“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!” (Salmo 133:1- NVI).
Introdução.
Deus tem muitos sonhos acerca de
seus filhos. Aos olhos humanos, uns são maiores outros menores; uns
aparentemente fáceis de virarem realidade, outros difíceis. Aos olhos divinos,
no entanto, todos são importantes, todos são passíveis de se concretizarem e todos
na verdade constituem-se em pré-requisitos para nossa salvação, ou seja, o
caminho para o Céu para necessariamente por eles.
Um deles: que o Seu povo viva unido como se todos fossem irmãos. Jesus, ao
orar em favor de Seus seguidores de todos os tempos (João 17:20-26), pede especialmente que eles sejam um.
Segundo o próprio Jesus, essa
unidade entre eles está baseada no fato de que o Pai e o Filho são um (em
pensamento, ação e propósito), e os discípulos, através de Jesus, são acolhidos
nesta unidade. Em outras palavras, que
todos os que crerem também estejam unidos à Divindade.
As
santas implicações
Qual o resultado prático de estarmos
unidos à Divindade?
A resposta pode ser encontrada em
diversas passagens bíblicas. Como
exemplo, as duas que os teólogos denominam de As Bem-aventuranças da Unidade:
o Salmo 133 (bem curtinho, apenas
três versículos) e Atos 2:42-47.
Deus
unge, Deus abençoa uma igreja unida. Muitas igrejas têm um enorme
potencial, mas nunca atingem o que Deus espera delas, porque os seus membros
gastam toda a sua energia enfrentando-se uns aos outros. Toda a energia é
focada para dentro e, em assim fazendo, deixam de crescer. Crescer é uma
necessidade. Tudo que está vivo cresce (Atos 4:4). Se não houver crescimento, o
resultado é morte certa.
Fisicamente quando nascemos,
espera-se que cresçamos. Se não houver crescimento, morreremos. A mesma coisa
acontece com a experiência cristã.
Quando nascemos de novo, cumpre-nos crescer e isso envolve constante
mudança – aquele que encrencava não encrenque mais. Não há meio-termo. Se não
há crescimento, a morte espiritual é certa. Deixando de crescer a igreja transforma-se
em algo parecido com um clube social, exclusivista, fechado.
A Bíblia fala mais sobre unidade da igreja do que sobre céu e
inferno. Novamente a mensagem: o caminho para o Céu para necessariamente pela
unidade. Nunca se esqueça de que tudo que está escrito na Bíblia é
importante, entretanto, as repetições requerem uma atenção redobrada.
O “x” da questão
Por que como igreja (povo de Deus) perdemos
o foco?
Porque igrejas são feitas de
pessoas e não há pessoas perfeitas. Por
isso, as pessoas entram em conflito umas com as outras. Como seres humanos
todos cometemos erros, e seria muita presunção de nossa parte, achar que
estamos acima das falhas. Uns erram mais, outros menos, mas todos erram.
Então, qual a diferença entre um
cristão e outras pessoas?
Todos erram. A diferença é que os
cristãos aprenderam com Jesus que é possível unidos por Seu amor, sentarmo-nos para dialogar sobre as nossas
diferenças, e perdoarmo-nos (outro sonho de Deus) assim como somos perdoados. Somente
quem tem a pretensão de ser igual a Deus é que se presume isento de erros.
Somente quem tem a pretensão de ser semelhante a Satanás é que não admite
humilhar-se (outro sonho de Deus) ou voltar atrás em suas posições.
Diante deste quadro quem deve pedir
perdão primeiro?
Não é o que mais erra, mas sim o
mais cristão. Nós precisamos aprender como lidar com essas situações.
Somos chamados a fazer seis
coisas quando a desunião ameaça a igreja:
1ª) - Evitar as
situações que provocam polêmica.
A Bíblia diz em II Timóteo
2:23,24 (NVI): “Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que
acabam em brigas. Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável
para com todos, apto para ensinar, paciente”. Pastores, lideranças e
membros. Todos, sem exceção, devem evitar provocar polêmica. Mas, sobretudo,
os líderes precisam ser exemplos para a igreja toda neste campo.
