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IDENTIFICANDO A BESTA


Daniel 7:25; Apocalipse 13:2-3

             Introdução
            É um prazer tê-los em nossa igreja para mais uma noite de estudos do livro de Daniel. Nossa proposta é que todos os domingos aprendamos verdades divinas reveladas na Palavra de Deus. No domingo passado estudamos sobre um tema magnífico e antes de entrarmos na aula de hoje, iremos recapitular rapidamente o nosso estudo anterior.
            Nosso tema de hoje não é uma aula fácil de ser passada e muito menos fácil de ser ouvida. Hoje eu corro o risco de alguém ficar magoado comigo, por não gostar do que vai ser dito. Querido, gostaria que você entendesse que não estarei compartilhando o que eu acho. Não será a minha opinião; serão fatos históricos que confirmam as profecias bíblicas. A verdade nem sempre é fácil de ser ouvida, entretanto, é a verdade. É preferível uma verdade que me doa e me conduza a salvação a uma mentira que me agrade, mas me leve a perdição!
            Vamos relembrar as características da besta vista por João e Daniel? Leiamos Daniel 7:25 e Apocalipse 13:2-3.
            Agora vamos para a história do mundo averiguar quem cumpriu estas características. Se encontrarmos um poder que tenha cumprido as seis características, poderemos ter a certeza de que identificamos a besta.

