Introdução.
Uma receita infalível a todos
aqueles que desejam ter a sua fé fortalecida e por que não, tornar-se um herói
da fé: um diligente estudo das profecias bíblicas (Daniel e Apocalipse) e da
história da igreja, bem como dos personagens envolvidos.
Além de se alcançar o objetivo
desejado, chegar-se-á a seguinte conclusão: o sucesso de uma vida cristã
vitoriosa não tem nada a ver com as habilidades e sim com as disponibilidades.
E mais: suas orações serão verdadeiras assinaturas.
Ilustração.
Um soldado foi pego rastejando de
volta ao quartel vindo dos bosques vizinhos. Levado até o oficial comandante,
foi culpado de estar se comunicando com o inimigo.
O soldado afirmou que tinha ido aos
bosques para orar sozinho. Foi sua única defesa.
- Ajoelhe-se e ore agora! Você nunca
precisou tanto. Bradou o oficial.
Esperando morte imediata, o soldado
ajoelhou e derramou sua alma numa eloqüente oração.
- Pode ir, disse o comandante,
acredito em sua história. Se você não orasse tão frequentemente não teria feito
tão bem esta oração.
Concluímos, pois, que existe um
tempo em que se aprende a orar.
A hora de aprender a nadar é quando
as águas estão calmas – não quando a maré está subindo. A hora de aprender a
orar como um hábito de vida é agora – não quando a maré da vida muda com
repentina fúria.
Nada coloca mais sentimento numa
oração do que uma boa razão para orar.
Está escrito: “Orai sem cessar. Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus
em Cristo Jesus para convosco” (I Tess 5:17-18).
Uma
pequena aula de história.
Na história do adventismo o nome da Sra.
Pierson deveria figurar com maior destaque. Motivo: Seu filho Roberto, vivendo
uma adolescência despreocupada e sem cuidados, havia perdido gradualmente o
entusiasmo pelo “reino de Deus e Sua
justiça”.
O amor aos esportes ocupava um lugar
preferencial em seu coração.
A Sra. Pierson acreditava no poder
da oração intercessória e com freqüência se levantava altas horas da noite para
derramar perante Deus sua alma atribulada e aflita, intercedendo em favor
daquele que era um prolongamento de sua vida, desdobramento de seu amor. O Pr.
Enoch de Oliveira, em seu livro intitulado A Mão de Deus ao Leme a compara a
viúva importuna descrita nos evangelhos.
Um dia chega a notícia: “Mamãe gravemente enferma. Regresse com
urgência”.
2400 km separavam mãe e filho naquele
momento e Roberto inicia a viagem em seu velho carro que duraria três dias. E
enquanto viajava as lembranças da mãe passam pela sua mente como num filme.
A distância entre os estados da Iowa
e Flórida era evidentemente grande e uma pergunta não saia de sua mente: Será
que chegarei a tempo para dizer a minha mãe que não mais estou fora dos
caminhos do Senhor?
Com efeito, o Espírito Santo
estava realizando sua obra poderosa e transformadora no coração de Roberto.
Quando ele chega sua mãe já havia
entrado em coma. Não viveu o bastante para ver que suas orações foram atendidas.
Profundamente triste retira-se para
um aposento para dialogar com Deus. Ajoelhou-se junto a uma cama, abriu a
Bíblia diante dele e, em prantos sentenciou.:
“Senhor,
aqui estou, exatamente onde deveria ter estado há anos. Agora, a Ti me entrego
sem reservas. Que queres que eu faça”?
Como resposta, fulgurou em sua mente
o texto inspirado: “Dá-Me, filho Meu, o
teu coração e os teus olhos observem os Meus caminhos” (Prov. 23:26).
O jovem Roberto Howard Pierson
concluiu o curso teológico em 1933 e em 1966 chegava à presidência da Associação
Geral (1966 -1979).
Escreveu um livro intitulado Para Você Que
Quer Ser Líder onde figura uma oração, que ele próprio escreveu quando ainda
dirigia os destinos da igreja.
Nesta simples oração encontramos
o segredo de uma existência vitoriosa, de uma vida de fé a serviço de um grande
ideal.
Mesmo que você nunca tenha visto,
lido ou ouvido falar acerca deste grande servo de Deus é perfeitamente possível
conhecê-lo, traçar o seu perfil, vislumbrar o seu caráter, os princípios
divinos que norteavam sua vida. Sua oração é uma verdadeira assinatura.
