“Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus?” João 11:40.
Introdução.
Esta mensagem é para todos nós que
às vezes somos tentados a acreditar que não entender os desígnios divinos é
privilégio dos cristãos dos últimos dias. Vejamos o que a Palavra de Deus tem a
dizer-nos.
Como vai sua fé? Será que pode
afirmar com segurança: “Sim, minha fé bem segura está; firme em Jesus
continuará”;... ? H.A. nº 262.
C.S.Lewis descreveu o grande desafio
que a morte de sua esposa trouxe sobre sua fé em Deus: “Você nunca sabe
quanto realmente crê em alguma coisa até que a verdade ou falsidade se torna
uma questão de vida ou morte para você. É fácil dizer que você confia na
resistência de determinada corda se a está usando apenas para amarrar uma
caixa. Mas suponha que você tivesse que usar essa corda para atravessar um
precipício. Você não procuraria descobrir quanto realmente confia nela?” –
C.S. Lewis, A Grief Observed, págs. 22 e 23.
Maria
e Marta, amigas de Jesus, (João 11) não podiam entender o que o seu
Senhor estava fazendo. Ambas lhe disseram: “Senhor,
se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. João 11:21,32.
Parece que por detrás de tudo isto
podemos ler os seus pensamentos:
“Senhor,
nós não entendemos porque demoraste tanto para vir.
Não
entendemos como deixaste morrer aquele a quem amavas.
Não entendemos como pudeste deixar que
a dor e o sofrimento rasgassem nossas vidas, quando a Tua presença poderia ter
impedido tudo isto. Por que não
viestes antes?
Agora já é
tarde, pois ele já está morto há quatro dias!” João
11:39
E para tudo isto o Senhor Jesus tinha apenas
uma grande resposta: “Vocês podem não
entender, mas eu não lhes disse que se
crerem, verão?”
Abraão, o pai da fé, (Gên. 15) não podia entender por que Deus lhe pedia o sacrifício do
filho da promessa, mas confiou.
E viu a glória de Deus na restituição dele ao seu amor.
Moisés,
o grande líder, (Êx. 2) não
conseguia entender por que Deus
o retinha em Midiã aqueles quarenta anos; 14.600 dias esperando e pensando, mas
confiou, e viu, quando Deus o
chamou para tirar a Israel da servidão.
José
(Gên. 37) não podia entender a
crueldade de seus irmãos, o falso testemunho da pérfida mulher de Potifar e os
longos aos de uma reclusão injusta; mas confiou,
e por fim viu a glória de Deus em tudo o que se passou.
Jacó,
o patriarca, (Gên. 37) não podia
entender a estranha providência que permitiu que José fosse arrancado ao seu
amor de pai, mas viu a glória de Deus quando contemplou o rosto daquele filho
como governador à mão de um grande rei e como preservador de sua própria vida e
da de uma grande nação.
Gideão,
um dos juízes de Israel, (Juízes 6)
não conseguia entender por que
Deus achava que era demais o povo que estava com ele: 32.000 homens contra os
135.000 midianitas, amalequitas preparados para a guerra; mas confiou, e por fim viu a glória de
Deus, que os entregou em suas mãos com apenas 300 homens.
Naamã, o comandante do exército de Ben-Hadade, rei da
Síria, (II Reis 5) não conseguia
entender por que eram necessários sete mergulhos nas águas barrentas do
Rio Jordão ao invés ao invés de apenas um nas águas cristalinas dos rios
Abana e Farfar em Damasco; mas confiou e
viu a glória de Deus ao sua carne se tornar como a carne de uma criança e ficar
limpo da lepra.
E o que dizer de Noé, Josué, Jonas,
Oséias, entre tantos outros?
E talvez seja assim na sua vida.
Você diz “Eu não entendo por que
Deus deixou este meu ente querido ser levado.
Eu não
entendo por que Ele permitiu que a aflição me açoitasse.
Eu
não entendo o por que destes caminhos tortuosos pelos quais o Senhor está
me guiando.
Eu
não entendo por que foram desmantelados os planos que eu julgava tão bons.
Eu
não entendo o por que da mudança no emprego, que chega justamente quando eu
estava começando a se sentir familiarizado com o trabalho e os amigos.
Não
entendo por que as bênçãos de que eu preciso tanto estão demorando tanto
para vir”.
Por que, por que, por que? Amigo,
você não tem que entender todos os caminhos de Deus, todas as maneiras como Ele
dirige sua vida.
A primeira reação de nós seres
humanos é tentarmos resolver as coisas a nossa maneira, de nosso jeito, de
nosso modo. O resultado é quase sempre desastroso e nem sempre é possível
voltar atrás.
A Palavra de Deus está repleta de
exemplos de pessoas que assim fizeram, ou seja, tentaram encontrar a forma mais
sábia aos seus próprios olhos; mas cuidado, o sábio Salomão nos deixou um
importante conselho: “Há caminho que ao
homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Prov. 14:12,
rep. em Prov. 16:25. Caim, Saul, entre outros, que o digam! Nesse exemplo, um por fazer e o outro por
deixar de fazer (matar).
Deus não espera que você entenda
tudo, existem perguntas que se encontram temporariamente sem resposta, são as
chamadas “cousas encobertas” de
Deut. 29:29, entretanto, você pode seguir outro conselho, do salmista Davi e
pedir: “Ensina-me, Senhor, o teu caminho
e guia-me por vereda plana por causa dos que me espreitam”. Salmo 27:11.
O mesmo pedido é repetido no Salmo
86:11: “Ensina-me, Senhor, o teu caminho,
e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome”.
Você não espera que seu filhinho
entenda tudo: quer apenas que confie em você. De igual modo você deve confiar
em seu Pai celestial. É o que aconselha o salmista Davi: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia
nEle e o mais Ele fará”. Salmo 37:5.
Existe tanta coisa que não
conseguimos entender. Sempre foi assim.
Mas o que Deus nos ensina por Sua
Palavra, é que por mais que não entendamos, podemos conhecer o suficiente sobre
Deus, Seu caráter, Seu poder e, mais importante, Seu amor, para confiar nEle,
amá-Lo e permanecer fiéis ao nosso divino chamado.
Existem
apenas duas opções: Deut. 30:19:
“Os
céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida e a
morte, a bênção e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência”.
Você pode, você deve, mesmo não
entendendo confiar e ver a glória de Deus: esta é a promessa, a bênção (João
11:40), mas pode como filho rebelde, por não entender, não confiar, se rebelar
e assim cavar sua própria perdição, sua destruição (II Pedro 3:16).
Aqueles que não querem crer em
Deus, no Espírito Santo ou em Jesus, sempre vão encontrar razões para não crer.
De fato, é difícil encontrar alguma coisa que Deus possa fazer para levar
alguém a crer naquilo em que não quer crer.
Entretanto, não é da vontade de Deus
que ninguém se perca (II Pedro 3:9), muito menos nós, seus filhos, então, tome
a decisão mais sábia que Josué tomou um dia: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Josué 24:15)”.
Um dia, você verá a glória de Deus
nas coisas que não entende.
Se você acredita nessa verdade diga
amém. Que assim seja.
Fonte: idem
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