Chapter three
Por
Que os Cônjuges Se Traem?
O
“caso” é um sinal da necessidade de ajuda; uma tentativa para compensar as
deficiências que há no relacionamento, devidas à tensão circunstancial – um
aviso de que alguém está sofrendo. Susan Squire
As coisas não acontecem simplesmente. Toda ação tem uma
causa. As ações não surgem espontaneamente do nada. Há fatores que contribuem,
forças que pressionam e razões pessoais sob a superfície. Os ramos têm que ter
raízes. E, embora as raízes raramente sejam vistas, elas determinam o tamanho e
o caráter dos ramos.
Se um casamento é vibrante e se desenvolve, é porque há
razões para isso. O crescimento não é espontâneo, imperceptível e sem causa. Os
relacionamentos não vicejam, se forem negligenciados ou se deles se fizer uso
inadequado. E, embora os cônjuges possam não ser capazes de articular de modo
correto tudo o que fazem, não obstante, estão fazendo algumas coisas certas.
O fracasso de um casamento acontece da mesma forma.
Quando um cônjuge se envolve em um “caso” – uma aventura de uma noite ou um
relacionamento prolongado – há razões. Nem a parte culpada nem a inocente podem
entender plenamente essas razões ou descrevê-las exatamente. Pode ser que não
saibam quais são as suas mais profundas dimensões psicológicas, emocionais,
físicas e espirituais, e o que pode parecer uma razão válida para um, pode
parecer uma desculpa para o outro.
O “caso” é um sinal da necessidade de ajuda – uma tentativa
de compensar as deficiências existentes no relacionamento, um sinal de
advertência de que alguém está sofrendo. Linda Wolfe o resume: “Ser infiel é um
sintoma, e não uma síndrome. Algo está errado no casamento deles ou em sua
capacidade de ter intimidade com outro ser humano, da mesma forma que uma febre
é manifestação de uma infecção. Os “casos” extraconjugais servem como indicador
de disfunção no casamento”.
As causas da infidelidade conjugal variam tanto quanto as
personalidades envolvidas,mas creio que todas podem ser consideradas,
enquadrando-se em uma destas três categorias gerais: imaturidade emocional,
conflitos sem solução ou necessidades não satisfeitas.
IMATURIDADE EMOCIONAL
A adolescência é geralmente temida pelos pais, da mesma
forma como teme as doenças da infância; esperam que os seus filhos não sejam
adolescentes difíceis e que não haja traumas permanentes.
Muitas vezes ela é um período traumático, acarretando a
mudança de relacionamentos, agonizante pressão dos colegas e interrogações a
respeito da identidade e do futuro do adolescente. Esse período não deve ser
permanente, mas geralmente é uma ponte da dependência da infância para a
interdependência do adulto. Esses anos de transição muitas vezes são marcados
por imaturidade, rebeldia, volubilidade, dúvidas quanto a si mesmo e
experimentação. Infelizmente, algumas pessoas que já têm quarenta ou cinquenta
anos de idade ainda são adolescentes quanto ao seu comportamento. Em vez de o
casamento ser a nossa última chance de crescermos, de acordo com Joseph Barth,
ele torna-se um refletor de mossas imaturidades perpétuas.
Consideremos o nosso amigo Joe. Casado há três anos –
dois filhos. Durante os anos em que estava namorando, ele gostava de pensar
acerca de si mesmo como um presente de Deus para as garotas, e mudava de uma
namorada para outra. Másculo e simpático, ele tinha um sorriso matreiro e
maneiras confiantes que faziam dele um encanto. Forçado a casar-se devido à
inesperada gravidez da sua namorada, ele queria ser fiel, mas ainda tinha olhos
irrequietos. De acordo com ele, sua esposa era tudo o que uma esposa pode ser:
vivaz, sexualmente estimulante, altruísta, e, como ele, crente. Mas, em sua
mente, ele era ainda o adolescente sem peias, namorador. “Na verdade, eu não
sou homem de uma só mulher”, jactou-se ele, com um piscar de olhos.
À época em que ele e a esposa vieram a mim, ele estava
tendo almoços de negócios em pontos de encontro, tomando lanches em casas de má
fama e visitando uma garota periodicamente. Ele estava vacilando entre o desejo
de manter um casamento bem estabelecido e os seus apetites de adolescente
flutuantes.
Dúvidas
quanto a si mesmo podem armar o palco par a infidelidade
conjugal. Lembro-me bem de Jorge. Ele veio de uma família de grandes
realizadores: o seu pai estava no topo da pirâmide gerencial, e sua mãe era
calorosa, extrovertida, tendo muitos amigos. Os seus irmãos e irmãs eram
agressivos, confiantes, e todos ativos na igreja. Quando menino, ele lutara com
grandes expectativas e comparações, especialmente com seus irmãos, e sentia,
secretamente, que não era tão bem dotado quanto eles e por isso não era
provável que tivesse sucesso. Tinha pouca estima por si mesmo. Casou-se com
Ana, tipo dominador, e eles se estabeleceram, para formar uma família.
