A resposta depende totalmente do grau
de confiança que temos em Jesus.
O que é ser cristão?
Essa pergunta é muito importante,
pois muitas pessoas abandonaram o cristianismo por não compreenderem o que
significa ser cristão. O assunto me interessa muito porque, entre essas
pessoas, estão amigos meus.
Antes de tudo, precisamos voltar ao
processo de como nos tornamos cristãos e examinar como isso acontece.
Tornando-se Cristão
Geralmente somos levados ao cristianismo pela combinação da experiência e do conhecimento. Nossa experiência como não cristãos é muito triste. Quando examinamos como é nossa vida, separados de Deus, percebemos nela muitas coisas das quais não gostamos. Poderíamos aceitar certa porção de indolência e descaso como parte de nossa condição humana, mas o problema vai além. Às vezes, agimos de tal modo que só pode ser descrito como ‘do mal’. Fazemos coisas que sabemos estarem erradas, prejudicando a nós mesmos e a outras pessoas.
Tornando-se Cristão
Geralmente somos levados ao cristianismo pela combinação da experiência e do conhecimento. Nossa experiência como não cristãos é muito triste. Quando examinamos como é nossa vida, separados de Deus, percebemos nela muitas coisas das quais não gostamos. Poderíamos aceitar certa porção de indolência e descaso como parte de nossa condição humana, mas o problema vai além. Às vezes, agimos de tal modo que só pode ser descrito como ‘do mal’. Fazemos coisas que sabemos estarem erradas, prejudicando a nós mesmos e a outras pessoas.
Pior ainda quando tentamos melhorar
e percebemos que não podemos, sequer, mudar nossos atos e motivos. Queremos ser
diferentes, e não importa quanto nos esforcemos, sempre falhamos. Para nosso
horror, descobrimos que nossa condição, na descrição bíblica, está correta.
Todos somos pecadores (Ro 3:9-18).
Essa é a nossa experiência. A
verdade que aprendemos da Bíblia (nosso conhecimento) torna, ao mesmo tempo, as
coisas ainda piores, mas nos dá esperança. Torna as coisas piores porque a
Bíblia afirma que Deus é justo e todo pecado diante dEle resulta em morte. Não
apenas isso, aprendemos também que Deus irá voltar para dar a recompensa que
cada um merece, tanto aos que estarão vivos quanto aos que estiverem mortos (Ap
19:11, 12). Sendo assim, as consequências dos nossos maus atos nos seguirão
além da tumba!
A Bíblia, porém, nos dá esperança. Encontramos
essa esperança em Jesus, que, sendo Deus, Se tornou humano (Fl 2:5-11); embora
sem pecado, aceitou nosso castigo ao morrer na cruz por nossos pecados (Gl 1:3,
4; Cl 2:14; 1Jo 2:2; 2Co 5:21). A Bíblia também nos assegura que podemos ser
salvos dos nossos pecados se crermos em Jesus e O aceitarmos como nosso
Salvador e Senhor (Ro 10:9 e 10; At 16:31). Em outras palavras, me torno
cristão quando reconheço meus atos e aceito a salvação oferecida por Jesus.
Então faço a oração que Deus sempre ouve: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou
pecador!” (Lc 18:13, NTLH).
O que significa tornar-se cristão?
Uma vez que a pessoa aceita o perdão que Jesus oferece, há um sentimento de
alívio, alegria e paz (Ro 5:1; 14:17). Não estamos mais condenados a viver sob
a escravidão do pecado (Ro 6:17, 19), mas podemos ser livres em Cristo.
Tudo isso é verdade, mas descobrimos
que algumas coisas não são como esperávamos. Descobrimos que, enquanto novos
impulsos tomam nossa vida, alguns dos velhos ainda permanecem e criam uma
aparente contradição, pois, afinal de contas, nos tornamos cristãos exatamente
para escapar do poder do pecado!
Mas o cristianismo realmente dos dá
poder para vencer – para vencer o pecado? Ou o cristianismo é baseado em uma
mentira? Não, não é baseado em mentira; mas essas perguntas são importantes
porque, ao reconhecemos quão profundo é nosso problema com o pecado, ficamos
desanimamos e por isso muitos novos cristãos desanimam.
Como, então, o cristão maduro se
relaciona com o pecado em sua vida? Quero abordar essa questão por dois
aspectos: o teológico e o prático.
Pecado em minha Vida? Uma Resposta Teológica
A resposta teológica para essa questão está atrelada à maneira como os cristãos creem no tempo do fim. Eles esperam, com ansiedade, o retorno de Jesus à Terra para colocar um ponto final na história do pecado. Os mortos ressuscitarão, os maus serão destruídos e todas as coisas serão refeitas de modo que a perfeita vontade de Deus será refletida no mundo. Então, morte e pecado não existirão mais (Ap 21:4).
A resposta teológica para essa questão está atrelada à maneira como os cristãos creem no tempo do fim. Eles esperam, com ansiedade, o retorno de Jesus à Terra para colocar um ponto final na história do pecado. Os mortos ressuscitarão, os maus serão destruídos e todas as coisas serão refeitas de modo que a perfeita vontade de Deus será refletida no mundo. Então, morte e pecado não existirão mais (Ap 21:4).
