II Coríntios 8:1-5
Introdução.
A igreja cristã primitiva foi duramente perseguida. Com exceção de João,
todos os apóstolos foram martirizados. Entre os maiores inimigos da igreja
estava Saulo de Tarso. Fariseu convicto, educado aos pés de Gamaliel, ele
desejava prender e matar a todos os defensores da mais recente ”seita
herética”.
O chamado de Saulo. A
conversão de Saulo está relatada em Atos 9. Viajando para Damasco, foi abordado
por Jesus. Ficou cego, foi jogado por terra e ouviu uma voz que dizia: “Saulo,
Saulo, por que Me persegues?” Então, perguntou: “Quem és, Senhor?” “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. É duro
para ti recalcitrar contra os aguilhões”. E ele, tremendo e atônito, disse:
“Senhor, que queres que eu faça?” Atos 9:4-6.
Nascia o apóstolo dos gentios. De perseguidor passaria a perseguido.
Saulo passou a chamar-se Paulo e tornou-se um evangelista guiado pelo Espírito.
Depois de receber a imposição das
mãos (Atos 13), Paulo foi enviado a pregar.
Um dia, em visão, ouviu a voz de um varão que dizia: “Passa a Macedônia e ajuda-nos” (Atos 16:9). Deus o chamava para anunciar o evangelho ali. Então, ele foi para aquela região onde estabeleceu igrejas.
Características da igreja em
Corinto. Em muitos aspectos, as
igrejas cristãs da Macedônia eram diferentes da congregação de Corinto. Ali, a
igreja caracterizava-se por sérios problemas espirituais, entre os quais:
Discórdias e divisões: I Cor.
1:10-11 – Os membros da igreja viviam
Ainda hoje existem congregações em que os filhos de Deus vivem competindo. A graça de Deus não pode se manifestar em uma igreja formada por pessoas que vivem brigando.
Orgulho espiritual, separação
afetiva e luta pelo poder impedem o crescimento da igreja. Cristo não está
dividido.
Amor permissivo: I cor. 5:1-2
– Em Corinto havia quem se atrevia a viver maritalmente com a ex-esposa do
próprio pai. E o pior, a igreja não tomava providências para disciplinar esse
pecado.
Devemos amar o pecador e fazer de
tudo para restaurá-lo. Porém, ao lidarmos com o pecado, Deus espera que sejamos
implacáveis.
O Espírito Santo não pode Se manifestar numa igreja que tolera o pecado, tenha sido ele cometido por membros ou líderes.
Ingratidão e egoísmo: I Cor. 9:4, 11,14 – A igreja não compreendia ser um privilégio sustentar a pregação do evangelho e questionava o ministério de Paulo.
Então, o apóstolo lhes interrogou: “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito, recolhermos de vós bens materiais?... Não ordenou o Senhor que aqueles ”que pregam o evangelho, que vivam do evangelho?”
O egoísmo, a infidelidade e o materialismo impedem a manifestação do poder de Deus na igreja.
Em Sua providência, o Senhor estabeleceu a devolução do dízimo e das ofertas como um meio de erradicar do coração humano o egoísmo e sustentar a pregação. Muitos não aceitam, deixam de ser fiéis e perdem as bênçãos. Com isso, retêm o que a Deus pertence e se colocam fora do plano divino.
A graça alcançada pelos Macedônios. Enquanto era triste a condição espiritual da igreja em Corinto, a manifestação da graça de Deus nas igrejas da Macedônia foi maravilhosa:
Alegria em meio à tribulação: II Cor. 8:2 – Que poder lhes capacitava a experimentar gozo e alegria, mesmo em meio às provas se, naqueles dias, declarar-se cristão era colocar o pescoço na forca?
Cristãos, no passado e hoje têm de enfrentar tentações, injustiças, limitações financeiras, enfermidades, perseguição no trabalho e na escola etc.
Como suportar a prova sem blasfemar nem desanimar?
Só há uma forma: viver em comunhão diária com Cristo, recebendo diariamente a graça e o poder de Deus.
Generosidade em meio à profunda pobreza: II Cor. 8:2 – Ser liberal, generoso e fiel quando o bolso está cheio é fácil. A prova vem é quando chega a crise, quando as posses são escassas.
A igreja da Macedônia era liberal mesmo em meio à profunda pobreza e nisso é modelo para todas as igrejas cristãs.
Onde habita o Espírito Santo há abundância e generosidade. Os macedônios davam o que podiam, davam além do que podiam e voluntariamente.
Sem dúvida, aquela igreja recebeu um precioso dom e era formada por pessoas cheias do Espírito Santo.
O segredo
dos macedônios: I Cor. 8:5 – Primeiramente, a si mesmo se deram ao Senhor. Esse é o segredo de uma vida cristã feliz e
abençoada. Não existe valor na entrega de bens sem a entrega da vida.
Conclusão. Ainda hoje, Deus deseja ver em nossa igreja a mesma graça e poder que se manifestou nas igrejas da Macedônia.
É interessante olharmos para o próprio coração e fazermos s seguintes perguntas:
• Com quem mais me pareço: com os cristãos coríntios ou com os macedônios?
• Há em mim um espírito de contenta e sectarismo?
• Sou tolerante com o pecado em minha própria vida?
• Tenho sido fiel em todas as coisas?
• Compreendo ser um privilégio devolver meu dízimo e assim participar da evangelização do mundo?
Cada um de nós deve procurar alcançar a mesma graça alcançada pelas igrejas da Macedônia: alegria em meio à tribulação, generosidade em meio à profunda pobreza, voluntariedade, espírito de sacrifício e profundo senso de missão.
É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!
Autor: desconhecido
Fonte: idem
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