Embora ele tivesse tudo o que acompanha o sucesso – bom
emprego, oportunidades ímpares, casa boa – o seu conflito íntimo continuou.
“Todo mundo espera mais de mim; eles não me aceitam como realmente sou. Até no
quarto de dormir, minha esposa reage, mas relutantemente, como a dizer: ‘Ande
depressa e acabe logo com isso’. Realmente não sou o homem que devia ser”.
Ele sentia-se castrado. Sonhava com uma relação em que
não tivesse essa luta interior – esse fracasso constante – embora o adultério
fosse totalmente contrário a tudo o que cria e que lhe fora ensinado. Como a
maioria dos homens, ele não estava procurando sexo, mas alguém que fosse um
arrimo sobre o seu amor próprio, tão vacilante.
A garota com quem se encontrou no supermercado era
qualquer coisa, menos o tipo que ele teria considerado para ser sua esposa.
Divorciada duas vezes, pobre, desleixada – uma vagabunda, mas uma campeã em
saber como edificar o ego de um
homem. Em sua primeira visita à casa dela, ele sentiu repulsa. Era o oposto de
tudo que ele conhecia: tinha apenas poucos móveis, uma cama velha, umas duas
cadeiras de dobrar, uma mesa e um pequeno tapete desfiado. Mas era um escape
para tudo o que pesava sobre ele.
Depois da primeira vez que mantiveram relações sexuais,
ele pensou: “Ela gosta de mim pelo que sou, e não pela pessoa que procurasse
fazer de mim. Sou aceito. Ela gosta de mim. Eu a excito”. Ele estava fisgado.
Como alguém que encostara em um fio de alta tensão, não podia largá-la. Mais
tarde, ele disse: “Eu nunca me senti tão homem como quando estava com ela”.
Abigail van Buren, colunista de imprensa americana, que
escreve a famosíssima coluna “Dear Abby”, diz: “Um homem escolhe uma vagabunda,
porque quer uma companhia feminina que não seja melhor do que ele. Na companhia
dela, ele não se sente inferior. Ele a recompensa, tratando-a como a uma dama.
Ele trata a esposa (que é uma dama) como uma vagabunda, porque acha que,
degradando-a, a rebaixará até o nível dele. Isto fá-lo sentir-se culpado.
Assim, a fim de ‘empatar’ com a esposa, pelo fato de fazer com que ele se sinta
culpado, ele continua punindo-a”.
Indulgência
por parte dos pais pode preparar um filho para uma imaturidade
e para a infidelidade conjugal. Pais permissivos, temerosos de contrariar os
desejos de seus filhos, dão-lhes tudo o que eles pedem. Nunca lhes é negado
nada. Eles são mimados, tratados como bebês e nunca lhes é ensinada a
necessidade ou o valor da disciplina. O adolescente que tem tudo, cujos menores
desejos sempre foram atendidos, não se tornará um cônjuge forte e altruísta. A
pessoa que cresce sem ouvir e respeitar a palavra NÃO jamais a considerará uma
resposta hábil, quando estiver sendo tentada a satisfazer os seus desejos e
caprichos.
Steve, provavelmente, nunca entenderá que isto fazia
parte de seu problema. Ele viera de um sólido lar cristão, em que a Bíblia era
honrada, lida e seguida. O fato de ir à igreja, a reuniões especiais, a
acampamentos bíblicos e a um colégio evangélico, tudo isto era considerado como
lugar-comum e era característico de sua família. Os interesses comerciais da
família floresciam, bem como o seu padrão de vida. Em todos os aspectos, eles
eram uma família cristã exemplar, de sucesso. Mas havia um defeito fatal.
Fosse o que fosse que os filhos quisessem, conseguiam
obter. Brinquedos ou roupas, patins, barcos, carros, casas, viagens – não fazia
diferença: bastava apenas mencionar. Claro que os pais não tencionavam
fazer-lhes mal. “Deus nos tem abençoado; vamos aproveitar”, esta era a atitude
deles. Sacrifício, abnegação (negação dos próprios desejos), disciplina, eram
termos bíblicos familiares, mas estranhos ao seu vocabulário e estilo de vida.
Quando Steve se casou, tudo foi amor e luxo. Muitos anos mais tarde, com
problemas, quando o seu casamento apresentou uma fratura, ele fez a única coisa
que sabia fazer: comprou mais coisas para a esposa. Maiores e melhores. Gastou
dinheiro como se não houvesse o dia de amanhã. Mas a fenda se alargou. O que
ela queria era compreensão, companheirismo, uma solução. Nessa época, uma
mulher jovem, na igreja, sentiu a frustração dele, o seu desencorajamento, e
ofereceu-lhe um sorriso amistoso, uma mão calorosa, e, finalmente, um corpo
ardoroso. “Casos” eram acontecimento familiar para ela, e ele estava em sua
lista.