Querido Senhor:
1-Ajuda-me a ser eu mesmo o que
desejo que os outros se tornem – um cristão nascido de novo e praticante.
Qualquer reputação como um líder deve ser medida com esta que é a mais elevada
de todas as vocações.
2-Ajuda-me a exercer maior tato, a
ser tão solícito e bondoso como Jesus foi com os que eram alcançados por Sua
vida. Ajuda-me a nunca ser rude, nunca falar desnecessariamente uma palavra
severa, jamais ocasionar dores desnecessárias a uma alma sensível.
3-Ajuda-me a ser corajoso, alegre,
zeloso e possuído de santo entusiasmo para meu trabalho [Jr. 48:10 pp].
4-Dá-me uma consciência que sinta
nitidamente o pecado da inatividade; capacita-me a abrir portas de oportunidade
nas muralhas que me separam do mundo.
5-Que eu nunca pergunte: “Isto é seguro?” “Isto é político?” “Isto é
popular?” Mas sempre: “Isto é
correto?”
6-Ajuda-me a aumentar o valor de
todas as pessoas que me rodeiam.
7-Ajuda-me a ser suficientemente
grande para passar por alto os menosprezos, sejam intencionais ou
despercebidos, a perdoar e a esquecer as injúrias.
8-Dá-me graça para jamais retaliar
ou ser vingativo – sobretudo, Senhor, nunca usar a minha influência ou posição
para me vingar de alguém que se a pôs a mim ou me feriu.
9-Ajuda-me a nunca criar
desnecessariamente problemas com os meus companheiros de trabalho.
10-Que eu possa evitar a trivialidade.
Que eu esteja disposto a ceder em pontos que não envolvam princípios.
11-Ajuda-me a tratar aqueles que
estão “sob minhas ordens” com tão grande respeito e deferência como trato meus
“superiores”.
12-Ajuda-me a nunca passar a culpa a
outros, mas aceitar a minha responsabilidade quando as coisas saem erradas.
13-Ajuda-me a não pedir aos outros o
que eu posso mas não quero fazer. Permita-me exercer a liderança mais, por
exemplo, do que por preceito.
14-Ajuda-me a regozijar-me sempre
com o êxito de um irmão, mesmo quando tenha sido as minhas custas.
15-Não permitas que me alimente das
cascas dos fracassos e tolices dos outros. Senhor se não tenho nada de bom para
dizer de um irmão, ajuda-me a manter a minha boca fechada [v.tb. Tg 1:19].
16-Lembra-me com freqüência, cada
dia que “o que guarda a boca conserva a
sua alma; mas que muito abre os lábios a si mesmo se arruína” [Provérbios
13:3].
17-Concede-me paciência debaixo da
provação, recorda-me as palavras do sábio: “A
resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” [Provérbios
15:1].
18-Ajuda-me a ceder sempre
graciosamente quando meu irmão não vê luz em meus planos ou propostas.
Unicamente quando princípios estão em jogo, ajuda-me a permanecer “firme pelo que é reto, ainda que caiam os
céus” [Educação, pág. 57].
19-Ajuda-me a não agir
impetuosamente ou em julgamento apressado. Quero lembrar sempre que as
emergências demandam uma atenção e uma ação imediatas, mas a maioria das
decisões é tomada numa atmosfera de oração e reflexão.
20-Ajuda-me a usar sabiamente os
recursos do Senhor - não são meus, mas Teus, e muitos desses centavos vieram
através de muitas horas de trabalho e de abnegação.
21-Ajuda-me a não comprometer-me
tanto com as responsabilidades administrativas que eu perca de vista a minha
mais elevada vocação – ganhar almas. Relembra-me frequentemente que estou nesta
vida, unicamente a fim de preparar-me e preparar outros para a vida porvir.
22-Ajuda-me a ser um homem de oração
e um homem da Palavra, e que nunca encoraje a outros nestes dois importantes
requisitos de êxito espiritual, meramente por preceito. Que cada dia comece e
termine Contigo.
23-Que nunca creia que nenhuma tarefa,
com a ajuda divina, é impossível.
24-Ajuda-me a nunca dar menos do que
o meu melhor a Ti e a Tua obra – “boa
medida, recalcada... e transbordante” [Lc 6:38].
25-Que eu faça sempre de Cristo o
primeiro, o último e o melhor em todas as coisas.
Amém!!!
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