O
que é pregação?
No passado, talvez você nunca tenha
buscado uma resposta para essa questão, mas depois de ter sido ordenado ancião
e saber que uma de suas responsabilidades é pregar sermões nos cultos da
igreja, passou a considerar essa significativa pergunta.
Para começar, sua atitude para com a
pregação deve ser mais importante do que o modo de pregar. O que é a pregação
deve preocupá-lo mais do que os recursos de oratória.
Paulo era muito consciente sobre o valor da
pregação: “Irmãos, certamente vocês se
lembram do nosso trabalho esgotante e da nossa fadiga; trabalhamos noite e dia
para não sermos pesados a ninguém, enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus.
[...] Pois vocês sabem que tratamos cada
um como um pai trata seus filhos, exortando, consolando e dando testemunho,
para que vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o Seu Reino e
glória”.
“Também
agradecemos a Deus sem cessar o fato de que, ao receberem de nossa parte a
Palavra de Deus, vocês a aceitaram, não como palavra de homem, mas conforme ela
verdadeiramente é, como Palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que
crêem” (I Ts 2:9-13, NVI).
Quando Paulo pregou o evangelho, não
pregou a palavra de homens, mas a Palavra de Deus. Isso sugere que a pregação
do evangelho não apenas comunica a verdade acerca de Deus e sobre o estilo
cristão de vida, mas também é um fenômeno, um acontecimento santo, de modo que
a mesma palavra que é ouvida pelo crente, transforma o coração. Existe na
pregação alguma coisa vital, algo dinâmico e tocante.
Em seu livro The Essential Nature of New Testament Preaching, Robert H. Mounce
declara que na pregação, Deus revela a Si mesmo, de modo que pode ser dito: “pregação é revelação” – a revelação de
Deus.
Note o que Ellen White escreveu
sobre o fenômeno da pregação:
“Muitos
não consideram a pregação como um meio apontado por Cristo para instruir Seu
povo, e que, portanto, deve sempre ser altamente prezado. Não sentem que o
sermão é a Palavra do Senhor a eles dirigida e que precisa ser avaliado pelo
valor das verdades apresentadas, mas julgam-no como se fosse a fala de um
advogado diante do tribunal – pela habilidade argumentativa apresentada, o
poder e a beleza da oratória. O pastor não é infalível, mas Deus o dignificou
por torná-lo Seu mensageiro. Se vocês o ouvirem como se ele não fosse
comissionado pelo alto, não respeitarão suas palavras nem as receberão como mensagem
de Deus. [...] Nunca devemos nos
esquecer de que Cristo ensina através de Seus servos” (Testemunhos para a
Igreja, v.5, pág. 298,300).
Temos perdido esse conceito de
pregação ou ainda consideramos o sermão a “Palavra
do Senhor”? Ainda cremos que, na pregação, Cristo está ensinando Seu povo
por meio de Seus servos?
No sermão, o Espírito Santo está
ativo e presente. Nele, Deus e o homem andam juntos. Algo maravilhoso pode
acontecer em nós durante a exposição do sermão na igreja, porque a pregação é
um dos meios indicados por Deus para a salvação de pessoas. Como pregadores,
deveríamos sempre nos aproximar do púlpito com a perspectiva de que os ouvintes
serão ricamente beneficiados pela palavra.
(Adaptado de artigo escrito por
Steven P. Vitrano, ex-professor na Andrews University, EUA) –
Fonte: Revista do Ancião abr - jun 2008, pág. 11.
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