O “caso” deles o mergulhou em um profundo sentimento de
culpa, e ele começou a lutar entre as opções de negar os seus próprios desejos
e de entregar-se a eles. Não obstante, muitas vezes ele ficava estranhamente
contente consigo mesmo por ceder. A sua familiaridade com a Bíblia só fazia
crescer o seu sentimento de culpa. Quando o fiz lembrar-se de que a vontade de
Deus proibia aquilo – “Não adulterarás... Não cobiçarás a mulher de teu
próximo... se a tua mão te escandalizar, corta-a” – ele nãoconseguia entender.
A essência de sua reação foi: “Como é que o senhor ou qualquer outra pessoa
pode dizer-me ‘não’? Eu consigo o que desejo, sempre o conseguirei. Quero esta
mulher, não importam as consequências. Não me venha dizer que significará o
rompimento com minha família, a destruição do casamento dela e prejuízos no
testemunho da igreja. Quero este meu relacionamento”. Menino mimado! Os seus pais, perplexos, nunca
perceberam como eles haviam contribuído, anos atrás, para este fracasso e para
esse drama familiar que estavam vivendo.
O
orgulho também prepara um homem para a queda. Como diz Salomão,
em Provérbios: “Quando o homem se orgulha de si mesmo, acaba sendo
envergonhado, mas quando ele se humilha, acaba se tornando sábio”. Uma pessoa
emocionalmente madura tem um senso realista de suas próprias fraquezas humanas
e da necessidade de dependência de Deus e de outras pessoas. Ela não exibe a sua
força nem flexiona os seus músculos diante de Deus e dos outros.
Um conhecido evangelista tornou-se possuído pelo orgulho.
O seu trabalho estava prosperando, os seus programas de rádio e TV estavam
florescendo, crescia o número de convites para falar. Ele começou a manipular
pessoas para satisfazer os seus objetivos egoísticos. Quando se tornou mais
ousado, começou a viajar a sós com sua secretária. Ao um homem de Deus o
interrogar a respeito daquilo, ele se jactou: “Eu conseguirei resolver isto.
Não se preocupe comigo. E mesmo que eu decida me divorciar e casar com essa
moça, que é que tem? O povo se esqueçerá de tudo em poucos meses. Isso não
afetará o meu ministério”. É claro que ele caiu – caiu como um passarinho
acertado por um tiro, e o seu casamento e o seu ministério caíram junto com
ele.
Outro jovem pensava que a sua capacidade de decorar
versículos da Bíblia o tornaria seguro. Ele era capaz de citar mais de dois mil
versículos, mas continuava a fazer visitas clandestinas a certa mulher, quando o
marido dela estava fora. “Eu não devia fazer isto, mas acho que sou muito
homem”. O orgulho o cegou. O conhecimento, por si só, exalta o ego. Da mesma
forma, ele poderia ter decorado o dicionário. A Palavra, absorvida mentalmente,
não fora misturada com fé – a fé que age. Ele foi como um boi para o matadouro,
como uma mariposa para a chama.
O orgulho em um campo de realizações pode preparar-nos
para cair em outro. “... e o orgulho vem antes da queda (a queda de Satanás é
um exemplo)”. Um autor evangélico de grande sucesso, nos Estados Unidos, com a
cabeça pesada do vinho dos elogios e da prosperidade, envolve-se ousadamente em
uma relação adúltera. As duas áreas estão relacionadas. A queda acontece não na
área de seu sucesso; ele ainda está escrevendo. Mas o seu orgulho a respeito do
sucesso de seus livros levou-o ao colapso moral.
“Eu era o pastor de maior êxito na cidade. A nossa igreja
crescera, ganhando centenas de membros em poucos meses” – disse um jovem pastor
durante uma convenção de verão. “Eu era o assunto das conversas da comunidade –
reconhecido, louvado, admirado. Na história dessa igreja, ninguém havia obtido
tal sucesso. Todos, por assim dizer, comiam em minha mão. E então, por alguma
razão absurda, me envolvi com uma jovem, e requeri o divórcio. Na verdade, o
nosso casamento estava indo muito bem, e eu não tinha nada de que me queixar,
mas não consegui abrir a mão dessa jovem”.
“Você acha que o fato de você ter resvalado para este
“caso” está, de alguma forma, relacionado com o seu sucesso na igreja?” –
perguntei.
“Oh, claro que sim!” – concordou ele. “O meu egoísmo me
arruinou. Eu achava que não havia possibilidade de eu errar. Comecei a crer no
que os outros falavam de mim, elogiando-me. À medida que a igreja continuou a
crescer, fiquei imbuído de orgulho, e isso untou a ladeira moral em que
escorreguei. Vitória e derrota ao mesmo tempo. E, sem dúvida, o meu
relacionamento com essa jovem apenas alimentou o meu ego ainda mais. Minha
esposa não quis conceder o divórcio, e assim eu estava amarrado”.
Cada pessoa determina a extensão de sua própria
imaturidade emocional. Os “casos” não se originam de maus casamentos: são
desenvolvidos por pessoas imaturas. Um clássico parágrafo a respeito de
maturidade é Filipenses 3:10-14:
Presentemente
anseio conhecer Cristo Jesus e o poder manifestado pela sua ressurreição, e
ainda por participar dos seus sofrimentos, até mesmo morrer como ele morreu, de
modo a poder talvez como ele obter a ressurreição dos mortos.
