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RAZÕES PARA SERVIR A DEUS


           Se alguém me quiser servir, siga-me; e onde eu estiver, ali estará também o meu servo; se alguém me servir, o Pai o honrará”. João 12:26.

            “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!  entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

            Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome não expulsamos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?

           Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. Mateus 7:21-23.

 

           Quando somos chamados a desempenhar determinada função na igreja, é muito importante que tenhamos a consciência de que estamos atendendo a um chamado procedente de Deus.

           Tem você a firme convicção de que realmente está atendendo a um chamado de procedência divina?  É imperativo que você tenha esta certeza.

           O membro de igreja que tiver essa convicção terá também razões corretas para realizar um serviço mais dedicado e melhor ao Senhor.

           Dar-se-ia o caso de alguém estar realizando o trabalho do Senhor por motivos incorretos? Por mais incrível que possa parecer a resposta é sim. O que é pior, algumas que consideraremos, além de serem razões equivocadas, podem causar prejuízos pessoais e danos espirituais à igreja.

           Sentimentos de culpa.

           A Bíblia afirma que todos são pecadores (Rom. 3:9; 3:23; 5:12; I João 1:8).

           Então, todos têm motivos para sentir culpa. A culpa em si pode ser benéfica, se nos levar a reconhecer nossos pecados e ao desejo de abandoná-los. Uma vez que nos arrependamos verdadeiramente e abandonemos o pecado, não existe necessidade adicional de nos sentir culpados.

           Deus não deseja que o sentimento de culpa seja um fator de motivação na vida do cristão. O que precisamos é da convicção do chamado e do senso de que para Deus somos importantes. O sentimento de culpa, nesse caso, pode afastar-nos de Deus e dos motivos corretos para a realização do Seu serviço: “O trabalho sem amor te faz escravo”.

           Pressão.

           Deus não pressiona ninguém a realizar o trabalho de Sua igreja. Pressões psicológicas ou aquelas que vêm da parte dos pastores, líderes e membros não produzem a alegria que Deus espera ver naqueles que trabalham para Ele. “Pois o amor de Cristo nos constrange”,... II Cor. 5:14. É o amor de Cristo que deve motivar-nos a trabalhar.

           Interesse.

           Quando entram para a igreja do Senhor, muitas pessoas levam freqüentemente suas ambições pessoais e secretas. Elas começam a sonhar, sonhar. Logo estão planejando como alcançar benefícios pessoais em vez de como achar aos perdidos, que muitas vezes passam sem ao menos serem notados.

            Quando o crente inicia a caminhada na vida cristã preocupado com suas necessidades pessoais; algumas dessas ambições estão tão arraigadas que a pessoa nem se dá conta que as têm. O eu é o ponto central dessas razões.

          Servir a Deus por interesse não é novidade, no final do 8º século a.C. encontramos Miquéias admoestando os líderes de Israel: “Os seus chefes dão as sentenças por peitas, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá”. Miquéias 3:11.

           Quando estamos preocupados em adquirir vantagens pessoais e não salvar os que estão perdidos, famintos e sedentos, significa que não estamos focados corretamente na seara do Senhor.   “O amor..., não busca os seus próprios interesses...” I Cor. 13:5.

           Agradar pessoas.

           Embora não seja errado fazer algo para Deus, esperando que as pessoas se sintam felizes pelo que realizamos, podemos ser tentados a querer agradar mais às pessoas do que a Ele quando participamos de alguma atividade na igreja. 

           O apóstolo Paulo exemplificou essa preocupação aos cristãos da Galácia, falando de sua própria experiência: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou de Deus? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” Gál. 1:10. Seguramente, fazer o trabalho da igreja com vistas a agradar aos outros pode ser perigoso.

           Orgulho.

           O ego controlado pode ser um instrumento de bênçãos nas mãos de Deus e boa motivação para o trabalho. Entretanto, a falta de controle do ego pode trazer prejuízos espirituais para a pessoa, para a igreja e para o relacionamento com os demais membros. Qualquer atividade na igreja que ofereça poder, status ou prestígio pode facilmente produzir um sentimento pecaminoso de grandeza: “A autoridade sem amor te faz tirano”.

