“Vocês
são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não
servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (MT 5:13 NVI).
Introdução.
Do ponto de vista da fisiologia,
o sal (cloreto de sódio) é um elemento essencial da alimentação: contribui para
a manutenção da pressão osmótica e dele depende a maioria das funções vitais. O
sal para consumo alimentar contém iodo (sal iodado) para a prevenção do bócio
endêmico (comumente chamado papo). O sangue humano contém aproximadamente a
mesma proporção de sal que a água do mar.
A eliminação do sal pelos rins deve ser compensada pela alimentação, de
modo a manter a taxa salina relativamente constante. Os aumentos ou diminuições
desta taxa podem ocasionar distúrbios orgânicos mais ou menos graves. Um adulto
absorve, sob diversas formas, cerca de 20 gramas de sal por dia (muito sal – o ideal:
6 gramas).
Para a indústria o sal
(cloreto de sódio) é matéria-prima da indústria química utilizada na obtenção
de cloro (base de numerosas fabricações) e do sódio (matéria prima da indústria
da soda). O sal serve igualmente para a salga de peles, em purificadores de
água, em refrigeração. Também por tratar-se de um poderoso conservante e de
baixo custo, é utilizado ampla e exageradamente pela indústria, na conservação de
alimentos.
Já, para a ciência (química) o
sal é uma substância. Formado de átomos de cloro e sódio. Elementos químicos de
íons de sinais opostos: o ânion provém do ácido e é a sua base conjugada; o
cátion provém da base e é seu ácido conjugado. Disso resulta que um monoácido
neutralizado por uma monobase só pode produzir um único sal. Por exemplo,
Na+Cl-, resultante da reação entre o HCl (ácido clorídrico) e o NaOH (hidróxido
de sódio/soda cáustica).
Do ponto de vista de Jesus
Jesus, nosso Mestre por
excelência, em sua infinita sabedoria deu ao sal uma nova conotação, um novo
enfoque. Para Ele o sal tem que permanecer fora do saleiro e não deve, em
hipótese alguma, tornar-se insosso.
Durante o Sermão do Monte, Jesus usou o sal como lição objetiva. “Vós
sois o sal da terra”, Ele disse. “Ora,
se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais
presta...” (Mt 5:13).
Forma correta da utilização do
sal.
Normalmente espalhamos o sal na comida borrifando-o e procurando
distribuir uniformemente. Grandes torrões de sal na comida seriam um desastre.
Mas, em certo sentido, é isso que acontece quando o cristianismo fica
institucionalizado e os seguidores de Cristo se isolam da sociedade. Por que
vocês acham que a Torre de Babel (AT) e a cidade de Jerusalém (NT) foram destruídas?
O que está por trás da grande comissão? “Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mateus 28:19).
O propósito do sal.
O propósito do sal é realçar o sabor dos alimentos. Se perder esse poder
e apenas se espalhar pela comida, não acrescentando nada, será inútil. O
desafio aqui consiste em conservar.
Espiritualmente o verbo conservar, abre um leque de possibilidades: conservar
viva a nossa fé, o primeiro amor, um coração puro, uma mente flexível, os
relacionamentos, incluindo as pessoas dentro da nossa comunidade da fé, a nossa
esperança. Quanta coisa que como sal cumpre-nos conservar!
A lição a ser aprendida.
Assim também, os seguidores de Cristo são chamados para acrescentar algo
às suas comunidades. Para fazer diferença e não para ser diferente. Se
apenas nos espalhamos com a multidão, nos tornando como todos os outros, nosso
testemunho cristão “para nada mais presta”.
O perigo que corremos.
É fácil os cristãos perderem o sabor. O apóstolo Paulo diz: “Não vivam como vivem as pessoas deste
mundo, mas deixem que Deus os
transforme por meio de uma completa
mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto
é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele” (Rom. 12:2).
Estamos nos conformando com as coisas deste mundo?
“E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Rom.
12:2.
Estamos permitindo que o mundo defina o que é importante e aceitável?
O sábio Salomão deixou-nos um precioso conselho em Prov. 10:8 – “O sábio de coração aceita os
mandamentos...”
Se já perdemos o sabor, o que podemos fazer?
1º) Precisamos confessar que perdemos o “primeiro amor”.
2º) Precisamos sofrer um processo de
renovação. Paulo escreve: “Uma vez que
vos despiste do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem
que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Colossenses
3:9-10). Note como Paulo diz: “Que se refaz”. É um processo contínuo, não alguma coisa do dia
para a noite.
Conclusão
Como podemos ser renovados?
Talvez a chave esteja no início do capítulo: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra” (Colossenses
3:2).
Como podemos pensar nas coisas lá do alto?
Através da oração, da meditação, do estudo da Palavra de Deus e do
testemunho aos outros. Também podemos passar menos tempo pensando nas coisas
terrestres.
Enfim, sejamos sempre, sal fora do saleiro.
Sejamos igualmente sempre, sal com bastante sabor.
Que nunca percamos o sabor.
É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!
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