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O ENSINO DE JESUS SOBRE O PERDÃO

 

 

Mateus 6:9-15

                                                                     

           Introdução.

           No Evangelho de Mateus está registrada a oração do Pai Nosso:

           “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o teu reino; faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas”.

 

           Trata-se de uma ordenança divina.     

           Embora o Senhor ordene e espere que perdoemos, ou seja, o perdão é uma ordenança de Deus, porém, do ponto de vista de nossa vida interior, o perdão é um ato do livre arbítrio, é uma escolha, uma opção.

            Você pode escolher cultivar o perdão ou pode escolher cultivar a amargura. A escolha é sua. Você decide!

 

           É tão importante quanto necessário.

           O perdão é o miolo do processo de cura interior. O pecado nos faz doentes, doentes da alma (Tiago 5:16). O crescimento e desenvolvimento espiritual (consagração), o amadurecimento psicológico (de crentes e descrentes), passam necessariamente pelo perdão: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).

           E quando você for estudar a Palavra de Deus (ministrar) com alguém, vai precisar ensinar, em algum momento, essa pessoa a perdoar. Essa pessoa precisa saber que Deus já a perdoou desde “antes da fundação do mundo” (I Pe. 1:20). Foi Deus quem planejou a salvação da humanidade antes da fundação do mundo!

 

           A decisão de perdoar está com você, dentro de você.

           O processo vai avançar, ou não, de acordo com essa capacidade que o homem tem de optar. Se você, lá no fundo, escolher não perdoar, ninguém poderá dissuadi-lo dessa decisão.

           A questão principal não é se você é capaz ou não de perdoar, se Deus tem ou não poder para lhe ajudar nessa tarefa.

           O ponto chave é que a resposta está com você, dentro de você, a decisão começa no seu coração, a resposta está em suas mãos.

           Independentemente da sua decisão, uma coisa você não deve olvidar: A vida cristã é uma vida e um caminho de perdão, não há outro caminho. Não há outro princípio, em Cristo Jesus, para o amadurecimento, para comunhão com Deus, senão o princípio do perdão.

 

           Jesus nunca pediu para perdoar.

           Jesus, em todo o Evangelho, nunca pediu para perdoar. Se você ler as palavras dEle a respeito do perdão, verá que nunca foi num tom de pedido, foi sempre uma ordem, foi sempre num tom imperativo. É um mandamento divino para nós: “perdoai!”.

           Se Jesus colocou a coisa nesses termos é porque realmente uma parte do perdão, uma parcela desse processo depende de nós. A nossa parte então é... perdoar!

 

           E se a opção for não perdoar – consequências da falta do perdão.

           Você já sabe que até podemos, pois o livre arbítrio faculta-nos este direito, mas não devemos. Quando alguém, lá no fundo, decide não perdoar, conseqüências sérias vão acontecer na vida dessa pessoa. A vida espiritual dela vai ficar parada, emperrada; suas orações vão ficar bloqueadas.

 

           Orações vão ficar bloqueadas.

           Concluímos então que existe uma relação entre perdão e oração? Correto? Sim.

           Em I Pe 3:7 lemos: “Maridos, vós igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil,... para que não se interrompam as vossas orações”. Embora o contexto bíblico esteja tratando das relações conjugais, ele se aplica a todos os tipos de relações humanas.

           Se há diferenças, se há coisas acumuladas nos relacionamentos humanos, as orações vão estar interrompidas, impedidas, bloqueadas.

           E vimos que, no texto de Mateus seis u.p., Jesus disse: “Se vocês não perdoarem aos homens que os ofenderam, o Pai celestial também não perdoará as suas ofensas”, ou seja, a vida da pessoa e o seu relacionamento com Deus vão ficar comprometidos.

           Se os seus pecados estão valendo, “estão vivos” (não confessados); se as suas dividas, diante de Deus, não foram cobertas com o sangue de Cristo, a sua vida cristã está afetada; assim Deus não vai ouvir a sua oração, porque a culpa ainda permanece sobre você.

           Uma coisa é diretamente proporcional à outra: na mesma medida em que você não perdoou ou não pediu perdão ao seu próximo, a sua vida espiritual está proporcionalmente bloqueada. Daí o porquê da afirmação de que “o perdão é uma via de mão dupla”.

           Se é um fardo enorme, se é uma medida imensa, também a sua vida espiritual estará imensamente comprometida e bloqueada. Além disso, se não perdoamos, damos oportunidade para a ação demoníaca.

 

           Oportunidade para ação demoníaca.

           É o que Paulo afirma em II Cor. 2:10-11.  Paulo correlaciona ser vencido por Satanás com o assunto do perdão, ou seja, se você não perdoa, vai ficar debaixo de certa acusação diabólica e essa é a especialidade do inimigo, acusar-nos de dia e de noite, diante de Deus. É como está escrito em Apoc. 12:10, que diz que ele nos “acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”.

           Você estará sendo acusado pelo diabo, estará sendo torturado por ele, porque se você não pedir perdão, você está devendo. Se você não perdoou, está devendo também, e o inimigo sabe muito bem como fazer uma tortura chinesa com você, como agir na sua vida psicológica, a partir daquele perdão não pedido, não liberado, ou daquele pecado não confessado.

           Ele sabe muito bem como apertá-lo, como torturá-lo, como magoá-lo de dia e de noite.                          Então a sua vida fica bloqueada consigo mesmo, com o próximo e com Deus. Uma parte da sua vida espiritual fica comprometida e sob a influência do diabo.

 

           Conclusão.   

           Seria uma temeridade afirmar que o crente que não perdoou, ou que não pediu perdão, esteja endemoninhado, ou que tenha perdido a salvação, mas afirmamos sim que: quem não pediu perdão, ou não perdoou, a sua amargura vai privá-lo da graça de Deus, como está escrito em Hebreus: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” Hebreus 12:15 - SBTB.

           Faça do compromisso assumido pelo salmista, o seu compromisso diante de Deus: “Escutarei o que Deus, o Senhor disser, pois falará de paz ao Seu povo e aos Seus santos; e que jamais caiam em insensatez” (Salmo 85:8). 

           Esta mensagem nos leva a concluir tratar-se de uma grande insensatez, o fato de que nós, como pecadores que somos e carentes da glória de Deus (Rom. 3:23), privar-se da graça divina (favor que os homens não merecem, mas que Deus livremente lhes concede)  Deus.

           Escute o que o Senhor está lhe dizendo nesta hora.

           Não brinque com sua salvação.

           Não coloque em risco a eternidade.

           O Senhor ordena e espera que perdoemos.

           Quando perdoamos nós nos tornamos mais semelhantes a Jesus.

           Deus está dando-lhe a oportunidade de perdoar e ser perdoado.

           Peça e conceda o perdão! Tantas vezes quantas forem necessárias.

           É o desejo de Deus e a minha oração. Amém!!!

 

 

 

Autor: desconhecido

Fonte: idem

 

 

 

 

 

          

 

          

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