Entretanto,
irmãos meus, não me considero dos que já alcançaram “espiritualmente”, nem me julgo ter atingido a perfeição. Mas
continuo lutando mais firmemente por aquilo para que Cristo me atraiu.
Meus
irmãos, não creio tê-lo atingido ainda; mas fico-me nisto: deixo atrás o
passado, e com as mãos estendidas para qualquer coisa que se me depare à
frente, dirijo-me para o alvo: o galardão honroso de ser chamado por Deus em
Cristo.
Desta passagem aprendo que a maturidade tem cinco
elementos:
Confiança
completa, irrevogável, em Cristo somente.
Reconhecimento
de minhas imperfeições humanas.
Dedicação
a aprendizado e crescimento vitalícios.
Conservação
de meu futuro diante de mim, esquecendo o passado.
Previsão, busca,
persistência para com tudo de bom que Deus quer de mim.
Todos estes elementos também
se aplicam ao casamento.
CONFLITOS NÃO RESOLVIDOS
Os conflitos vivenciais são
inevitáveis. Na intimidade e constante convivência do casamento eles não podem
ser evitados. Filhos, dinheiro, sexo, estafa, parentes – tudo isto e mais são
os causadores. O jovem casal que percorre o corredor central da igreja com
estrelas nos olhos, crendo em um viveram-felizes-para-sempre, está para sofrer
um rude abalo. Eles são como o homem que comprou um disco por causa da música
que continha num lado; quando chegou em casa,
descobriu que tinha outro lado com outra música, totalmente diferente e
menos atraente.
Cada pessoa tem a sua
coleção particular de idiossincrasias, trazidas da infância e de sua
experiência. Os seus hábitos são peculiares. Ela se sente bem com eles.
Pensando em se casar, ela procura alguém que também se sinta bem com ela como
ela é e, ao mesmo tempo, satisfaça as suas necessidades emocionais. Isto
significa, geralmente, alguém bem diferente dela, e faz parte da atração.
Agora, combine estas duas coleções de temperamentos, personalidades e
características individuais, e veja quanto campo para discordâncias e
dificuldades. Adicione a isto a natureza teimosa e egoística de cada cônjuge, e
você pode encontrar ainda mais – um incêndio!
Nessa situação , para que um
casamento sobreviva e prospere, precisa haver negociação, transigência e
aceitação. O que tem importância para uma pessoa, pode não ter para outra.
Algumas coisas significam pouco para nós, e nos rendemos a elas. Alguns dos
hábitos de nosso cônjuge são inocentes, e os aceitamos e nos ajustamos a eles.
Outras coisas são fonte constante de irritação, e nos irritamos e lutamos
contra elas. De nosso ponto de vista, elas parecem tão desnecessárias,
ilógicas, sem importância, nada práticas. Não podemos entender por que o nosso
cônjuge não consegue enxergar a sabedoria e a vantagem do nosso ponto de vista,
e não quer mudar.
Desenvolve-se um impasse. Um
dos cônjuges insiste em seu ponto de vista. O outro finca-se na sua opinião com
a mesma determinação, e assim continua. A essa altura, a comunicação reduz-se a
zero. Nenhum deles tem amor suficientemente forte para ignorar as fraquezas do
outro e focalizar-se nos pontos forte do outro. Este ponto de confiança então
entra na razão dada para a divergência.
“O
trabalho é tudo”. O americano médio vê menos a sua família do
que qualquer marido e pai do mundo, observou Pearl Buck. Os destruidores de
lares são frequentemente o trabalho, a firma, a carreira. Porem nem todo
sucesso do mundo dos negócios pode substituir ou compensar o fracasso em casa.
A promoção extra e um salário mais alto dificilmente compensam a perda de uma
esposa amorosa e a alienação dos filhos. O sucesso não vale muito para um homem
de negócios cujas promessas não cumpridas resultaram em um lar desfeito.
Ainda sinto tristeza por
causa do jovem casal com que me encontrei e aconselhei em Washington: Harold e
Phyllis. Ambos eram crentes talentosos, dedicados e davam um impecável
testemunho. Fiquei impressionado com o seu potencial, tão promissor. Deus irá
usá-los grandemente, eu estava certo. Mas o trabalho – a profissão – os
clientes. Ele era um “caxias”, viciado no trabalho, bem à semelhança de seu
patrão. O primeiro a chegar ao escritório, o último a sair. E, sem dúvida, era
pago regiamente. O seu salário, comissões e promoções aumentaram. E então houve
casa nova, carro novo, roupas novas, restaurantes elegantes. O seu único filho,
Brad, estava crescendo em um bairro de classe, mas com pouco interesse de seu
pai.
“Eu não posso fazer tudo o
que quero – não tenho tempo. E é claro que tenho de pagar as contas, e por isso
preciso continuar me “virando”, explicava Harold.
