I Cor 12:1-11;28-30
Introdução.
Um dos maiores flagelos que assola a humanidade chama-se ignorância. Falta
de conhecimento. Essa é a lição de Oséias. O que você não conhece pode matá-lo.
Paulo inicia o cap. 12 da 1ª epístola aos coríntios com uma preocupação: “A respeito dos dons espirituais, não quero,
irmãos, que sejais ignorantes” (v. 1).
Os dons do Espírito são mais que
habilidades herdadas, são uma necessidade.
Eles podem ser algo totalmente novo
em nossa experiência, como quando os seguidores de Jesus (que falavam o
aramaico), por ocasião do Pentecostes descobriram, de repente, que podiam
comunicar-se com as pessoas que falavam outras línguas.
Pode também o Espírito tomar uma
habilidade natural e ajudar-nos a usá-la para a glória de Deus.
Todos
são dotados. Todos são
valorizados.
Assim como só existe um Senhor,
uma só fé, um só batismo, assim também só existe um Espírito trabalhando em
todos e através de todos (v 11).
O Espírito Santo concede a todo
crente dons espirituais para serem usados no ministério. São habilidades
especiais concedidas por Deus para servi-Lo e são concedidos somente aos
crentes. Está escrito: “Quem não tem
o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito” (I Cor
2:14 NTLH).
Cada
dom é necessário (I Cor 12:11).
O Espírito Santo [Deus] concede cada
dom; portanto, nenhum dom deve ser considerado de pouco valor, ou descartável
(dons de bastidores – anônimo no plano de Deus não significa desnecessário). O
cristão que, silenciosa e humildemente, demonstra bondade e hospitalidade a um
estranho, faz uma obra de tão grande valor e é tão necessário como o pregador
que apresenta um poderoso sermão.
Cada
dom é designado para o serviço (ministério) (v 5).
Visto que todos são dotados e têm
valor, todos são necessários à pregação do evangelho. Devemos usar nossos dons,
não escondê-los sob um alqueire. Contudo, tome cuidado ao utilizá-los. Não é
propósito de Deus que nos exaltemos por nossos dons (como fez Lúcifer), mas nos
superemos no serviço, unidos a Ele e a Sua igreja no cumprimento do Seu chamado
como “instrumento apontado por Deus para
a Salvação dos homens” (AA, pág. 9).
Como
adquiri-los?
Você não pode adquirir dons
espirituais ou mesmo merecê-los – por isso são chamados dons. Eles são a
manifestação da graça de Deus para com você. “Cristo generosamente dividiu seus dons conosco” (Ef 4:7 CEV).
Nem é você quem escolhe os dons
que gostaria de ter, é Deus quem os determina.
Em At 8:18-24, Lucas relata-nos uma
história interessante – a de Simão, o mágico.
Os dons espirituais são como que
presentes de Deus a nós, e presentes devem ser abertos. Neste caso, usados. “Deus tem posto na igreja vários dons. Estes
são preciosos, em seu devido lugar, e a todos é dado ter parte na obra de
preparar um povo para a próxima vinda de Cristo” (Ellen G. White, OE, pág.
481).
Pode
algum dom ser concedido a todos?
Por Deus gostar de variedade e
querer que sejamos especiais, não há nenhum dom que seja concedido a todos
(| Cor 12:29-30).
Além disso, nenhum crente recebe
todos os dons.
Se você possuísse todos, não teria
necessidade de mais ninguém, e isso destruiria um dos propósitos de Deus – nos ensinar a amar e a depender uns dos
outros.
São
para o seu benefício?
Seus dons espirituais não foram
concedidos para o seu benefício próprio, mas para o benefício dos outros, da
mesma forma que outras pessoas receberam dons para seu benefício. A Bíblia diz: “Um dom espiritual é dado a cada um de nós como meio de ajudarmos a
igreja inteira” (I Cor 12:7) NLT).
Deus planejou dessa forma, para que
precisássemos uns dos outros. Quando usamos nossos dons em conjunto, todos
são beneficiados. Se os outros não usarem seus dons, você é passado para trás
e, se você não usar seus dons, eles serão passados para trás. Por isso nos é
dada a ordem para descobrir seus dons espirituais (v. 31).
Você já parou para descobrir seus
dons espirituais?
De nada vale um dom não
descoberto. Pior ainda, é enterrá-lo (Mt 25:14-30).
A história cristã está cheia de
homens e mulheres que não eram ninguém antes de encontrar a Cristo, mas depois
se tornaram agentes poderosos de Sua igreja. Pedro, André, Tiago e João,
transformados pelo Espírito, de pescadores a pregadores, professores,
escritores e líderes. Ellen Harmon, a mais fraca entre os fracos, tornou-se a
mensageira par ao povo do Advento. Del Delker tornou-se uma das mais doces
cantores de nossa igreja, depois que recebeu a Cristo.
Sim, o Senhor toma pessoas comuns e
as transforma em embaixadoras extraordinárias para Ele.
Lista
incompleta.
Paulo não dá uma lista completa de
dons. O Espírito suprirá dons para cada situação que a igreja enfrente –
hospitalidade, liberalidade. Isto quer dizer que podemos esperar o aparecimento
de novos dons com o crescimento da igreja.
Ilustração.
‘O pregador britânico Charles
Spurgeon visitou certa vez uma senhora que vivia num asilo em Londres. Ele
percebeu, pendente da parede de seu refúgio, um documento emoldurado. Tendo ele
perguntado o que significava o certificado, a mulher contou que este lhe havia
sido dado por um senhor inválido e idoso de quem ela havia cuidado. Em
retribuição por seu cuidado, o homem havia rabiscado alguma coisa no papel e
presenteado a ela. Ela o emoldurou e pendurou na parede. Depois de considerável
persuasão, Spurgeon finalmente obteve a licença para levar o documento ao banco
local. O gerente exclamou: “Estávamos
procurando saber a quem aquele idoso senhor havia deixado seu dinheiro!”
(Fonte desconhecida).
Conclusão.
Vivendo na pobreza, ela era
possuidora de uma fortuna.
Pode-se dizer o mesmo de nós?
Haverá riquezas do Espírito que
permanecem inexploradas e esquecidas?
Até o ponto em que “escolhemos (ou simplesmente negligenciamos)
não reconhecer, desenvolver e exercitar nossos dons, a igreja já é menor do que
poderia ser. Menor do que Deus pretendia que fosse” Don Jacobsen, Advent
Review, 25 de dezembro de 1986, pág. 12 – citado na LES 1º Trim. /98, Lição 9,
pág. 3)’.
Isso é preocupante. É para pensar!
É o meu desejo e a minha oração.
Amém!!!.
Sendo os dons espirituais concessões da graça divina, nenhuma pessoa deve pensar “de si mesmo além do que convém”. Não temos individualmente todos os dons, mas todos os membros e ministérios da igreja são indispensáveis. É desejo de Deus que, no valor a nós atribuído por Ele, sejamos e nos sintamos plenamente integrados ao corpo e alegremente prestemos o melhor serviço. Assim, não cairemos na tentação de nos achar superiores a nosso irmão, muito menos ele precisa se encolher sob o manto da baixa autoestima. Não somos concorrentes, mas colaboradores uns dos outros. Assim deve ser no campo profissional (Zinaldo A. Santos, MD 23082020).
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