            Mudaria a Lei de Deus
            Vamos lá. A profecia diz que a besta mudaria a Lei de Deus. Quem fez isso, quando fez e como fez?
            Houve um imperador romano, chamado Constantino, que é conhecido por muitos historiadores como sendo o marco da Idade Média, simplesmente por ele ter mudado a história do mundo.
            Constantino acabou entrando na história como o primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na sequência de sua vitória sobre Magêncio, na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma. O mais interessante é que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão a sua vitória nessa batalha.
            Segundo a tradição, na noite anterior à batalha, ele sonhou com uma cruz e nela estava escrito em latim: “In Hoc signo vinces” – Sob este símbolo vencerás.
            Outra curiosidade é que por volta de 317 d.C. ele passou a adotar os símbolos cristãos que combinavam as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo – Χριστός
( “X” e “P” superpostos) (https://pt.wikipedia.org.wiki/Contantino). Com o “X” e o “P”, Constantino forma um símbolo que seria usado em seu domínio cristão.
            É bom ressaltar que antes de Constantino a igreja cristã já era oprimida, pobre, rejeitada e seus líderes presos ou mortos.  Depois de Constantino a igreja ascendeu ao poder. De igreja ilegal passou a ser a igreja oficial de Roma. De pobre passou a ser rica. Em vez de seus líderes serem presos, começaram a receber cargos políticos e assim passou a ser chamada igreja romana.
            Mas, por que igreja romana? Se Jesus foi judeu, Virgem Maria era judia, José era judeu, Pedro era judeu, João Batista era judeu; resumindo, todos os apóstolos eram judeus. Por que não foi chamada de igreja judaica? Foi Roma que crucificou Jesus, lembra?
            No ano de 321 d.C. Constantino decreta que no império romano haveria apenas um dia de guarda – o domingo. Este já era um dia especial para os romanos, pois se tratava, segundo o paganismo, do dia do deus Sol (por isso a palavra domingo em inglês e em outras línguas significa dia do Sol). Constantino pega uma lei de Deus (a santificação do sábado e mistura com uma tradição pagã). Esse foi o grande truque de Satanás para enganar as pessoas, misturando erro com verdade. Uma meia verdade é pior que uma mentira pura, pois se torna mais difícil de detectar o erro.
            Vejamos o que aconteceu. Constantino pega um símbolo pagão e mistura com um símbolo cristão.
            Com certeza sim! Você já os viu, só não percebeu ainda. Lembra-se do símbolo de Constantino?  Saiba que foi encontrado em escavações do antigo Império Romano objetos com a marca de Constantino, ou seja, a cruz com o Sol juntos.
            Com a mudança feita por Constantino, a igreja romana aceitou a mudança da Lei de Deus, tirando o santo Sábado para colocar o domingo como dia de guarda. Por isso você, assim como a maioria das pessoas, aprendeu no catecismo a guardar domingos e festas.
            Você pode perguntar: Mas isso é verdade? É possível ver e ouvir da própria igreja romana assumindo a autoria da mudança. Documentos, livros, revistas, jornais, rodapés de Bíblias romanas atestam a veracidade deste fato. 
            A Bíblia diz que a besta mudaria a Lei de Deus, que ela receberia o poder, o trono e grande autoridade do dragão. Temos que relembrar que dragão na Bíblia é Satanás e também Roma (Apocalipse 12:9 e 4).
            No ano de 330 d.C., Constantino preocupado com a fragilidade de sua capital no ocidente, decide transferi-la para uma nova cidade recém construída, chamada Bizâncio ou Constantinopla (hoje conhecida como Istambul).  
            Vamos entender porque isso nos interessa no assunto. O império romano, a semelhança de ainda hoje em alguns países, era divido em províncias e possuía uma capital.
            Cada província tinha um governador que dominava a política, a economia e o exército daquela região. Na capital não havia governador, pois lá estava o imperador.
            Em cada província e até na capital havia sempre um bispo romano que cuidava da religião. Porém, Constantino construiu uma nova capital e foi morar com toda sua corte em Constantinopla, deixando o trono da cidade de Roma vazio e que agora precisava de um governador.
            Quem acabou assumindo o trono, o poder e a autoridade da cidade de Roma? Foi o bispo romano e isso marcou a história do mundo, pois foi a primeira vez que um líder religioso romano teve em suas mãos poderes políticos, econômicos, militares e religiosos.
            Depois dessa ascensão de poder, o bispo de Roma foi com o tempo nomeado papa, pois antes todos os bispos eram iguais para a igreja.
            Você se lembra da estátua de Daniel 2? Há de se destacar coisas que ainda não tinham sido, por ser agora o momento apropriado para isto. Perceba que o ouro não se estende ao período da prata e a prata não está presente no bronze. O bronze n ao se mistura com o fero, mas o ferro é o único metal que se mistura com o material seguinte, que é o barro. O que isso significa? Que Babilônia viria e sumiria. Os medos e persas viriam, dominariam e sumiriam. A Grécia viria e passaria, mas Roma viria, dominaria e permaneceria. A pedra bate nos pés da estátua e nos pés também tem ferro, isso quer dizer que o poder de Roma estaria agindo no mundo até a segunda vinda de Jesus.
            Roma não deixou de existir, simplesmente se camuflou, se misturou para poder continuar agindo no mundo realizando a obra do dragão na Terra.
            Antes era o império romano mandando e a igreja romana obedecendo, mas com a mudança de Constantino para Constantinopla foi aberto o caminho para a ascensão do poder da Roma religiosa.
            A Bíblia diz que a besta receberia o poder, o trono e grande autoridade do dragão.

            Domínio pelo período de 1260 anos
            A Bíblia diz que a besta teria domínio por 1260 anos. Vamos entender isso.  No ano de 538 d.C. com Justiniano se inicia a supremacia papal e com a supremacia papal (período em que a igreja romana tinha autoridade máxima na Europa católica), abre-se espaço para atos terríveis como as cruzadas (onde os reis da Europa invadiam o Oriente com seus exércitos para conquistar Jerusalém e matavam milhares em nome de Deus); a inquisição (tribunal da igreja romana que julgava, condenava, torturava, matava pessoas em nome de Deus).
            Durante essa era de supremacia papal o mundo viveu uma das páginas mais horrorosas de sua história. Os livros de história geral, museus, estão aí para quem quiser saber mais a respeito.
            Durante este período de supremacia papal, a igreja romana matou mais pessoas do que a 1ª (9 milhões) e 2ª (entre 50 e 70 milhões) guerras mundiais juntas.
            A supremacia papal durou 1260 anos. Nenhum outro poder dominou por tanto tempo e com tanta autoridade. Esse período em que a igreja romana dominou na Europa é conhecido como período negro da história. A Bíblia diz que a besta teria domínio por 1260 anos.