Suas responsabilidades no
trabalho cresceram, e o seu filho também, mas não o seu casamento. Phyllis
começou a sentir-se cada vez mais posta de lado, ignorada. “Será que ele não
percebe que não precisamos de mais dinheiro, de mais coisas? Precisamos dele. O trabalho, para ele, é tudo, e
tenho medo do que isto significará para
o nosso filho. Ele e seu pai estão se afastando cada vez mais, e eu não posso
continuar dando desculpas esfarrapadas para ele”, queixou-se ela.
O garoto entrou para um
grupo de escoteiros. Harold não encontrou tempo para ver um só desfile, para
assistir aos jogos. Mas tomou providências: “Phyllis, cuide para que Brad
chegue a tempo para o jogo, e tenha uma carona para casa”.
E, quando o filho chegava,
não tinha oportunidade nem de contar ao pai como fora a vitória; ele não estava
lá. Quando finalmente chegava em casa, o garoto estava dormindo. Cada semana a
mesma história. A solidão e o ressentimento cresceram, levando mãe e filho a se
voltarem contra o pai.
“Um caso” com outro homem
nunca entrara na minha cabeça”, contou Phyllis. “Esse homem agradável estava em
todos os jogos, e deu especial atenção a Brad e a mim, visto que estávamos
sozinhos. E, uma coisa levou a outra, como dizem”.
A esposa de Harold tornou-se
amante de outro homem, porque Harold tinha uma amante: o trabalho.
“A vida toda é uma luta por
dinheiro”. “Foi o dinheiro que me lançou nos braços de outro homem – pelo menos
o conflito e as pressões por causa do dinheiro”, queixou-se Arlene.
Os conflitos por causa do
dinheiro são comuns no casamento. A renda, as despesas, o crédito, as dívidas,
acrescidos do significado diferente que o dinheiro tem para cada cônjuge, podem
criar uma situação tensa, explosiva. Quando um homem perde o emprego e não
consegue sustentar a família, muitas vezes acha que a sua masculinidade está
sendo ameaçada. E, nessas circunstâncias, alguns homens acham que uma conquista
sexual vai ajudá-los a reafirmar a sua virilidade.
Porém, voltemos a Arlene.
“Tínhamos a oportunidade de comprar uma casa, e era uma pechincha. Mas
precisávamos mobiliá-la, e só as coisas essenciais nos deixariam atolados em
dívidas. Então Bill sofreu um acidente com o carro, e houve um monte de coisas
ligadas com ele que o nosso seguro não cobria. Quando fiquei grávida,
descobrimos que alguém no escritório de Bill havia deixado de incluir o meu
nome como dependente dele, de forma que as despesas com o parto também não
foram cobertas. Tentei arrumar um emprego, para ajudar, mas, quando paguei a
empregada, comprei roupas e paguei as refeições fora, e outras coisas, cheguei
à conclusão de que na compensava. Toda nossa vida é uma luta por dinheiro. Todo
mês é um tropel frenético para ver que contas podemos pagar, e o que precisamos
deixar de lado. Assumi o “agradável” serviço de telefonar para os credores e
dizer-lhes que podemos pagar apenas a metade do que lhes devemos cada mês. A
constante preocupação, o embaraço – você não pode imaginar como é isso.
“E então, um dia,
encontrei-me, por acaso, com Dave, que fora meu colega no ginásio. Ele levou-me
para almoçar em um restaurante elegante e luxuoso. Oh, que alívio! O simples
prazer de conversar a respeito de coisas comuns, da vida diária, e não ouvir
falar nenhuma vez em dinheiro! A culpa que sinto acerca do meu “caso” é como
gotas de ácido corroendo o fundo de meu cérebro. Mas preciso ter algum escape,
algum alívio dessa preocupação e tensão constantes a respeito de dinheiro”.
“A minha sogra não é
mandona; ela é uma tirana”. Os parentes de seu cônjuge encorajam a infidelidade
conjugal? A maioria deles está ansiosa para que o seu rebento se saia bem, e
não deslustre o nome da família. E o fato de ter os avós por perto e
disponíveis é importante para as crianças, a fim de lhes dar uma sensação de
história e de continuidade.
Mas Joanne aprendeu, da
maneira mais difícil, que a integridade do casamento precisa ter precedência
sobre qualquer influência negativa, qualquer intrusão dos parentes, sejam quem
forem.
Porém, ela não agiu com
suficiente presteza. Tinha apenas vinte e cinco anos de idade, e trabalhava, em
regime de tempo parcial, como enfermeira. A sua reação diante do fim de seu
“caso”, bem como as razões que apresentou para justificá-lo foram bem
características.
“Jim é um amor - um tanto
apático, mas eu o amo demais. Se alguém me dissesse que eu iria enganá-lo, eu
teria rido na cara dessa pessoa. Mas eu o fiz.
“Tudo começou quando minha
sogra quebrou o tornozelo e veio ficar conosco, enquanto convalescia. Minha
sogra não é mandona; ela é uma tirana. Ela quer isto, aquilo e mais aquilo
outro feito já, e do jeito dela. Supúnhamos que ia ficar apenas algumas
semanas, porém ela se mudou com armas e bagagens, e, dento de uma semana,
arranjara a nossa casa e as nossas vidas da maneira como queria. Para mim era
evidente que ela planejara ficar permanentemente.