Quando uma polêmica surgir, se
recuse a se meter nela. Mesmo os líderes não precisam ter opinião sobre tudo.
Algumas discussões não demandam sua participação. Portanto, converse sobre
assuntos que importam (Ef 4:29).
2ª) - Ensinar os
criadores de caso a se arrependerem (outro sonho de Deus).
A passagem de II Timóteo
2:25,26 (NVI) diz: “[o servo do Senhor – o pastor] deve corrigir com mansidão os que se
lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os
ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da
armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade”. Muitos
pastores não gostam de confrontação (confrontação não significa troca de
acusações). No entanto, não há como escapar delas. O pastor deve,
com toda a gentileza, instruir aqueles que estão criando dissensão e se opondo
ao ensino da igreja.
3ª) - Avisar aos
criadores de caso que suas atitudes, suas ações, palavras negativas estão
ferindo outras pessoas.
Em II Timóteo 2:14,16 (NVI)
encontramos: “Continue a lembrar essas coisas a todos, advertindo-os
solenemente diante de Deus para que não se envolvam em discussões acerca de
palavras; isso não traz proveito e serve apenas para perverter os ouvintes.
Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem
cada vez mais para a impiedade”. A maioria de nós não tem noção do poder
contido nas palavras. Precisamos
saber que nossas palavras têm conseqüências. Tudo que falamos gera vida ou morte. “A morte e a vida estão no poder da língua; e
aquele que a ama [bem a utiliza] comerá do seu fruto” (Pv 18:21 - NVI).
4ª) - Fazer um apelo à
harmonia e à unidade.
Paulo fez isso em Filipenses
4:2 (NVI). Ele escreveu: “O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que
vivam em harmonia no Senhor”. Havia duas mulheres bem voluntariosas na
igreja. Seus nomes eram Evódia e Síntique e estavam causando muita agitação na
igreja. O apelo de Paulo para que elas se unissem aparece na Bíblia. Uma
briga na igreja não afeta apenas os combatentes porque influencia a igreja como
um todo, já que as pessoas acabam por escolher um dos lados. Assim como
Paulo, às vezes o líder precisa fazer um apelo à unidade diretamente àqueles
que estão causando problemas (Hb 12:14). A recomendação de Jesus (Mt 5:9). São
302 ref. bíblicas a paz.
5ª) - Repreender com
autoridade, se necessário.
Paulo diz em Tito 2:15–3.1: “É
isso que você deve ensinar, exortando-os e repreendendo-os com toda a
autoridade. Ninguém o despreze. Lembre a todos que se sujeitem aos governantes
e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é
bom”. A pessoa encrenqueira precisa ser confrontada.
6ª) - Tirar da igreja
os encrenqueiros, se eles ignorarem as advertências anteriores.
Tito 3:10,11 diz: “Quanto
àquele que provoca divisões, advirta-o uma primeira e uma segunda vez. Depois
disso, rejeite-o. Você sabe que tal pessoa se perverteu e está em pecado; por
si mesma está condenada”. Ninguém gosta de fazer isso, mas há situações em que o
último recurso é tirar a pessoa da igreja. É dever do pastor, de todo líder,
de todos os membros proteger a unidade de sua igreja. Se isso significa
livrar-se do criador de casos, faça-se.
Conclusão.
A Bíblia ensina que, quando a
igreja cresce, Satanás faz tudo o que pode para causar divisão. Mesmo gente
bem intencionada, crentes inclusive, podem ser usados como instrumentos de
Satanás para ferir o corpo de Cristo.
Os pastores, como guias do povo
de Deus, a liderança, têm o dever de proteger suas congregações da maior ameaça
de Satanás: a desunião. A
tarefa não é fácil, mas somos chamados a realizá-la.
Que a união seja a marca de nossa igreja!
É o meu desejo e a minha oração.
Amém!!!
Autor: desconhecido
Fonte: idem
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