A Experiência da Salva Salvação
Em Seu infinito amor e misericórdia, Deus fez de Cristo (que não conheceu pecado) pecado por nós, para que nEle pudéssemos ser justiça de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, sentimos nossa necessidade, reconhecemos nossa condição pecaminosa, nos arrependemos de nossas transgressões e exercitamos a fé em Jesus, Senhor e Cristo, como Substituto e Exemplo. A fé que aceita a salvação vem por meio do poder divino da Palavra, sendo um presente da graça de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de Deus e libertados do senhorio do pecado.
Em Seu infinito amor e misericórdia, Deus fez de Cristo (que não conheceu pecado) pecado por nós, para que nEle pudéssemos ser justiça de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, sentimos nossa necessidade, reconhecemos nossa condição pecaminosa, nos arrependemos de nossas transgressões e exercitamos a fé em Jesus, Senhor e Cristo, como Substituto e Exemplo. A fé que aceita a salvação vem por meio do poder divino da Palavra, sendo um presente da graça de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de Deus e libertados do senhorio do pecado.
Por meio do Espírito, nascemos de
novo e somos santificados; o Espírito renova nossa mente, escreve a lei de amor
de Deus em nosso coração e nos dá o poder para vivermos uma vida santa.
Permanecendo nEle, nós nos tornamos participantes da natureza divina e temos a
certeza da salvação agora e no julgamento (2Co 5:17-21; Jo 3:16; Gl 1:4; 4:4-7;
Tt 3:3-7; Jo 16:8; Gl 3:13, 14; 1Pe 2:21, 22; Rm 10:17; Lc 17:5; Mc 9:23, 24;
Ef 2:5-10; Ro 3:21-26; Jo 1:13, 14; Rm 8:14-17; Gl 3:26; Jo 3:3-8; 1Pe
1:23; Rm 12:2; Hb 8:7-12; Ez 36:25-27; 2Pe 1:3, 4; Rm 8:1-4; 5:6-10).
Com a vinda de Jesus (primeira),
porém, chegarão as bênçãos de uma nova era. Se crermos nEle, passaremos da
morte para a vida (Jo 5:24); na verdade, podemos ter vida eterna agora (Jo
3:16-18). A ressurreição e a vida eterna fazem parte das bênçãos do Céu, e como
cristãos, podemos desfrutá-las agora. Esse prazer, entretanto, é uma
antecipação das bênçãos futuras. Quando Paulo explica por que o cristão não
deseja mais pecar, ele o faz tendo em vista o batismo. Quando somos batizados,
unimo-nos a Cristo em Sua morte (Ro 6:4 e 5). Ele diz, então, que devemos nos
considerar mortos para o pecado e vivos para Jesus (Ro 6:11).
Para Paulo, esse é o segredo de ser
cristão. Ainda vivemos neste mundo com a natureza pecaminosa em nós, mas
devemos viver de acordo com a nova realidade disponível por meio de Jesus.
Continuamos sendo filhos de Adão, mas como cristãos, temos nova realidade
dominando nossa vida. Podemos viver as bênçãos do porvir, agora mesmo, se nos
considerarmos mortos para o pecado e vivos para Jesus. Os cristãos são filhos
da esperança; eles estão em Cristo.
Pecado em Minha Vida? Uma Resposta Prática
Se o cristianismo não trouxer mudança para a vida dos crentes, então estaria baseado numa falsidade que poucos aceitariam. Na realidade, para cada cristão hipócrita podem existir dois ou três que, a cada dia, se tornam mais semelhantes ao seu Senhor – sendo amáveis, gentis, atenciosos e verdadeiros.
Se o cristianismo não trouxer mudança para a vida dos crentes, então estaria baseado numa falsidade que poucos aceitariam. Na realidade, para cada cristão hipócrita podem existir dois ou três que, a cada dia, se tornam mais semelhantes ao seu Senhor – sendo amáveis, gentis, atenciosos e verdadeiros.
Entretanto, o problema do pecado
permanece na vida, até mesmo dos melhores cristãos. Em minha opinião, a
resposta depende do ponto de vista de quem observa. Se observado de fora,
pode-se ver que Jesus trouxe mudanças dramáticas na vida das pessoas e que,
mesmo permanecendo humanos, o caráter vai se tornando mais e mais semelhante ao
de Cristo. Mas se perguntarmos a essas mesmas pessoas como é a sua experiência
de estar cada vez mais perto do Senhor, provavelmente responderão que à medida
que percebem quão pecadores realmente são, sentem muito mais necessidade de
dependerem de Jesus.
Não sei como tem sido sua
experiência como cristão, mas a minha tem sido um processo contínuo de
aprendizado no qual, longe de Jesus, não consigo deixar de pecar. Na verdade,
quanto mais conheço a mim mesmo, mais reconheço minha necessidade de Jesus.
Então, o que realmente é ser um
cristão? É baseado na razão que aceitamos o cristianismo: sem Jesus, estamos
perdidos. Ao crescermos como cristãos, crescemos em nossa dependência de
Cristo. Ao aceitarmos em nossa vida a real vida nova que Jesus nos dá,
experimentaremos as bênçãos do porvir, aqui e agora; e desfrutaremos paz,
aceitação e alegria.
Autor: Robert K. McIver é conferencista, veterano em estudos bíblicos no Avondale College, New South Wales, Austrália.
Fonte: Adventist World – Janeiro 2008
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