“Achei que não devia fazer
nada; afinal de contas, ela era a mãe de Jim. Comecei a ficar cada vez mais
ressentida. E comecei a passar tanto tempo quanto possível fora de casa. Um dia
Fred, filho de um de meus pacientes, ofereceu-se para me levar para casa no
carro dele e sugeriu que parássemos para tomar um café no meio do caminho.
“Foi assim que começou.
Durou três meses. Um dia Fred falou algo a respeito de ser grato a minha sogra
por me fazer querer ficar tanto tempo com ele. Aquilo me pôs a pensar, e
reconheci várias coisas. Eu não amava Fred. Na verdade, eu o estava usando como
forma aloucada de revidar contra minha sogra e contra Jim, por não conseguir
suportá-la. Eu nunca dissera a Jim o que sentia; esperava que ele soubesse, e
fiquei zangada quando vi que ele não percebia.
“Rompi com Fred, e então
disse a Jim que a mãe dele precisava ir embora. Ele ficou surpreso e, acho eu,
aliviado, porque encontrou, para ela, um apartamento – do outro lado da cidade
– já no dia seguinte. Agora estou dez vezes mais feliz”.
“Nós
discordamos a respeito de nossa filha”. “O que você considera
problema básico de seu casamento, que, de alguma forma, se relaciona com a
infidelidade que você está praticando? O seu casamento sempre pareceu bem
firmado, e você e sua esposa tinham tanto em comum”! – esta foi a minha
pergunta a um executivo da Califórnia, quando ele pediu ajuda para tirá-lo do
emaranhado extraconjugal em que se metera.
“Minha esposa e eu tivemos
uma discussão séria a respeito da nossa filha” – respondeu ele imediatamente.
“Isso se tornou um muro de separação entre nós”.
“Conte-me como a coisa se
desenvolveu até este ponto” – sugeri. “Nossa filha estava começando a namorar,
e nenhum de nós dois, na verdade, sabia o que fazer. Minha esposa tinha medo
que ela de repente chegasse em casa grávida, considerando a turma com que ela
estava andando. E então disse: “Proíba-a de andar com eles. Precisamos
protegê-la, é para o próprio bem dela’. Eu também estava preocupado, mas queria
abordar o problema de maneira diferente. Queria dizer-lhe que confiávamos nela,
e ela devia firmar-se em sua honra.
Discutimos os méritos de cada abordagem, até que não havia nada mais
para se dizer. Mas continuamos falando. Na verdade, não estávamos mais falando:
estávamos discutindo, criticando, ferindo uma ao outro.
“Naturalmente, nossa filha aproveitou-se
disse ao máximo. Sabia que, se estávamos lutando um contra o outro, ela estava
livre de restrições. Tomou as minhas dores, e colocou-se contra a mãe.
Sentindo-se rejeitada, minha esposa acusou-me de se r fraco e vacilante – e
talvez eu o tenha sido. No que concerne a mim, o golpe me atingiu quando ela
disse que havia perdido todo o respeito por mim. Senti-me devastado. O problema
havia se transferido de nossa filha para o nosso casamento. Os ataques se
tornaram mais intensos, e catalisaram outras coisas que, havia muito, tinham
sido esquecidas. Todos os nossos sonhos estavam ruindo por terra.
“Saí andando como um
autômato. O que havia sido um casamento extraordinário, agora parecia uma
concha vazia. Eu não estava procurando outra mulher – eu sempre fora fiel – mas
estava procurando um pouco de conforto, um impulso, um arrimo, para o meu
espírito vacilante, assim penso. Esta outra mulher me propiciou isso”.
“Uma
entrevista com uma rainha”. “Ninguém conseguiu entender quando
encontrei outra mulher e me mudei”, disse Frank, “nem mesmo Helen, embora eu
tenha tentado explicar o caso a ela. Foi a atitude boba que ela tinha a
respeito do sexo que causou o problema. Para Helen pensar em relação sexual,
tudo precisava estar perfeito. A casa precisava estar limpa, a roupa passada, o
cabelo dela penteado, etc... etc., e ela precisava estar perfeitamente feliz
comigo em todos os aspectos. Se tivesse havido qualquer tipo de problema na
última semana, bastava. Eu estava andando na corda bamba. E precisava dar-lhe a
conhecer com bastante antecedência que eu queria fazer sexo. Se eu não o
fizesse, ela fingia estar dormindo ou dizia que estava com dor de cabeça. Passei oito anos
sentindo-me como alguém que estava tentando ter uma entrevista com uma rainha.
Cada vez eu sentia que fazer sexo ficava muito caro. É uma pena. É uma pena,
porque em muitos outros aspectos ela é uma ótima esposa”.
