De repente, após alguns
minutos de sua fala, todos avistaram a esposa do homem vindo em direção ao caixão,
aos prantos, pedindo para ver o rosto do esposo. “Perdão” gritava ela, “Perdoe-me
pelo que fiz” repetia constantemente. Antes de chegar ao caixão, a mãe do
falecido segurou aquela mulher e disse: “Você
não merece ver o rosto do meu filho. Foi você quem o matou”. E aquela
esposa foi embora sem ver o rosto do marido. Ela, com suas palavras negativas,
levou aquele homem a tirar a própria vida.
Existe remédio para esse veneno
mortífero?
Como podemos evitar que a nossa
língua provoque um incêndio em nossos relacionamentos?
A solução chama-se PERDÃO. O perdão
desarma nosso inimigo. Ele é um balde de água fria sobre a ira. Ele afasta a
nuvem negra do rancor e traz a luz do amor de Deus.
Conclusão
Quer observar o sexto mandamento?
Ame e perdoe seus inimigos.
Suporte as pessoas que lhe fazem mal.
Não se deixe vencer o mal, mas
vença o mal com o bem, é o conselho bíblico.
Que Deus lhe dê forças para honrar
a sua vida e a dos outros também.
Autor:
desconhecido
Fonte:
idem
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