Apocalipse 12:7-9
Introdução
Está em andamento um grande conflito entre
Cristo e Satanás sobre o caráter de Deus, Sua lei, e Sua soberania. Onde
surgiu? De que forma? Com quem? Como aconteceu o nosso envolvimento? E o envolvimento
do Universo? E os resultados? Qual é a única saída? E qual a resposta correta para questões como:
>Por que os bons enfrentam dificuldades?
>Por que a rosa coexiste lado a lado com os espinhos?
>Por que os animais matam e se devoram uns aos outros?
>Por que alguns têm abundância de alimentos enquanto outros
perecem de fome?
>Por que uma criança inocente perece, vítima de um acidente
automobilístico enquanto o motorista embriagado que o provocou escapa ileso?
Essas questões têm sido respondidas
de diversas maneiras desde a entrada do pecado. Os ateístas, que afirmam que
todas as formas de vida surgiram do acaso, sugerem que o “bem” e o “mal” são um
tipo de competição pela “sobrevivência do mais apto”. Estas respostas são inadequadas. A questão do
por que nosso mundo está arruinado pelo pecado, gira basicamente em torno da
questão de nossa aceitação da visão mundial apresentada nas Santas Escrituras.
Onde
surgiu o pecado?
No lugar menos improvável; entre
seres pertencentes a uma ordem superior a dos seres humanos (Sl 8:5). De acordo
com as Escrituras Sagradas milhares de anos atrás, antes que nosso mundo fosse
criado, o pecado se originou misteriosamente no coração de Lúcifer, o mais
exaltado dos anjos no Céu. A culpa não pode ser atribuída a Deus, já que
Lúcifer foi criado perfeito, sem inclinação para o mal (Ez 28:15).
Por
que Lúcifer estava insatisfeito com seu status?
Isaías 14:13-14.
Porque ele queria mais. Ele
recusou-se permanecer contente com sua exaltada posição, recebida do Criador. Lúcifer
permitiu que pensamentos invejosos o dominassem. Ele poderia haver
reconhecido que, como um ser criado, não tinha o direito ao respeito e à
adoração devidos à Divindade. Ele cobiçou a posição de Cristo. Em seu
egoísmo, cobiçou a igualdade com o próprio Deus. Descontente com sua posição, ele
passou a fazer questionamentos com a intenção de criar um clima de
insatisfação:
̶ “Você não acha que o Céu tem uma
estrutura muito rígida”?
̶ “Por que seres santos necessitam de
leis”?
̶ “A lei de Deus é arbitrária – restringe
a liberdade individual”
̶ “Não creio que Deus nos ame como diz.
Ele é injusto e parcial”.
̶ “É claro que você pode compreender a
verdade independentemente de Cristo”.
Essas insinuações desleais prosseguiram
até que um terço dos anjos se uniu a Lúcifer em rebelião. Eles acreditavam
que poderiam criar um governo superior ao de Deus. Com infinita paciência
Deus tentou convencer Lúcifer e seus simpatizantes a abandonarem o rumo
desastroso que estavam seguindo. Ele procurou esclarecer que as leis do Céu,
fundamentadas em amor, eram essenciais à felicidade. Mas Lúcifer e seus
seguidores recusaram-se atender aos pedidos de Deus.
Porém Deus não destruiu Lúcifer e
seus seguidores de uma vez. Deu-lhes tempo e oportunidade para demonstrarem se
suas acusações contra o Seu caráter, Seu governo e leis tinham fundamento.
Estranho evento aconteceu no Céu.
Que aconteceu com Lúcifer (agora chamado Satanás) e com os anjos que
ficaram do seu lado? Apocalipse 12:7-9.
Embora o pecado não possa ser
explicado e nem justificado, suas raízes podem ser vistas no orgulho que encheu
o coração de Lúcifer (Ez 28:17). Lúcifer quis ser igual a Deus (Is 14:12-14),
desejava porém apenas o poder de Deus mas não o Seu caráter.
Satanás foi lançado para a Terra ao
ser expulso do Céu, e junto ele os seus anjos rebeldes (Apoc 12:9).
O conflito cósmico estendido à Terra.
Até então o conflito estava
restrito ao Céu. Após a rebelião de Satanás no Céu e sua consequente expulsão
de lá, aqui na recém-criada Terra, Deus criou o primeiro par de seres humanos,
Adão e Eva, colocando-os no Jardim do Éden. Sendo que fora excluído do conselho
que deliberou a criação deste mundo, fez todo o possível para levar Adão e Eva
à rebelião.
Teste
de caráter estabelecido por Deus.
Que simples teste de caráter foi
estabelecido por Deus para que Adão e Eva demonstrassem sua lealdade a Ele? (Gênesis
2:16-17).
