Introdução.
A todo instante, estamos nos
adaptando ao mundo que nos cerca. As exigências que estão à nossa volta se
renovam a cada instante, e temos a tendência de agir buscando o equilíbrio.
Assim, se estamos com sede, tomamos
água; se estamos com sono, dormimos; se estamos incomodados por um problema
financeiro, tentaremos solucioná-lo; se estamos nos sentindo sozinhos,
procuramos alguém que preencha tal lacuna, e assim por diante.
Jesus Se apresentou como aquele que
é capaz de satisfazer essas necessidades. “Buscai,
pois, em primeiro lugar, o Seu reino [do Pai] e a Sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).
Com Cristo, reencontramos o
equilíbrio que perdemos com o pecado, mas continuamos a viver em um mundo
desequilibrado que, por vezes, nos apresenta situações extremas, resultantes
das nossas próprias ações, ou da ação de outros. Quando isso acontece, chega um momento em
que somos incapazes de responder a essas dificuldades e então, surge o estresse
em sua forma negativa.
Estresse, do inglês stress. Agressão ao organismo em sua
totalidade, podendo ameaçar sua existência, por agentes de qualquer natureza
(emoção, frio, doença, intervenção cirúrgica, choque traumático, etc.)
O médico canadense Hans Selye,
criador da moderna conceituação de estresse, disse o seguinte em 1988: “o estresse é o resultado do homem criar uma
civilização que ele, o próprio homem, não mais consegue suportar”.
Há
pelo menos três categorias de acontecimentos estressantes:
a)
Eventos que impõem a uma pessoa grandes exigências à capacidade de
enfrentamento e ocorrem com pouca freqüência, como, por exemplo, a morte de um
ente querido, a perda de um emprego, ser aprisionado, etc.
b)
Pequenos acontecimentos estressantes, chamados de problemas do cotidiano,
constituem a segunda categoria e acontecem com maior freqüência na vida das
pessoas.
c)
Os conflitos contínuos da vida: repetidos problemas de casais, desemprego
prolongado, dificuldade de educar os filhos etc.
Que princípios Jesus nos ensina a fim
de enfrentarmos o estresse?
É claro que cada pessoa enfrenta
essas situações de forma diferente e com níveis maiores ou menores de
sofrimento.
Jesus deixou alguns princípios que
podem nos ajudar a enfrentar essas situações extremas.
1. Princípio de identificação: Preciso saber quem sou. Ele
sabia quem era. Ele diz: “Eu sou a luz do
mundo... sou [o Filho de Deus]... Eu sou o caminho, a verdade, e a vida... Eu
sou o pão da vida...” (Jo 8:12; Mc 14:62; Jo 14:6; Jo 6:35, NVI).
Se você não sabe quem é, se não tem
resolvida a questão de identidade, outras pessoas determinarão isso para você.
E elas o colocarão em uma caixa, e o moldarão, vão apertá-lo e vão fazê-lo
conformar-se à imagem que elas desejam que você seja.
2. O Princípio de dedicação: Não apenas sei quem sou, mas devo
saber a quem estou tentando agradar.
A segunda causa de estresse na vida
das pessoas é quando você está tentando agradar a todas as pessoas e,
obviamente, você não consegue fazer isso. Pois, no momento em que você agrada a
um grupo, o outro grupo fica aborrecido com você.
Para que seja feliz, você
não tem que ser amado por todo mundo, mas apenas saber a quem agradar e
resolver essa questão.
Com Jesus, esse era um assunto
resolvido. Em João 5:30 (NVI), Ele diz: “Não
procuro fazer a Minha própria vontade, mas a vontade daquele que Me enviou.”
3. Princípio de priorização: Significa saber o que estou
tentando realizar. Você não tem tempo para todas as coisas. Então, tem que
saber o que você quer fazer.
Na vida, você será guiado por prioridades
ou por pressões. “Sei de onde vim e para
onde vou” (Jo 8:14 NVI).
4. Princípio de concentração: Nós o vemos de maneira tão bonita na
vida de Cristo: Concentrar no que é importante. “Marta, porém, estava ocupada com muito serviço... Respondeu o Senhor:
‘Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas [isso descreve
alguns de vocês? Você está preocupado e pensando em muitas coisas?]; todavia
apenas uma é necessária’” (Lc 10:40-42, NVI). Jesus está dizendo: “Concentre-se em seu relacionamento comigo e
em Minhas promessas”.
5. Princípio de delegação: Deixar que outras pessoas me
ajudem. Ficamos estressados porque pensamos que temos que fazer tudo
sozinhos. Marcos 3:14 (NVI) diz: “[Jesus] escolheu doze, designando-os
apóstolos, para que estivessem com Ele, e os enviasse a pregar.” Ele envolveu
outras pessoas no ministério.
6. Princípio de meditação: Fazer da oração um hábito.
Oração é uma grande aliviadora de estresse.
“Mas as notícias a respeito de Jesus se espalhavam ainda mais, e muita gente
vinha para ouvi-Lo e para ser curada... porém Jesus ia para lugares desertos e
orava” (Lc 5:15-16, NTLH).
Se Jesus sentia necessidade de
estar sozinho para orar, certamente devemos fazer isso também.
7. Princípio de descontração: Também o vemos na vida de Jesus:
Tomar tempo para aproveitar a vida. Descanso e recreação não são perda de
tempo.
Habitualmente, Jesus teve momentos
de folga. “Havia ali tanta gente,
chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer
[não sei se eu poderia ser um discípulo nessas condições]. Então, Ele lhes
disse: ‘Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansar um
pouco” (Mc 6:31, NTLH).
Conclusão.
Reinold Bilboard, teólogo
protestante muito famoso da 1ª metade do século XX, criou o que ele chamou de A
oração da serenidade. Ela resume todas as maneiras de lidar com o estresse. Diz
simplesmente: “Senhor, dá-me a serenidade
de aceitar as coisas que não posso mudar, força para mudar naquilo que posso e
a sabedoria para saber a diferença entre uma coisa e outra.”
Autor: desconhecido
Fonte: idem
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