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O ATAQUE AO CÉU


Daniel 8:1-14


            Introdução
            É um prazer tê-los em nossa igreja para mais uma noite de estudos do livro de Daniel. Nossa proposta é que todos os domingos aprendamos verdades divinas reveladas na Palavra de Deus. No domingo passado estudamos sobre um tema magnífico e antes de entrarmos na aula de hoje, iremos recapitular rapidamente o nosso estudo anterior.

            Relembrando o quadro profético
            Vamos relembrar o que a profecia de Daniel 2 e 3 já nos ensinou.
            1°) Haveria uma sucessão de quatro grandes impérios.
            2°) Com a divisão do quarto império (Roma), surgiria o período dos reinos divididos que se constitui na Europa moderna.
            3°) Nesse período surgiria o anticristo.
            4°) Então ocorreria o juízo de Deus e depois do juízo, ocorrerá a segunda vinda de Jesus.
            Já vimos também que o poder que representa a besta, é o poder da igreja romana e que surgiria a segunda besta representada pelos Estados Unidos da América.
            Aprendemos que no juízo de Deus são usados os livros do Céu e quem não for achado no livro da vida, esse será lançado dentro do lago de fogo. Só os que forem batizados e permanecerem firmes na fé, é que manterão seus nomes no livro da vida do Cordeiro e assim permanecerão para sempre com o Senhor.

            A visão de Daniel 8
            Leiamos Daniel 8:1-14. Nesta visão encontramos três elementos bem distintos:
1°) A luta entre o carneiro e o bode; 2°) O surgimento de um chifre que ataca o Céu, o santuário e o príncipe do Céu e 3°) A promessa de que o santuário seria restaurado depois de 2300 dias.

            Entendendo a visão
            Leiamos Daniel 8:15-19. Quando Daniel procura entender a visão, um anjo lhe diz que essa visão se refere ao tempo do fim. Devemos lembrar que todas as visões que se referem ao tempo do fim são “repetitivas e ampliativas”.
            Vamos ver o que representa este carneiro de Daniel 8, no verso 20.
            Porque os medos e persas são representados por um carneiro que tem dois chifres, sendo que um deles é mais alto que o outro? (Daniel 8:3).
            Todos os símbolos do poder medo-persa têm essa característica. Na estátua eles eram representados pelos braços de prata, sempre um braço é mais forte que o outro. Quando eles são representados por um urso, ele tinha um lado mais alto que o outro e agora no carneiro um chifre maior que o outro.
            Isto representa que um destes reinos teria proeminência sobre o outro. Isso ocorreu com os persas que se uniram aos medos para derrotar Babilônia e por fim acabaram dominando sozinho com grande poder.
            Vamos ver o bode em Daniel 8:21-22. O texto mostra que a Grécia foi o poder que derrubou o império persa.
            Porque a Grécia é representada por um bode que tem um grande chifre que se quebra dando lugar a quatro outros chifres? (Daniel 8:8).
            Em Daniel 7, a Grécia é representada pelo leopardo com quatro cabeças. Essas quatro cabeças e esses quatro chifres representam os quatro generais que assumiram o poder da Grécia após a morte de Alexandre o Grande, representado pelo grande chifre que foi quebrado.

            O ataque ao Céu
            Em Daniel 8:9 vimos que depois da divisão do império grego em quatro partes, surge outro chifre (o império romano) que vai se tornando muito forte (vai crescendo) para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa (Jerusalém). Isto representa um crescimento horizontal.
            Já no verso 10, esse reino aparece crescendo na vertical. Diz o verso: “Cresceu até atingir o exército dos Céus”.
            No verso 11 nos é dito que este poder não só atacou o Céu, como também atacou o príncipe do Céu (Jesus) e dele tirou o sacrifício.
            No verso 12 é dito que este poder “deita a verdade por terra; e o que fez prosperou”. 
            Estes versos são realmente importantes, pois eles mostram as duas fases de Roma. Eles mostram que Roma imperial cresceu horizontalmente e Roma papal em sua ousadia de atacar o Céu cresceu verticalmente.
            Na fase de Roma imperial seu crescimento é militar, estendendo seu domínio sobre a Terra.
            Quando Constantino confere poder ao bispo de Roma, se inicia outra fase, onde Roma religiosa volta seu foco para o Céu. Como Roma religiosa atacou o Céu?
            Roma religiosa invadiu o Céu com seus santos.
            Roma religiosa não só invadiu o Céu, como também atacou o príncipe do Céu que é Jesus. Como ela fez isso? Diz o verso 11 que ela tirou de Jesus o sacrifico diário.
            Nos tempos bíblicos o sacrifício diário era o momento em que o cordeiro era morto para perdão dos pecados de Israel. Isto representava o sangue de Jesus derramado por nossos pecados. O perdão dos pecados só acontece unicamente pelo sangue/sacrifico de Jesus.
            No verso 12 vemos Roma lançando por terra a verdade. A Bíblia e a Lei de Deus têm sido pisadas pelos homens, enquanto mentiras têm sido guardadas como lei. Lembre-se do exemplo do sábado para o domingo.
            O pior de tudo é que mesmo com toda a mentira e blasfêmias, ainda assim a igreja romana prospera.
           
            A purificação do santuário
            No verso 13 de Daniel 8, encontramos um anjo angustiado  perguntando até quando o santuário seria pisado, até quando a mentira prevaleceria?
            No verso 14 temos a resposta. O anjo diz: “Até 2300 dias (tarde e manhã representam um dia) e o santuário seria purificado”.
            Estes versos nos mostram que depois do surgimento da besta (igreja romana) e de sua obra em atacar a verdade, haveria a purificação do santuário. Se seguirmos o gráfico profético perceberemos que a purificação do santuário está ligada ao juízo de Deus.
            Que santuário é esse que seria purificado? O que ele tem a ver com a nossa salvação e a restauração da verdade?
            Estas são perguntas para o nosso próximo estudo.
            Em nosso próximo estudo veremos a verdade maravilhosa que Deus preparou para a nossa salvação e que a besta tenta desvirtuar para perdição de muitos.

            Apelo
            Quantos gostariam de entender mais sobre a salvação? Quantos estão como o anjo do verso 13, angustiado vendo a mentira prosperar, enquanto a verdade é deitada por terra?
            Minha oração nesta noite é para que o Senhor Deus nos livre do mal e nos guie em Sua Palavra para conhecer cada dia mais da Sua verdade!







            Tema 14 da série Revelações Divinas, de autoria do Pr. Marcelo Tomaz, adaptado para ser apresentado sem o auxílio audiovisual presente na versão original, págs. 104-108.

    

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