“Uma
dona-de-casa horrível”. A queixa de Samuel é exatamente o
contrário. “Lúcia era uma dona-de-casa horrível. Nunca tinha tempo de passar as
minhas camisas, e ficava horas ao telefone, geralmente falando de nossa vida
particular. Assim, quando eu ficava irritado ou simplesmente tentava falar com
ela a respeito do problema, ela me agarrava e me levava para a cama. Ela
pensava que todos os nossos problemas podiam ser resolvidos na cama, sem que
ela fizesse qualquer esforço para mudar a sua maneira de ser. Eu precisava
conseguir algum alívio. A primeira vez em que me encontrei com essa divorciada,
na casa dela, era um lugar limpo, perfumoso, atraente. Qualquer pessoa ali se
sentiria em casa. Era confortável e repousante. O sexo não era nada de
especial, mas o apartamento, um lugar tão agradável”!
“Antecedentes
conservadores”. Ao
observar Mary, de trinta e três anos, de minha escrivaninha, fiquei
impressionado com a sua simplicidade. O cabelo, a ausência de pintura, o
vestido, tudo dizia que ela devia ter tido antecedentes religiosos conservadores.
Ela remexeu-se, hesitante, na cadeira, mas finalmente contou a sua história,
soluçando.
“Eu não posso crer que Tom
tenha feito isso, mas encontrei este bilhete de Diana no bolso dele. Ele sempre
foi ativo na igreja, mas é muito calmo, não sendo do tipo agressivo. E quanto a
Diana, nós estamos no mesmo clube, vivemos apenas três quarteirões uma da outra
e os nossos caminhos se cruzam constantemente”.
Quando Tom veio ao meu
escritório, alguns dias depois, ele era exatamente o que ela dissera: distinto,
reservado, amável. Enquanto falou de seu “caso”, observou tranquilamente:
“Minha esposa é tão simples e modesta! A família dela era assim. Ela veste
roupas tão fora de moda que todos a notam no meio da multidão. Fico embaraçado,
embora queira orgulhar-me dela. Eu já lhe falei repetidas vezes para arrumar-se
melhor, porém ela se recusa. Um pouco teimosa, acho eu”.
“Dê um exemplo” – pedi.
“Bem,
recentemente pedi-lhe para comprar um vestido que não se arrastasse até os seus
tornozelos, porém achou que eu queria que se vestisse indecentemente, e ela não
iria fazer isso. Até mesmo em nosso clube, as esposas dos outros homens têm
aparência muito melhor. Mary poderia parecer muito mais bonita, se pudesse
livrar-se dessas noções rígidas. Este é realmente o pomo de nossa discórdia e
conflito”.
“Jean
superlimpa”. Os conflitos que se originam em padrões
diferentes de higiene não são apenas comuns, mas também fontes de contínuas
discussões, que gradualmente vão erodindo os sentimentos dos cônjuges um pelo
outro. Cada pessoa, em seu subconsciente, tem uma versão ideal de como deve ser
o seu “lar”, baseada na experiência de sua primeira infância. Quando essas
diferenças existem, o problema conjugal resultante é muito mais sério do que
qualquer discordância a respeito de sexo ou dinheiro.
Jean era uma perfeccionista
e exagerada quanto a manter-se limpa. Bob queixou-se “Ela é do tipo de esposas
que, se eu me levantar no meio da noite para tomar um copo d’água, arruma a
cama de novo. E, de fato, ela não deixa a família usar a sala de visitas,
receosa de que a desarrumemos”. Ela era tão enfadonha quanto ao seu corpo como
acerca da casa, e exigia que o marido se afastasse antes de ejacular, porque
não queria o sêmem dele dentro dela.
“O
som das queixas dela me cansava”. O que é mais comum do que o
cônjuge que se julga perfeito, cuja importunação e crítica tiram o seu cônjuge
do sério?
“Minha esposa resmunga da
forma como a maioria das pessoas respira: sem perceber”. E os comentários de
Harvey, a respeito da esposa, não eram todos negativos. “Ela sempre teve boa
aparência, foi boa mãe, boa cozinheira e boa dona-de-casa. Mas, rapaz, era só
acontecer uma coisa mais trivial, e ela já destramelava. Fiquei tão abalado que
preferia ficar sentado no carro, na garagem, do que entrar em casa, quando
chegava do trabalho. “Certa noite estávamos vindo de carro para casa, e não fiz
o retorno a tempo, tendo de prosseguir até outro retorno. Oito quarteirões mais
adiante, ela ainda estava fazendo daquilo um cavalo de batalha. Aquele som, martelando
em meus ouvidos, simplesmente me cansou. Você chega ao ponto em que não houve
mais palavras, só uma enxurrada contínua de ruídos. Finalmente, precisei cair
fora completamente e encontrar outra companhia feminina, silenciosa. E, pode
crer, não é difícil encontrar uma companhia assim”.
“Quem vive relembrando problemas passados”, diz Salomão, “destrói boas
amizades. É melhor morar sozinho num quarto de pensão do que numa bela casa com
uma mulher briguenta e implicante. Aquele pinga-pinga constante que acontece
quando chove e a mulher briguenta e implicante são muito parecidos. Tentar
impedir que ela reclame e resmungue é como tentar segurar o vento ou uma gota
de óleo na mão”. Esses versículos aplicam-se também a maridos resmungões.
