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SEM ELA NINGUÉM VERÁ O SENHOR

 

Hebreus 12:14

 

           Definição.   “A palavra santificação é tradução dos termos gregos hagiasmos (cujo significado é “santidade”, “consagração” e “santificação”) e do verbo hagiazo (“tornar santo”, “consagrar”, “santificar”, “colocar à parte”). O termo hebraico equivalente é qadash, “separar para uso especial”. Nisto Cremos, pág. 174.

 

           A síntese da vida cristã. Mais que qualquer outra coisa a vida cristã significa entrega: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”. Salmo 37:5. O exemplo vem de Jesus: Ef. 5:2; Ef. 5:25; vem de Deus: João 3:16 e assim como Paulo vivia, devemos viver também: Gálatas 2:20.

 

           O convite para entrega procede de Deus.  Um dia cada um de nós aceitou o convite: “Vinde a Mim todos...” Mt. 11:28.

 

           A entrega não pode ser parcial.  As conseqüências de uma entrega parcial podem ser trágicas. Ex. Ananias e Safira (Atos 4:32; 5:11); tem de ser uma entrega total da vida (talentos, tempo, templo, tesouro) Ex. A oferta da viúva (Mc. 12:41-44).

 

           Uma experiência em três tempos.  “Ao longo das Escrituras as descrições das experiências do crente – salvação, justificação, santificação, purificação e redenção – são focalizadas como (1) já alcançadas, (2) sendo realizadas presentemente e (3) estando por ocorrer no futuro. Uma compreensão dessas três perspectivas contribui para a solução das aparentes tensões relativas em justificação e santificação”. Nisto Cremos, págs. 169/170.

           É necessário compreender e aceitar a salvação como sendo uma experiência passada, presente e futura na vida do crente, envolvendo arrependimento, confissão, justificação e santificação.

 

          É progressiva.   Sempre foi e será da vontade de Deus que a verdade acerca da salvação fosse a nós revelada de forma progressiva. Assim foi que Deus agiu com o profeta Daniel, com Ellen G. White e assim será conosco como bem exemplificou o aposto Paulo: “Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal”. Hebreus 5:14. Antes, porém como disse Pedro: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado o crescimento para salvação”, I Pedro 2:2.

 

           Onde tudo começa.

           Plano da criação: planejamento e execução nos seus mínimos detalhes.

           O problema. A queda do homem: imprevisto, acidente de percurso ou algo previsto?

           A solução: Plano da salvação. Uma única forma de o homem ser justificado: pela fé.

           Duas etapas: justiça imputada e justiça comunicada. Aqueles que aceitam pela fé o fato de que Deus reconciliou o mundo consigo através de Cristo, e que se submetem a Ele, receberão de Deus o inapreciável dom da justificação,...” (Rom. 5:1) NC, pág. 165.

 

           A contrafação presente.  Até que o mal seja definitivamente exterminado de nosso mundo sempre nos depararemos com ela em todos os aspectos de nossa vida. Ex. o bem e o mal; a verdade e o erro, o verdadeiro e o falso. Para cada verdade da Bíblia há uma falsificação. Desde o início do mundo o diabo está determinado a enganar as pessoas.

           A santificação não foge a regra: existe a denominada verdadeira santificação e existe também a falsa ou espúria.

 

           Sua necessidade e importância. O caminho para o céu, para a vida eterna passa necessariamente pela santificação: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, Hb. 12:14.  “Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”. Josué 3:5.  Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque Eu sou santo;...”  Lev. 11:44; 20:7.

 

           Santificação instantânea existe?  “Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida. Aqueles que estão batalhando contra tentações diárias, vencendo as próprias tendências pecaminosas e buscando santidade do coração e da vida, não fazem nenhuma jactanciosa proclamação de santidade. Eles são famintos e sedentos de justiça. O pecado parece-lhes excessivamente pecaminoso”. Ellen G. White, Santificação, pág. 11.

           “Quando as pessoas alegam que estão santificadas, dão suficiente evidência de estar bem longe de serem santas”. Idem, pág. 8.

 

           O conselho de um antigo perseguidor de Cristo. O apóstolo Paulo, especialista em justificação, fala com conhecimento de causa: “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação. Rm. 6:19. Segundo Lucas em Atos 17:30: “Deus não leva em consideração os tempos de ignorância”.

 

           O conselho de um reformador.  Em 1771 John Wesley escreveu: “Desde que eu vi que sem a justificação ninguém verá o Senhor, comecei a segui-la, concitando a fazê-lo também, todos com quem me relacionava. Dez anos depois Deus me deu uma visão mais clara, de como obtê-la: pela fé no Filho de Deus. E imediatamente declarei a todos: ’Nós somos salvos do pecado e somos feitos santos, pela fé.’” Citado por Lettie Cowman em Mananciais do Deserto, pág. 278, 10ª edição, 1986.

