Discutindo histórias de
peixes e plantas.
O
livro de Jonas tem incomodado muitos leitores, entre eles: zoólogos, biólogos,
botânicos, teólogos e leigos que tentam entender como um ser humano
conseguiu sobreviver no estômago de um ser marinho, como uma cidade pagã
inteira se converteu, ou que tipo de planta poderia ficar adulta em
poucas horas para fazer sombra a um homem.
Os que aceitam que o livro é histórico fazem grandes esforços procurando outras histórias de marinheiros encontrados vivos no estômago de baleias ou especulam que tipo de abóbora poderia crescer tão rapidamente.
Não
existe nada de errado em fazer assim – desde que não fiquemos tão obcecados
para provar a historicidade (II Timóteo 3:16; Mateus 12:39-41; Lucas 11:29-32)
de Jonas que percamos de vista a sua mensagem. Mais importante do que
defender a Bíblia é aprender e por em prática o que ela ensina.
O ponto mais importante do livro de Jonas é, a incrível graça de Deus para com um povo teimoso e obstinado, e até para com profetas teimosos e errados como Jonas.
A
maior surpresa fica por conta de sua tristeza, zangado mesmo, pelo
arrependimento de todos os 120.000 moradores daquela cidade. Jonas 4:11.
O
enfoque do livro de Jonas não está no “grande
peixe” que tragou Jonas vivo, mas no “grande Deus” que preparou aquele
peixe.
Desafiador, surpreendente e, às vezes, mesmo perturbador, o livro de Jonas, com todas as suas surpresas, e talvez até por meio delas, revela uma verdade que nunca muda: o amor de Deus, até aos mais desagradáveis entre nós, que, às vezes, somos todos nós.
As mensagens de Jonas.
Entre as mensagens vitais de Jonas estão:
I – É impossível escapar (esconder-se) da
presença de Deus.
As Escrituras ensinam que Deus é
onipresente (Gên. 3:8; Prov. 15:3; Jer. 23:24; Amós 9:2; Salmo 139:7-10).
A maior parte do mundo antigo
acreditava que cada deus governava uma área geográfica. Mas, apesar de Jonas
reconhecer que a soberania de Deus se estendia sobre toda a Terra, talvez
achasse que fugisse na direção posta a Nínive, Deus o esqueceria e chamaria outro
profeta. Mas ele logo descobriu a verdade do Salmo 139:
“Para onde me ausentarei do Teu Espírito?”.
Para onde fugirei da Tua
face?
Se subo aos céus, lá
estás;
Se faço a minha cama no
mais profundo abismo,
Lá estás também;
Se tomo as asas da
alvorada e me detenho nos confins dos mares,
Ainda lá me haverá de
guiar a Tua mão, e a Tua destra me susterá.”
Salmo 139:7-10
II – É impossível fugir das tarefas de
Deus.
O
chamado proveniente de Deus é individual:
“A cada cristão é designada uma obra definida”.
“Deus requer que toda pessoa seja obreiro em Sua vinha.”
“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário”.
“Deus espera serviço pessoal da
parte de todo aquele a quem confiou
o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários
para terras estrangeiras, mas todos podem, na própria pátria, ser missionários
na família e entre os vizinhos”.
Cristo estava a apenas alguns
passos do trono celestial quando deu Sua comissão aos discípulos. Abrangendo
como missionários a todos os que cressem
em Seu nome, disse Ele: Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda a
criatura.” Serviço Cristão, pág. 9
“Antes
de formá-lo no ventre Eu o escolhi; antes de você nascer, Eu o separei e o designei
profeta às nações”.
Jeremias 1:5 NVI
Deus chamou Jonas para pregar aos ninivitas. Fugir mar adentro e ser engolido pelo grande peixe não cancelaram a missão divina.
III – É impossível fugir do amor de Deus.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”.I Jo. 4:8
Deus vai à procura dos perdidos. A iniciativa de nos salvar sempre parte da divindade (Gên. 3:9). Ao chamá-los Ele lhes deu a oportunidade de sair, responder ao Seu chamado de amor e confessar seu pecado. A graça é a primeira a buscar, e a graça completa a obra da redenção. “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido”.Lucas 19:10.
O intrigante é que de algumas coisas que deveríamos fugir, não fugimos: da impureza (I Cor. 6:18); da idolatria (I Cor. 10:14); das paixões da mocidade (II Tim. 2:22); dos falsos mestres e das riquezas (I Tim. 6:11). “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. (Tiago 4:7).
O amor de Deus acompanhou Jonas nas profundezas do Mar Mediterrâneo (área do Mar Mediterrâneo: 2.500.000 Km² - o estado do Paraná mede 199.324 Km²) e enquanto pregava relutantemente a um povo menosprezado.
IV – É impossível entender a profundidade e
a largura do amor de Deus.
Se você precisasse de alguém para liderar 603.550 pessoas (Núm. 1:46), sem contar com mulheres, idosos e crianças (Núm. 1:2-3), para onde você o enviaria para preparar-se para a missão? Deus o mandou cuidar de ovelhas!
Muitos estão dispostos a aceitar que Deus ama gente do jeito deles. Mas gente tão terrível como os de Nínive?
O livro de Jonas ilustra o que Deus queria dizer quando declarou a Moisés que era “Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade... em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado”. Êxodo 34:6-7. Apesar de não gostar, Jonas reconheceu que Deus era exatamente esse tipo de Deus. Jonas 4:2.
O profeta ficou zangado quando Deus aceitou o arrependimento de Nínive. E ainda assim, o Senhor continuou a amá-lo. ”Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” Isaías 55:9.
V – A não ser pelo pecado contra o Espírito Santo (Mateus 12:31), é impossível fazer qualquer coisa para a qual não possamos receber o perdão de Deus, se estivermos dispostos a pedi-lo. Deus perdoou o povo de um império que era mais cruel do que muitas ditaduras modernas. Mas Deus aceitou seu arrependimento. Além disso, perdoou um profeta que não queria que Deus fizesse isso.
Quando os pecadores não podem arrepender-se, cometem o pecado contra o Espírito Santo, o único que conduz ao arrependimento.
Somos admoestados a levar a sério o pecado, para que não se cometa o pecado conta o Espírito Santo, para o qual não existe perdão. “A mais comum manifestação do pecado contra o Espírito Santo é o desprezar persistentemente o convite do Céu para se arrepender. Todo passo na rejeição de Cristo é um passo no sentido de rejeitar a salvação, e para o pecado contra o Espírito Santo”. DTN, pág. 324.
Que jamais cheguemos a cometer este terrível pecado contra a pessoa do Espírito Santo e assim possamos ser perdoados das inúmeras vezes em que tentarmos escapar:
· De Sua presença;
· Das responsabilidades que temos diante d’Ele;
· Do grande amor que tem para conosco;
· Da rejeição que demonstramos muitas vezes em nem tentar aceitar e entender a dimensão desse amor. Amém!!!
Autor: desconhecido
Fonte: idem
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