           Procure encontrar alegria na simplicidade do puro espírito de dedicação e serviço.

           Alcançar a salvação.

           Não há nada que você possa fazer para comprar a salvação. Ela é de graça e não é conquistada pelas obras. É um dom de Deus. Exatamente para que ninguém se glorie. Efésios 2:8-10.

 

           Motivações corretas.

           Por outro lado, existem certas motivações cristãs desejáveis que cada obreiro envolvido no trabalho deveria possuir. Entre elas:

 

           A consciência da redenção efetuada por Deus.

           É na cruz que a estima humana e significado são determinados. “Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos”. – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 498.

           “Sem a cruz não teria o homem união com o Pai. Dela depende toda a nossa esperança. Daí brilha a luz do amor do Salvador; e quando ao pé da cruz o pecador contempla Aquele que morreu para salva-lo; pode rejubilar-se com grande alegria, pois seus pecados estão perdoados”.  - Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, págs. 209/210.           

           A convicção do chamado.

           Você não caiu de para-queda dentro da igreja justamente quando uma reunião de comissão buscava alguém para... - É esse (a)! Também não veio para cá com uma arma apontada para sua cabeça. A igreja é uma sociedade aberta. Se você está aqui é porque aceitou o chamado divino de livre e espontânea vontade.

           Deus disse, para Ellen White e diz para cada um de nós, que a atitude correta de um cristão diante de um chamado divino, seja ele qual for, é a demonstrada por um soldado em missão. “Todo bom soldado obedece implícita e prontamente as ordens de seu capitão... Por vezes ele se surpreenderá com a ordem dada, mas não deve se deter para indagar o por que. Quando a ordem do capitão contraria os desejos do soldado, não lhe cabe hesitar nem queixar-se, dizendo: Não vejo coerência nesses planos...

“Quando Cristo ordena, seus soldados devem obedecer sem hesitação. Precisam ser soldados fiéis, do contrário ele os não pode aceitar. A toda alma é concedida liberdade de escolha, mas depois que o homem se alistou, requer-se que seja tão verdadeiro como o aço, seja para a vida, seja para a morte”. Evangelismo, página 648.

           Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. II Tim. 2:4.

           A compreensão dos propósitos que Ele tem para a sua vida.

           Você não está aqui neste mundo por acaso. Você não é um acidente. Entretanto, se você concentrar-se em si mesmo jamais desvendará o propósito de sua vida. Você foi feito por Deus e para Deus – e enquanto não compreender isso, a vida jamais terá sentido. Você pode escolher sua carreira, seu cônjuge, seus passatempos e muitas outras coisas de sua vida, mas não pode escolher o seu propósito.

           O propósito da sua vida cabe em um outro propósito muito maior e cósmico, que Deus planejou para a eternidade.  Você nasceu para viver eternamente!

           O desejo de glorificar o Seu nome.

           Glorificar significa honrar, dar glória.

           A Palavra de Deus afirma no livro de Mateus cap. 5: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Percebe-se claramente aqui, a grande importância de se testemunhar correta e eficazmente.

           Devemos também glorificar a Deus em nosso corpo, porque fomos comprados por preço e o apóstolo Paulo pergunta-nos: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo...?” Em Apocalipse 15:4 o discípulo João arremata: “Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?”

           Entre muitas outras motivações corretas, estas são seguramente, boas razões para se cultivar no coração.

           No livro Serviço Cristão, pág. 242, Ellen G. White apresenta algumas características importantes que deveriam ser consideradas quanto à nomeação de uma pessoa para certas responsabilidades na igreja: “Ao terem de confiar responsabilidades a um indivíduo, não se indague se ele é eloqüente ou rico, mas se é honesto, fiel e operoso; pois sejam quais forem as suas realizações, sem estas qualidades ele se acha inteiramente inabilitado para qualquer cargo de confiança”.

·         Trabalhar pela igreja é um grande privilégio.

·         Desenvolver as atividades a nós designadas, com uma correta motivação, é ainda melhor.

·         “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” I Cor. 15:58.

·         Esse foi o conselho do apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto e também a nós.

 

Meditemos nisso! É meu desejo e minha oração. Amém!!!

 

 

 

 

© Nelson Teixeira Santos

          

        

  


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