As discordâncias não
prejudicam um casamento, mas a crítica o destrói. Podemos discordar
diametralmente em muitos assuntos, respeitar os pontos de vista um do outro,
trabalhar para alisar as arestas, e ainda amar um ao outro. Mas, quando as
discordâncias se transformam em crítica da outra pessoa, ninguém pode aguentar
por muito tempo. O erro de atacar a pessoa, em vez de procurar resolver o
problema, é uma forma segura de sugerir ao seu cônjuge que ele/ela cometeu um
erro casando com você. E ele/ela pode procurar remediar esse erro na companhia
de outrem.
“Talvez
isto seja apenas a melancolia da meia-idade”. Steve, chefe da
companhia que estava trabalhando em meu gramado na semana passada, foi
cruamente sincero quando lhe perguntei acerca de seu casamento. “Na verdade, sou
casado, mas vivo na ‘Chatolândia’. Parece como se eu estivesse num túmulo. Vai
de mal a pior. Minha esposa parece não entender algumas das lutas que estou
enfrentando – nem eu as entendo. Tenho trabalhado como um mouro – cumprido o meu dever – e o que foi
que isso me adiantou? Estamos ficando velhos. Pode ser que eu tenha apanhado o
que eles chamam de ‘melancolia da meia-idade’. No entanto, a metade de minha
vida já passou, os filhos já saíram de casa – um homem tem o direito de se
divertir um pouco”.
Por conseguinte, o seu
“caso” – na verdade, mais de um – se relacionava com a sua meia-idade e seu
estágio na vida, e confirmava o estudo dos doutores Blood e Wolfe, que revelou
que apenas a metade dos casais de meia-idade está satisfeita com seu casamento.
Alguns casais permanecem juntos até os filhos serem criados, e depois se
separam. Contudo, muitos não esperam nem isso. Hoje em dia, quarenta e cinco
por cento de todos os adolescentes americanos vivem em um lar na companhia
apenas do pai ou da mãe, antes de chegarem aos dezoito anos.
A satisfação conjugal,
muitas vezes, diminui drasticamente depois que os filhos chegam. A rotina
torna-se mortal, e o casamento torna-se enfadonho, chato e monótono. À medida
que os cônjuges envelhecem, afastam-se um do outro, e experimentam um divórcio
emocional. Há uma erosão gradual de suas esperanças e sonhos mútuos, e a única
coisa que compartilham é o banheiro.
E a mudança é difícil –
custa caro. Pode parecer mais difícil renovar e regenerar um velho contrato
matrimonial do que fazer um novo com outra pessoa.
Steve concluiu: “Eu sei que
estou dando para minha esposa apenas as migalhas, mas não sou um velho que ‘já
era’ e não estou para criar teias de aranha junto com uma velha, quando há
tantas coisinhas jovens por aí, achando que eu tenho algo a oferecer. Não
pretendo perder o último trem a sair da cidade”.
O Mito da Grama Mais Verde de J. Allan Petersen, 4ª
Edição/ 1990, Juerp, págs. 33 - 49.
Comentários
do Nelson
A imaturidade
emocional, segundo o autor, é tida como um das categorias nas quais se enquadra
a infidelidade conjugal, apesar de suas causas variarem tanto quanto as
personalidades envolvidas. O tema em questão rendeu tanto que acabei preparando
um sermão (já postado no meu blog), intitulado A Essencialidade da Maturidade, tendo como texto chave Filipenses
3:10-15 - um clássico parágrafo a respeito de maturidade.
Comentando o texto
“Os
conflitos vivenciais são inevitáveis.
Na intimidade e constante convivência do casamento eles não podem ser evitados.
Filhos, dinheiro, sexo, estafa, parentes – tudo isto e mais são os causadores.
O jovem casal que percorre o corredor central da igreja com estrelas nos olhos,
crendo em um viveram-felizes-para-sempre, está para sofrer um rude abalo. Eles
são como o homem que comprou um disco por causa da música que continha num
lado; quando chegou em casa, descobriu
que tinha outro lado com outra música, totalmente diferente e menos atraente.
Cada
pessoa tem a sua coleção particular de idiossincrasias, trazidas da infância e
de sua experiência. Os
seus hábitos são peculiares. Ela se sente bem com eles. Pensando em se casar,
ela procura alguém que também se sinta bem com ela como ela é e, ao mesmo
tempo, satisfaça as suas necessidades emocionais. Isto significa, geralmente,
alguém bem diferente dela, e faz parte da atração. Agora, combine estas duas
coleções de temperamentos, personalidades e características individuais, e veja
quanto campo para discordâncias e dificuldades. Adicione a isto a natureza
teimosa e egoística de cada cônjuge, e você pode encontrar ainda mais – um
incêndio!
Nessa situação , para que um
casamento sobreviva e prospere, precisa haver negociação, transigência e
aceitação”.
Assim sendo, se você almeja um dia, unir-se
em matrimônio, ou se já está casado, mas ainda não se deu conta; Ser cristão significa
saber negociar, transigir e aceitar. Não se trata de conveniência ou opção, mas
de necessidade. Que Deus te conceda mais esta magnífica graça. É o meu desejo e
a minha oração. Amém.
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