Deus advertiu o casal de que a
desobediência traria a morte. Satanás viu nisto uma oportunidade de tentar
nossos primeiros pais e comerem do fruto da árvore proibida e a unir-se a ele
na rebelião. Trágica e inacreditavelmente, Adão e Eva cederam à tentação de
Satanás.
Em compaixão, Deus poupou a vida
deles a fim de que pudessem ter oportunidade de se arrependerem, mas a
penalidade pelo quebrantamento da lei de Deus tinha de ser paga. Com a
queda surgia a necessidade de um redentor. Desta forma Cristo Se ofereceu para
vir à Terra e morrer, assumindo o lugar dos pecadores.
Deus prometeu um final feliz.
Que final feliz Deus prometeu para
o conflito entre o bem e o mal? (Gn 3:15).
Com o passar do tempo, os efeitos do pecado se
tornaram mais e mais evidentes, não apenas na raça humana, mas na natureza como
um todo (Rm 8:22).
Vinte séculos atrás, quando
Satanás inspirou homens a matar Jesus, os seres de outros mundos viram
claramente que Deus estava certo e Satanás errado. Os habitantes do Céu
e dos mundos não caídos viram que Deus é amor e que Sua lei é justa e
necessária. Para dar ampla
oportunidade de os habitantes do nosso mundo conhecerem os temas do grande
conflito entre Cristo e Satanás e de escolherem de que lado ficar, Deus
permitiu que o drama do pecado prosseguisse.
Hoje este drama está próximo do
fim. A Bíblia deixa claro que o resultado final será a completa vitória de Deus
e da vindicação de Seu caráter e lei. Até o dia da vitória, o bem e o mal
continuarão lado a lado. Hoje as forças sobrenaturais prosseguem com o conflito
mortal iniciado há muito tempo no Céu. O planeta Terra é o campo de batalha.
A visão mundial cósmica da Bíblia.
Cronologicamente, o primeiro livro
da Bíblia não é o Gênesis e sim o livro de Jó. Enquanto o livro de Gênesis está
centralizado no planeta Terra, apresentando-nos a criação do mundo e de todas
as coisas, o livro de Jó está centralizado no cosmos. Envolve o Universo como
um todo. Já em Jó 1:6-7 ele se eleva para além do planeta Terra a uma convocação
cósmica que envolveu representantes de várias partes do Universo (ler a
passagem).
Esses “filhos de Deus”
aparentemente eram os líderes de outros mundos habitados. Adão, o líder de
nossa Terra até haver pecado, era um “filho
de Deus” (Lc 3:38). Satanás apresentou-se juntamente com os outros como
líder do planeta Terra, ainda que por usurpação. Ao seduzir nossos
primeiros pais ao pecado, Satanás engenhosamente roubou-lhes o domínio que
possuíam sobre a Terra, reclamando agora para si o título de “príncipe deste mundo”.
A perspectiva cósmica provida pelo
livro de Jó fornece poderosas provas da grande controvérsia entre Cristo e
Satanás. Este planeta é o palco sobre o qual está sendo travada esta luta
dramática entre o certo e o errado. Está escrito: “Porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens”
(I Cor 4:9).
Quando chegar ao fim o conflito
cósmico, toda a humanidade admitirá: “Grandes
e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e
verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações” (Apoc. 15:3).
“Por que Jesus veio a este planeta?
A cruz de Jesus tem um
significado universal como também local. Jesus veio para viver e morrer por
muito mais do que apenas nossa salvação. Ele veio responder a acusação
contra a justiça de Deus, que precedeu à nossa necessidade humana de salvação. A
rebelião de Satanás ocorreu antes da criação deste mundo. Após a criação, Satanás alegou ser impossível
aos seres criados guardarem a lei de Deus. Este é um dos motivos principais
porque o membro da Divindade, que conhecemos como Jesus tornou-Se um ser humano
e viveu neste mundo. Jesus demonstrou que os seres humanos podem guardar a lei
de Deus quando se apegam ao Espírito Santo para obter ajuda como Ele obteve”.
Conclusão
Vivemos numa era de ilegalidade, onde os
absolutos são neutralizados, a desonestidade é louvada, a corrupção é um meio
de vida, o adultério é avassalador e os acordos, tanto internacionais como
pessoais, são considerados como de pouca importância. É nosso privilégio viver
uma vida que se caracteriza pela paciência e fidelidade, uma permanente
prontidão para enfrentar o conflito (Ap 14:2) , manifestando constante
dependência dAquele que nos torna “mais que vencedores” (Rm 8:37).
Seja esta a nossa experiência.
É o meu desejo e a minha oração.
Amém!!!
Autor: desconhecido
Fonte: idem
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