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UMA LIÇÃO A SER CONSIDERADA

 

 

Mt 24:27; Lc 17:26; I Pe 3:20

 

           Introdução.

           Após o Dilúvio, Deus deu a Noé e sua família um novo começo. Eles tiveram a oportunidade com que muitos de nós só podemos sonhar – começar tudo de novo e tentar as coisas uma segunda vez.

           Por algum tempo, a influência de Deus permeou toda a vida. Com o passar do tempo, porém, a vida reverteu para as condições dos dias pré-diluvianos.

           “Que terrível”, dizemos. “Que oportunidades perdidas!”, exclamamos. “Nunca teríamos permitido que acontecesse assim, se tivéssemos estado lá”, afirmamos.

           Para ver como teríamos nos comportado, vamos considerar como estamos nos comportando agora em nossos lares, em nossos locais de trabalho, nossa comunidade e nossas escolas; exceto igrejas (lugar onde é muito fácil ser  “santo e ou cristão”):

 

           Amamos uns aos outros igualmente, desconsiderando diferenças culturais, raciais e sociais?

           Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.  E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.  Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mateus 22:36-40) .

           “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros” (João 13:34). “Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros” (João 15:17).

           Afinal de contas: é grande ou novo? Grande pela sua abrangência, pois transcende os limites do planeta Terra; novo porque até então era desconhecido, por não fazer parte do Decálogo. – Um exemplo bíblico desta verdade: O bom samaritano (Lc. 10:25-37).

 

           Procuramos somente amizades semelhantes a Cristo, deixando de lado as que nos levariam à tentação?

           Com razão se tem dito: “Dize-me com quem andas, e dir-te-ei quem és”.

           “Há misteriosos laços que ligam as almas entre si, de modo que o coração de um responde ao coração do outro. Esta associação pode ser uma bênção ou uma maldição. ...A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e modo de proceder, têm afinidades com os seus”. Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 411. Resumindo: estamos sempre influenciando e sendo influenciados

           Para aqueles que se acham auto suficientes, que se garantem, achando que podem dar  o primeiro passo em terreno minado, em  solo inimigo, achando que poderão retornar quando assim decidirem, a serva do Senhor é enfática: “Engano” .Idem, pág. 414. Ela acrescenta: “Pela escolha de maus companheiros, muitos têm sido passo a passo desviados da vereda da virtude aos abismos da desobediência e do desregramento em que outrora, haveriam julgado impossível imergir.

           O aluno que cede à tentação enfraquece sua influência para  o bem, e aquele que, por um errôneo procedimento, se torna agente do adversário das almas, deve dar a Deus contas pela parte que desempenhou em pôr pedra de tropeço no caminho de outros”. Ibidem, pág. 414.

           O conselho final vem da Palavra de Deus: “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas?”  II Cor. 6:14.

 

           Seguimos o exemplo de Cristo, em vez de procurar maneiras de evitar Sua influência em nossa vida?

            Foi o próprio Jesus quem disse: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. Jo 13:15.

           “Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. Ef. 5:1-2. Efésios, juntamente com Colossenses, Filemom e Filipenses constitui-se numa das quatro epístolas escritas por Paulo quando esteve preso em Roma (Atos 28:14-31). Fica evidente o pressentimento de que o fim se aproximava e então vem a pergunta: Será que Deus quer que todos cheguemos a este ponto? Certamente que não, somos mais úteis à Deus vivos; Deus está mais preocupado com que vivamos a altura do nome que professamos, Ele diz: “Misericórdia quero, e não sacrifício” (Oséias 6:6). 

 

           Colocamos as necessidades dos outros à frente das nossas?

            Você se considera religioso? O que significa para você, de modo prático a religião?

           Abra sua Bíblia em Tiago 1:27 e Deus lhe mostrará Sua definição: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo”.

           Quer mais? Testimonies, vol. 3, pág. 511: “Vi que é pela providência de Deus que viúvas e órfãos, cegos, surdos, coxos e pessoas atribuladas por diversos modos, foram postas em íntima relação cristã com Sua igreja; é para provar Seu povo e desenvolver seu caráter. Os anjos de Deus estão observando para ver a maneira por que tratamos essas pessoas necessitadas de nossa simpatia, amor e desinteressada generosidade. Esta é a maneira de Deus provar nosso caráter”.

 

           Testemunhamos aos outros em cada oportunidade, ignorando nossa hesitação de fazer assim?

           Hesitação esta, até certo ponto justificada por pelo menos duas passagens bíblicas:

1ª - “Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino”. (II Tim. 4:2). Palavras de alguém, de temperamento colérico, que passou de perseguidor a perseguido por causa da Verdade, - Paulo em sua segunda carta ao discípulo Timóteo.

2ª - “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt. 10:16). Afirmação mais ponderada, de alguém nada mais, nada menos que o Mestre dos Mestres – Jesus.

           Como testemunhar então? Com a Palavra de Deus a resposta: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” ( Prov. 25:11).

 

           Passamos aos nossos filhos, intencional ou involuntariamente, o amor aos empreendimentos pecaminosos?

           Palavras da Srª White no livro Orientação da Criança, pág. 173: “Os filhos imitam os pais; deve-se, portanto, tomar muito cuidado para lhes dar modelos corretos”.

           Nós pais precisamos ser cristãos modelos (ver Filip. 4:9; II Tim. 1:5).  Se na igreja é muito fácil parecer “santo e ou cristão”, é em nossos lares que os “santos” são desmascarados.

           Você pode enganar quase todos, quase o tempo todo. Mas a quem você não pode enganar, pelo menos por muito tempo, são os da sua própria família, particularmente os filhos, conforme eles crescem.

           Eles vêem coisas sobre você que ninguém mais, fora de sua família, verá. Como é importante, então, que, não importa o quer que professemos, nossa vida não esteja em contradição com a nossa profissão de fé.

           A maneira como vivemos terá um efeito duradouro sobre nossas crianças, muito mais do que o que dizemos ou professamos crer.

 

           Podemos confiantemente afirmar que nosso tempo aqui na Terra é usado sabiamente em preparar os que nos rodeiam para a breve volta de Jesus Cristo?

           O tempo é dom de Deus, assim sendo, cada momento é precioso. Ele nos é concedido para formarmos o caráter a ser levado para a eternidade.

         O tempo é sua dádiva mais importante, pois você só recebeu uma quantidade fixa dele. Se você ama, saiba que a melhor expressão do amor é o tempo. A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos dispostos a investir.

         Quando você dedica seu tempo a alguém, você está dedicando uma porção de sua vida que jamais irá recuperar. O tempo é a sua vida. É por isso que o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo.  

         Sempre que você dá seu tempo, está fazendo um sacrifício, e o sacrifício é a essência do amor. Jesus foi um exemplo disso: “Sejam cheios de amor pelos outros, segundo o exemplo de Cristo, que amou vocês e se entregou a Deus como sacrifício a fim de tirar os seus pecados”. Efésios 5:2.

         Não nos esqueçamos que, quando, na criação, Deus nos outorgou o tempo, reservou para Si o sétimo dia, o Sábado, com a finalidade de desenvolvermos comunhão com Ele. Entretanto, seis dias foram providos para que a família humana se envolvesse em atividades úteis, de seu próprio interesse.

 

           Conclusão.

           Se não, esta é uma oportunidade muito boa para revisarmos o destino daqueles que, no tempo de Noé, passaram o tempo em busca de realizações mundanas – “não te detenham prazeres terrenos” (HA nº 300). 

           Não queremos perder a arca pela segunda vez!

           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

 

 

 

 

Autor: desconhecido

Fonte: idem

 

 

          

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