Os hábitos
desenvolvidos na infância determinam se a pessoa será vitoriosa ou vencida na
batalha da vida
A tarefa mais importante que os pais
devem desenvolver em relação aos filhos é a formação de um caráter reto. “Um
caráter bem formado é mais precioso que as posses mundanas; e moldá-lo é a obra
mais nobre em que os homens podem se empenhar” (Ellen G. White, Testemunhos
Para a Igreja, vol. 4, pág. 657).
“Deus tem dado aos pais o seu
trabalho: formar o caráter dos filhos segundo o Modelo divino. Por sua graça
poderão realizar a tarefa; mas isso exigirá esforço paciente e consciencioso,
não menos que firmeza e decisão para guiar a vontade e restringir as paixões”
(Ellen G. White, Orientação da Criança, pág. 169).
Relação entre caráter e
hábitos –
“O caráter não vem por acaso. Não
é determinado por uma explosão de temperamento. [...] É a repetição do ato que
faz com que se torne hábito e molda o caráter, seja para o bem ou para o mal”
(Ibidem, pág. 164).
A formação do caráter é como a
construção de uma casa, na qual cada tijolo é colocado cuidadosamente. Cada um
representa um hábito. Podem ser bons ou maus hábitos. Com frequência, notam-se
rachaduras, o que é evidência de tijolos de má qualidade ou mal colocados. Os
maus hábitos devem ser corrigidos sob pena de a casa cair quando açoitada pelas
tempestades da prova.
Formação de maus hábitos –
“É pela repetição de atos que se
formam os hábitos e o caráter é confirmado” (Ibidem, pág. 199). “O que
uma vez nos aventuramos a fazer, somos mais aptos para fazer outra vez”
(Ibidem, pág. 200).
Algumas atitudes erradas de nossos
filhos podem parecer “inocentes” e até divertidas, quando eles são pequenos,
mas tais hábitos os destruirão. Cumpre-nos impedir, o quanto antes, todo ato
que demonstre orgulho, desperdício, ostentação e egoísmo.
“O que a criança vê e ouve produz
impressões profundas na mente tenra que nenhuma circunstância posterior da vida
poderá desfazer completamente” (Ibidem, pág. 199).
Tempo para criar hábitos –
“É em grande medida nos primeiros
anos que o caráter é formado” (Ibidem).
“Os filhos que, na infância, recebem
uma influência negativa no lar, levarão consigo hábitos errôneos por toda a
vida” (Ibidem, pág. 201).
Alguns pais pensam equivocadamente
que não se deve disciplinar crianças muito pequenas com a intenção de definir
hábitos corretos, mas a disciplina precisa ser aplicada desde cedo na vida.
Ellen G. White faz uma forte advertência sobre essa atitude. “[...] São muito
novos para serem castigados. Esperemos que fiquem mais velhos, e possamos
entender-nos com eles. Assim os maus hábitos são deixados a se fortalecerem até
que se tornam uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços
de caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem
reproduzir-se em outros” (Orientação da Criança, pág. 231).
Maus hábitos –
O ser humano já nasce defeituoso,
com tendências naturais para o mal. Para uma criança é mais fácil aprender
coisas más do que boas. “Os maus hábitos se harmonizam melhor com o coração
natural, e as coisas que elas veem ou ouvem na infância e na meninice, são-lhes
profundamente incutidas na mente” (Ibidem, pág. 202).
“Na infância e mocidade, o caráter é
extremamente impressionável. Deve ser adquirido então o domínio próprio.
Exercem-se, no círculo de família, ao redor da mesa, influências cujos resultados
são duradouros como a eternidade. Acima de quaisquer dotes naturais, os hábitos
estabelecidos nos primeiros anos decidem se a pessoa será vitoriosa ou vencida
na batalha da vida” (Ibidem, pág. 202,203).
Pais vigilantes –
“Os hábitos de sobriedade, domínio
próprio, economia, minuciosa atenção, conversa sadia e sensata, paciência e
verdadeira cortesia não se formam sem vigilância diligente e continua sobre o
eu” (Ibidem, pág. 200).
Edison
Choque Fernández é diretor do Ministério da Família da Divisão Sul-Americana.
Revista Adventista I Maio – 2009,
pág. 20.
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