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UM FRUTO MUITO DESEJADO

 

           “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Gl 5:22-23.

 

           Introdução. “A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo. Ellen White, Fé e Obras, pág. 19. No entanto, nenhum cristão que aprecia a promessa de salvação por meio de Jesus pode viver sem produzir os frutos do Espírito (Mt 12:33), a manifestação diária do que Cristo fez por nossa vida.

           Fruto do Espírito” são qualidades que todos devemos desenvolver durante o processo de santificação. Como o próprio nome indica, é o resultado da operação do Espírito Santo em cada pessoa que aceitou a salvação e permitiu a direção do Espírito em sua vida.

           Podemos professar todas as verdades sagradas no Céu e na Terra, mas a melhor evidência de que estamos em Cristo é o fruto que produzimos. Um dos frutos do Espírito é a longanimidade.

 

           A difícil tarefa de exercitar a longanimidade.

           Nem sempre a sabedoria divina parece fazer sentido na terra. Um dia Josué chegou para Deus e disse: - “Temos uma cidade para tomar. Ela é uma fortaleza, estrategicamente situada no caminho de acesso à Terra Prometida, cercada de altas muralhas de até 10 m de altura. É impossível de ser conquistada”.  – “Para mim nada é impossível”. Gn 18:14; Lucas 1:37 – “Isso é fácil; é só rodear a cidade”. Josué 6:1-21. Quantas vezes? – Paciência.

            Aos olhos humanos, 80 anos antes, o Senhor Nosso Deus “estava” com um sério problema (Gn 15:13); precisava preparar um líder para executar uma missão muito importante: retirar, segundo os mais otimistas cerca de 3.000.000 pessoas do cativeiro egípcio.

           - Para qual universidade deverá ser enviada a pessoa escolhida?  - Nada de universidade, nada de faculdade, nem de mestrado, muito menos doutorado. Mandem-no para o deserto; para cuidar de ovelhas. Por quanto tempo? – Paciência.

           O homem escolhido por Deus, tinha na ocasião, 40 anos, é tido como um dos exemplos bíblicos de paciência ou longanimidade e ainda assim precisou de mais 40 anos para estar preparado. Por 14600 dias Moisés ficou esperando e ponderando: “Será que está na hora?” Mas Deus continuava dizendo “Ainda não. Continue a cuidar de ovelhas”.

            O conselho para você que quer ser líder certamente não será: “Vai ter com a formiga...”, mas, “vai ter com as ovelhas, ó impaciente”!

           Como? Através do contato direto com elas ou através dos livros. As ovelhas são capazes de ajudar-nos no desenvolvimento dessa virtude muito estimada por Deus: a paciência – virtude que nos faz suportar os males com resignação. Trata-se de uma qualidade daquele que espera com tranquilidade.

           Não é por acaso que dentre os personagens bíblicos tidos como exemplo de paciência encontram-se Jó, Abraão, Moisés e Davi que foram pastores.

 

           Longanimidade.  Não se trata apenas de mais uma virtude, é fruto do Espírito Santo.

           No idioma grego em que o NT foi escrito (grego koinê), essa palavra significa, basicamente, paciência, resistência, constância, firmeza e recusa em vingar a injustiça; ou seja, um tipo especial de paciência – paciência para suportar ofensas.

 

           Deus foi longânimo. 

           Deus foi longânimo para com Lúcifer e seus anjos (Apoc. 12:7-9); foi longânimo para com o primeiro casal – Adão e Eva (Gn. 2:16-17); foi longânimo para com os antediluvianos (I Pe 3:20; Gn 6:3). Por que Ele foi longânimo para com eles? Porque ele é longânimo.

 

           Deus é longânimo.

           Desgraçadamente alguns não reconhecem a longanimidade divina e cavam a sua própria ruína: Lúcifer e seus anjos, os antediluvianos, entretanto, há aqueles que entenderam e aceitaram esse presente divino, brindando-nos com maravilhosas orações:

           » Davi - “Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade”. Salmo 86:15.

           » Jonas -  “Por isso é que me apressei a fugir para Társis, pois eu sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal” (Jonas 4:2).

           Tal atitude só vem corroborar com o que está escrito em Rm 5:20: “onde abundou o pecado,superabundou a graça”.

 

           Deus é longânimo para conosco.

           Os desígnios de Deus não conhecem nem adiantamento nem tardança. Então por que Ele ainda não voltou? “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se“.  II Pedro 3:9.

 

           O mundo necessita de longânimos.

           Diante de todo desrespeito, desamor e violência reinantes, o mundo carece urgentemente de homens e mulheres, filhos do Deus Altíssimo, que pratiquem a longanimidade, pois, “o homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta” (Pv 15:18).

           Apaziguadores são em sua essência pacificadores e foi sobre estes que Jesus disse: “Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5:9).

 

           Outra vantagem de sermos longânimos.

           Além da tremenda honra que é sermos chamados filhos e filhas de Deus, a Bíblia afirma que: “melhor é o longânimo do que o herói da guerra” (Pv 16:32). Isso significa que devemos buscar a paz, sempre a paz (Rm 12:18; Hb 12:14).       

 

           Deus espera que sejamos longânimos.

           Deus nos aconselha através do apóstolo Paulo a que sejamos longânimos para com todos: “Exortamo-vos também, irmãos, a que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (I Tess 5:14).

 

           Conclusão.

           Presente divino, o fruto do Espírito Santo é distribuído segundo a Sua santa vontade (Hb 2:4), mas, sob uma condição: se formos obedientes a Deus (Atos 5:32 up).

           Então, seja obediente, seja um filho ou filha de Deus em sua essência, seja longânimo.

           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!



Autor: desconhecido

Fonte: idem

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