            A ferida mortal
            A Bíblia diz que a besta teria uma ferida mortal. Quando isso ocorreu? Na tentativa de conquistar a Europa, em 1798, Napoleão Bonaparte teve que derrubar a maior força da Europa, o poder da igreja romana.
            Nesse ano ele envia seu general Bertier a Roma e ele prende o papa Pio VI, tomando todas as posses papais, assim com o poder que o império romano havia dado a igreja romana. Foi como uma ferida de morte, na França as igrejas são destruídas, os líderes religiosos mortos e as Bíblias queimadas em praça pública. A Bíblia disse que a besta teria uma ferida mortal.

            A cura dessa ferida
            A Bíblia também diz que sua ferida mortal seria curada. Podemos perceber que em 1929 o ditador italiano Benito Mussolini assina o Tratado de Latrão, devolvendo para a igreja romana as posses que Napoleão Bonaparte havia confiscado, curando assim a ferida.
            Entre essas posses que Benito Mussolini devolveu estavam 42 hectares de terra, que hoje é a sede da igreja romana no mundo – o Vaticano. Tem uma área total de 44 hectares (0,44 km²). Fora da Cidade do Vaticano, o Estado possui vários edifícios em Roma e Castel Gandolfo.
            Com esse ato, a igreja romana voltou a ter o seu poder político e religioso novamente restaurado, porque o Vaticano é um país independente com diplomacia mundial.

            A besta blasfemou
            Por fim a Bíblia diz que a besta blasfemou. E afinal a igreja romana blasfema? Sim, mas como? Através da adoração de imagens; a Bíblia condena esse ato. Com o perdão de pecados por seus líderes religiosos, pois a Bíblia diz que só Deus pode perdoar pecados. Com a beatificação de santos, pois segundo a Bíblia só Deus é santo. Porém, a maior das blasfêmias está em II Tessalonicenses 2:3-4 (leiamos o texto). Quando um homem toma o lugar de Deus na Terra, isso acontece no Vaticano onde o bispo de Roma é adorado como e fosse deus na Terra.

            Conclusão
            Vamos rever tudo que vimos hoje. Eu pergunto e a congregação responde.
            A igreja romana blasfema? Sim. A igreja romana mudou a Leis de Deus? Sim. A igreja romana recebeu seu poder e trono do império romano (dragão)? Sim. A igreja de Roma teve uma ferida mortal? Sim. Igreja romana teve sua ferida mortal curada? Sim.  A igreja romana teve domínio por 1260 anos? Sim.
            Então podemos concluir com toda certeza que a igreja Romana é a besta do Apocalipse, por ser o único poder no mundo que cumpriu as seis características proféticas sobre a besta.

            Apelo
            Leiamos Apocalipse 13:11.
            Como vimos hoje, a Bíblia nos apresenta a 2ª besta. Amigos, quantos até aqui aprenderam algo novo na Palavra de Deus? Dá para começar a perceber que tem muita coisa errada no mundo religioso, não dá?
            Quantos aqui, nesta noite gostariam de continuar aprendendo, entendendo esses assuntos tão importantes para nossos dias e para o futuro?
            Então fique em pé, pois vamos orar ao Senhor para que continue te abençoando no entendimento da Bíblia para a sua salvação.




            Tema 7 da série Revelações Divinas, de autoria do Pr. Marcelo Tomaz, adaptado para ser apresentado sem o auxílio audiovisual presente na versão original, págs. 48-55.
               
 

     

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