 

           Deus quer a nossa santificação.  “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição”, I Tess. 4:3.

           A verdadeira santificação mostrada na Palavra de Deus é ampla, abrangente; tem haver com o ser todo – as partes espiritual, física e moral. Eis a verdadeira idéia sobre a consagração [santificação] perfeita. O apóstolo Paulo ora para que a igreja de Tessalônica possa usufruir esta grande bênção: “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. I Tess. 5:23.

           “Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação”. I Tess. 4:7. Uma das coisas mais surpreendentes sobre Deus talvez seja o fato de Ele sempre tomar a iniciativa: é ele que nos chama, é Ele que se revela a nós. A nós cabe aceitar o chamado.

 

          É consumada por Deus.  A santificação ocorre em nossa vida através de Deus, por Cristo, pelo Espírito Santo e pela verdade: “O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com seu desejo e consentimento, nele implantando natureza nova”, PJ, pág. 411.

           “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas”. I Pedro 1:2.

           “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, por isso que Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”, II Tess. 2:13.

           “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. I Tess. 5:23. Ver também Ez. 37:28.

           “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade”. João 17:19. Ver também Cor. 1:2, 30; Ef. 5:26; Hb. 2:11; 13:12.

           Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17:17. Ver tb. I Ped. 1:22.

 

           A recompensa presente e futura.  Ao hospedarmos o Espírito Santo (cf. I Cor. 6:19-20), somos abençoados já nesta vida e no porvir: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna”.  Rm. 6:22.

 

           A substituição da razão pelo sentimento.   “Muitos dos que professam santificação ignoram inteiramente a obra de graça sobre o coração. Quando provados descobre-se serem semelhantes ao fariseu justo aos seus próprios olhos.

           ...Põem de lado a razão e o juízo, e confiam plenamente em seus sentimentos, baseando suas pretensões à santificação nas emoções que em algum tempo experimentaram.

           ...Estas pessoas professamente santificadas, estão, não somente enganado seu próprio coração, por suas pretensões, como também exercendo uma influência para desviar a muitos que desejam ardentemente, conformar-se com a vontade de Deus.

           ...A verdadeira santificação é uma inteira conformidade com a vontade de Deus.

           ...A santificação bíblica não consiste em forte emoção. Eis onde muitos são levados ao erro. Fazem dos sentimentos o seu critério. Quando se sentem elevados ou felizes, julgam-se santificados.

           Sentimentos de felicidade ou a ausência de gozo não é evidência de que a pessoa esteja ou não santificada”.  Ellen G. White, Santificação, págs. 9-11.

 

           O tempo probante.  No verão, ao fixarmos o olhar para as árvores de uma floresta, todas vestidas de um lindo manto verde, é impossível distinguir as árvores sempre verdes das outras. Mas... Enquanto aqueles que confiam em si mesmos, perdem seu falso manto de justiça, quando submetidos às tempestades da prova, os verdadeiramente justos, que sinceramente amam e temem a Deus, cobrem-se do manto da justiça de Cristo, tanto na prosperidade como na adversidade.

           É necessário o tempo probante para revelar no caráter o ouro puro do amor e da fé.

           Quando provas e perplexidades vêm sobre a igreja, então se desenvolvem o firme zelo e as profundas afeições dos verdadeiros seguidores de Cristo.

           O profeta Amós inspirado (Amós 9:9) fala de um tempo em que todo filho de Deus individualmente, e a igreja no conjunto passarão por uma prova especial que sacudirá sua fé. Isto já aconteceu em épocas passadas e há de repetir-se nesta hora do fim de uma maneira muito específica.

            “O resultado da sacudidura [vocábulo figurativo que designa uma experiência especial de seleção e apostasia do povo de Deus] agora em processo e que continuará de maneira crescente, será a apostasia de certo número de membros da igreja, que terão uma experiência superficial, alguns deles em destacada posição. Parte destes apóstatas se converterá nos piores inimigos da verdade e do povo de Deus.

           Porém ninguém que leve uma vida de plena consagração e de verdadeira comunhão com Deus precisará ser afetado por este processo”. Fernando Chaij, PCF, pág. 59.

           Nos dias do profeta Joel o grão era sacudido para que os quebrados, ou qualquer outro corpo estranho caíssem por entre os furos da peneira, e a palha fosse assoprada para fora.

           Que ao sermos provados, cirandados, sacudidos, possamos cada um de nós, ser contados entre os grãos inteiros. É o meu desejo e minha oração. Amém.

 

 

 

 

Autor: desconhecido

Fonte: idem

 

 

 

 

          

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