Isaías 66:22-23
Introdução
Abraham Joshua Heschel, que foi
rabino e um dos principais teólogos judeus do século 20, afirmou que o sábado
foi dado ao homem como uma “antecipação do mundo futuro” e como um “emblema da eternidade” (The Sabbath Its
Meaning for Modern Man, página 74).
O sábado no primeiro Éden (Gênesis 2:1-4)
A Bíblia afirma que uma das
primeiras instituições que Adão e Eva receberam no Éden, além do matrimônio,
foi o sábado.
O primeiro dia completo da
existência deles foi o sábado. Esse foi um dia de celebração e agradecimento
pelo que Deus os presenteou ao criá-los. No paraíso, Deus deu o sábado à
humanidade como memorial de Sua obra criadora.
Mediante a observância contínua do
sábado, Adão e Eva lembrariam que Deus é o Criador e o Senhor de Suas vidas.
O processo de criação de todas as
coisas atingiu seu ponto culminante no repouso. Deus havia criado Adão e Eva
para viverem eternamente no Éden. Isso significa que Deus não estabeleceu o dia
de repouso como uma instituição passageira.
A desobediência de Adão e Eva
trouxe desgraça ao gênero humano (Gênesis 3:14-24). O primeiro casal teve que
se afastar do Jardim do Éden, no entanto sua desobediência não anulou a
observância do sábado, prova disso é que a menção do decálogo com respeito à
observância do dia de repouso começa com a expressão “Lembra-te” (Êxodo 20:8-11).
Séculos mais tarde, Cristo afirmou:
“Não penseis que vim revogar a lei ou os
profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo:
até que o céu e a Terra passem, nem um i ou til jamais passará da lei, até que
tudo se cumpra” (Mateus 5:17-18).
As palavras de Jesus enfatizam que,
enquanto existirem os céus e a Terra, o sábado continuará sendo u dia de
adoração a Jeová.
O sábado na nova Terra (Isaías 66:22-23)
A Bíblia indica que o plano
original de Deus com respeito ao homem alcançará sua concretização no fim de
todas as coisas (2 Pedro 3:13; Apocalipse 21:1). Quando Deus fizer novo céu e
nova Terra, Seu plano criador original terá seu cumprimento.
O Céu será uma escola em que Deus
será o diretor e mestre das nações. Uma vez que o pecado terá desaparecido, o
homem estará em condições de se relacionar face a face com Deus. O apóstolo
João escreveu: “Eis o tabernáculo de Deus
com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo
estará com eles” (Apocalipse 21:3; 22:4).
Na nova Terra, a observância do
sábado voltará a ser o clímax de uma Criação perfeita. Nesse dia, os redimidos
voltarão a louvar a Deus reconhecendo a grandeza de Suas obras. O novo céu e a
nova Terra serão uma lembrança constante da obra criadora e redentora de Deus.
Os salvos recobrarão sua dignidade
perdidas. Já não haverá separação, nem limitações entre o visível e o
invisível. As expectativas que Deus tinha ao criar este mundo para Sua glória
serão totalmente realizadas.
Semana após semana, os salvos
renderão tributo ao nome de Deus; e, no sábado, a adoração dos remidos atingirá
sua consumação.
O sábado e o cordeiro ( Apocalipse 21:22-24)
Não haverá nada que prejudique ou
ameace o Universo perfeito de Deus. Tampouco haverá uma nova prova de lealdade
para os salvos. Ali não haverá uma nova árvore da ciência do bem e do mal.
A nova Terra será o lugar dos
salvos de todas as épocas. A cidade santa, a nova Jerusalém, estará ali. Também
a árvore da vida, “que produz doze frutos”
e cujas folhas são para “a cura dos povos”.
Cada mês, a árvore dará seu fruto, e a cada semana os redimidos se congregarão
para adorar a Jesus Cristo, o Doador da vida, o Autor e Consumador de sua
salvação.
O sábado será o dia que propiciará
a comunhão harmoniosa dos redimidos de todas as eras com os anjos de Deus.
Nesse dia, a família toda, nos Céus e na Terra, se congregará para prestar
adoração e serviço ao Cordeiro de Deus.
Os salvos de cada geração andarão
sob a luz do Cordeiro que habitará entre eles e “os reis da Terra Lhe trazem a Sua glória” (Apocalipse 21:24).
Na nova Jerusalém, os redimidos se
congregarão no fim de cada semana para adorar o Autor de sua salvação. Com
reverente alegria, os redimidos clamarão: “Ao
nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”
(Apocalipse 7:10).
O sétimo dia da semana foi
santificado por Deus e dado à humanidade antes que o pecado entrasse neste mundo. Quando o pecado
entrou, Deus proveu a oferta necessária para a redenção da humanidade. É em
torno dessa oferta que a consumação do propósito original de Deus se
concretizará. Por isso é que, por toda a eternidade, “de um sábado a outro”, todos estarão diante do Senhor para adorá-Lo
(Isaías 66:23).
Conclusão
O sábado será um dia em que os redimidos
guardarão na nova Terra.
Você não gostaria também de se
tronar fiel a Deus na observância de Seu santo dia? Quer tal poder adorá-Lo,
aos sábados, por toda a eternidade? Por que não começar no próximo sábado?
Autor: Ricardo A. Ganzález
é diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Adventista do Chile.
Fonte: Revista do Ancião,
edição Janeiro-Março/2010, página 22).
Nota: O presente esboço
de sermão, juntamente com outros cinco é parte integrante de uma série
publicada na Revista do Ancião, CPB, edição Janeiro-Março 2010 e fazem parte da
temática “Um Dia de Esperança” (o Sábado). Foram preparados por professores de
instituições adventistas de teologia na América do Sul e selecionados pela
Divisão Sul-Americana para serem inicialmente pregados nas congregações
adventistas durante o primeiro semestre de 2010, acrescidos de negritos e
itálicos.
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