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É MELHOR CASAR COM A PESSOA ERRADA DO QUE FICAR SOZINHO A VIDA TODA?


“Não é bom que o homem esteja só.” (Gênesis 2:18).

 

           Introdução. Mas, por que realmente Deus inventou a família? O plano de Deus é a felicidade, e baseado na felicidade humana Ele instituiu o matrimônio. Por isso não vale a pena casar para ser infeliz.

           Existem quatro grupos de pessoas: os solteiros felizes, os solteiros infelizes, os casados felizes e os casados infelizes. O indivíduo que é solteiro feliz, só deve casar para ser casado feliz, porque se ele casar para ser infeliz, a situação será pior do que antes.
           O indivíduo que é solteiro infeliz precisa casar para ser casado feliz, porque se ele se casar e continuar infeliz, é bem pior do que ser solteiro e infeliz. Por quê? Porque estando casado, compromete a felicidade de outra pessoa e talvez de uma terceira e outras mais; dos filhos que podem aparecer, das famílias que enfrentam vexames e dificuldades sociais, além do sofrimento que um casamento infeliz provoca na família inteira.
           Deus deseja nossa felicidade, casados ou solteiros; o que importa é ser feliz. E é preferível permanecer solteiro a estar casado com a pessoa errada. Pode acreditar.
           Alguns perguntam sobre como evitar o casamento com a pessoa errada. Para isso é preciso observar algumas coisas. A sociedade determina uma série de atributos que contribuem para o sucesso do casamento, mas eu gostaria de sugerir outros que são mais importantes do que os que a sociedade normalmente aprova.


           Observe coisas como a família de origem. Somerset Maugham escreveu em “O fio da navalha”: “Pois os homens e as mulheres não são somente eles mesmos. São a região onde nasceram, o apartamento da cidade onde aprenderam a andar, as brincadeiras que brincaram na infância, as conversas fiadas que ouviram por acaso, os alimentos que comeram, as escolas que frequentaram, os esportes que praticaram, os poemas que leram e o Deus em que creram.”
           Normalmente, o lar reflete o tipo de pessoa que esse indivíduo poderá ser quando se casar. Em geral, as expectativas do indivíduo são basicamente semelhantes às de seus pais. Se o pai é um indivíduo ausente, é possível que o rapaz, ao casar, também seja mais ou menos ausente. Mas, como toda regra tem exceção, é também possível que ele se conscientize dos problemas do lar em que viveu e, conscientemente procure mudar. Se não fizer isso, naturalmente há de refletir no seu lar as mesmas características do lar de onde veio.
           É duro falar uma coisa dessas, mas é verdade. Há possibilidades de mudança se nos conscientizarmos, mas a maioria não se conscientiza disso e vai vivendo sem “trabalhar” a própria personalidade.


           O segundo fator é o temperamento. Normalmente, os opostos se atraem. Uma pessoa muito calma, tranqüila, geralmente se casa com uma pessoa mais ativa, expansiva... e assim eles se complementam. Se os dois são ativos e querem falar ao mesmo tempo, poderá haver certa confusão em casa. Se os dois são parados, quietos, a convivência poderá ser um pouco maçante e tediosa. Os opostos se atraem, e esta questão de temperamento deve ser observada atentamente, visando a harmonia.
           O terceiro ponto a ser considerado é o uso do dinheiro. Isso fala muito alto em termos de felicidade conjugal depois de um tempo. Sei dum caso recente de um casal que se separou. Um dos comentários é que não havia dinheiro que chegasse para um dos cônjuges.


           Observe a questão do dinheiro. Ela está sempre na última moda? Quantas dívidas ele tem? Que tipo de economia faz? Estas coisas precisam ser consideradas para que você não sofra por dinheiro mais do que o necessário, porque se casou com uma pessoa descontrolada.

           Um quarto detalhe é a questão dos valores, a valorização do tempo e das outras pessoas. Quem só pensa em si mesmo e nas próprias necessidades, normalmente é uma pessoa egoísta, e, no casamento vai exigir tudo do outro para si, sem dar nada de si para o outro.


           O quinto elemento que eu creio ter bastante valor é o senso de humor. O ser humano precisa ter senso de humor para que as coisas se saiam bem. A pessoa que não sabe rir de nada, normalmente se leva a sério demais. O indivíduo que se leva muito a sério, normalmente é orgulhoso. É preciso a humildade do senso de humor. O senso de humor faz parte da vida das pessoas felizes, e é importante para os seres imperfeitos.
           Cuidado também com o outro extremo, com o indivíduo que não para nunca de rir, que ridiculariza tudo em todas as circunstâncias, e acha graça até das coisas sérias. Aí já não é senso de humor, e sim, falta de equilíbrio!


           A sexta questão, e uma das mais importantes, é a questão dos sentimentos. Procure alguém que tenha iniciativa, que tenha sentimentos. Ter sentimentos! Existe uma conspiração contra os sentimentos na sociedade. “Mulher pode chorar! Homem que é homem, não chora!”, e outras coisas desse tipo. Às vezes a pessoa está frustrada e não sabe como expressar seus sentimentos de maneira adequada reprime tudo e depois explode, prejudicando o relacionamento, causando vexame ou contraindo doenças psicossomáticas. Sugiro que você observe o seguinte na pessoa com quem está se envolvendo: Pode chorar com você? Pode alegrar-se com você? Cuidado com a pessoa de aço que não pode verter uma lágrima! Quando a pessoa bloqueia esses sentimentos, não está sento totalmente ela; precisa de auxílio. É preciso equilíbrio sentimental para que o lar funcione bem.

 

           Conclusão.
           Todo mundo precisa de alguém que tenha paciência e ternura. Uma boa forma para você medir a paciência e ternura de seu futuro cônjuge é prestar atenção no seu comportamento em relação a crianças e animais.
           O indivíduo que maltrata animais e crianças tem problemas com os próprios sentimentos. Ele necessita melhorar antes, para casar depois. Você pode enfrentar sérias dificuldades ao unir-se com alguém que não tenha bom relacionamento com crianças e com animais.

 

 

 

 

 

 

 

 

           Pr. José Carlos Ebling - Doutor em Educação Religiosa e Aconselhamento Matrimonial pela Andrews University. Professor universitário e conselheiro matrimonial no UNASP - campus Engenheiro Coelho, SP.

 

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