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ESCADA – O SEGREDO DA VITÓRIA

 

           “Por isso mesmo, vós, reunindo toda vossa diligência, associai com a vossa a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor”. II Pe. 1:5-7

 

           Introdução.

           O plano de Deus para o desenvolvimento do caráter cristão é o tema da segunda epístola de Pedro, no capítulo 1, que envolve: (1) Obter vitória sobre o pecado e (2) Cooperar em frutífero serviço a Deus.

 

           Algumas Bíblias trazem como subtítulo destes versículos a seguinte citação: A prática progressiva das graças cristãs e seus resultados.

           A palavra progresso implica em crescimento. O crescimento é essencial à vida. É a lei natural da vida. O crescimento espiritual é essencial à vida espiritual.

           Os que não crescem estão a caminho da morte, ou, na melhor das hipóteses, continuam sendo cristãos pouco desenvolvidos.

           Esse crescimento inicia-se com o novo nascimento. Deixamos o passado e passamos a viver em novidade de vida. Uma existência voltada para Cristo; com um objetivo muito claro: a eternidade.

           Como resultado deste crescimento constante, progressivo apresentaremos um caráter cristão bem equilibrado; seremos mais semelhantes a Jesus, que nada mais é do que um dos propósitos que Deus tem para conosco.

 

           Graças cristãs.

           O apóstolo apresenta uma lista de atributos que todos os que aceitaram a Cristo e se tornaram candidatos ao reino dos Céus podem cultivar com a graça de Deus.

           O amor de Deus penetra e promove cada estágio do desenvolvimento do caráter cristão.

           A graça salvadora é dada em igual medida a todos os que crêem.

           O crescimento na graça é um processo contínuo, firmado no relacionamento com Deus. Somente Deus dá o crescimento.

 

           A escada de Pedro.

            A lista de Pedro é muitas vezes descrita como “A Escada de Pedro” merece toda a nossa atenção. Nenhum dos degraus representa autossalvação.

           Cada um deles se baseia num atributo comunicado pelo Céu que representa cooperação com o que Deus já realizou.

           Os degraus são: , virtude, conhecimento, domínio-próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor.

           Não precisamos desenvolver essas qualidades em ordem cronológica, buscando uma nova virtude só depois de alcançar a anterior.

           Se fosse assim, o amor seria a última. Elas devem crescer juntas, nutrindo-se continuamente na fonte do amor.

 

           Subindo a escada de Pedro.

            1º) Fé.

           A fé vai à frente e o amor comanda a retaguarda. I Cor. 13:13.

           É o primeiro dos degraus e a chave para os outros. Heb. 11:6

           É a capacidade de receber e se apropriar de cada bênção.

            É uma força poderosa na vida do cristão, uma fonte vida de todas as virtudes cristãs: “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. I João 5:4.

 

           2º) Virtude.

            A Pequena Enciclopédia Bíblica de O.S. Boyer define como: excelência moral; probidade, retidão.

           É a saudável moralidade que se desenvolve como resultado da fé em Cristo como nosso Salvador pessoal. Tem haver com ética, com princípios. O cristão deve ser uma pessoa eticamente correta, detentora de princípios elevados.

           O conselho de Pedro é: “associai com a vossa a virtude”.

           “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8.

 

           3º) Conhecimento.

           É a compreensão das coisas espirituais que as pessoas moralmente purificadas possuem. Com a consciência limpa, a percepção espiritual fica clara. Esse conhecimento não é apenas intelectual, mas também, e principalmente, consiste em experiências espirituais pela iluminação do Espírito Santo.

           Segundo Provérbios “ele será agradável à tua alma” (2:10) e “adquirido pelo coração do entendido” (18:15).

           “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Jeremias 9:23-24.

 

           4º) Domínio-próprio. (Autocontrole, equilíbrio).

           É o poder sobre si mesmo. O crente deve saber controlar-se. O controle sobre o próprio temperamento, sobre o egoísmo e sobre toda a forma de pecado está em foco aqui.      A razão deve prevalecer sobre a emoção (sentimentos).

 

           5º) Perseverança. (Constância, firmeza, regularidade).

           É o fruto de uma vida equilibrada: o estômago fica tranqüilo, os nervos no lugar e a alma em paz.   

           Significa constância, firmeza, persistência, regularidade, bem como a capacidade de esperar. Essas qualidades são necessárias em situações particulares e públicas.

 

           6º) Piedade. (Compaixão, misericórdia).

           É uma proteção especial de Deus. A mente e o corpo ficam sujeitos à vontade de Deus; o ser todo se volta para Deus assim como a bússola se volta ao pólo.

           Constitui-se em reverência ou devoção a Deus e tem sido definida como “uma percepção muita prática de Deus em todos os aspectos da vida”.

           Piedade é olhar ao redor com os olhos de Jesus, isento de qualquer preconceito racial, ético, político, econômico ou social.

 

           7º) Fraternidade.

           É a conseqüência do amadurecimento do amor de Deus em nossas vidas.

           É a forma prática de exercitar os grandes mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Mt. 22:36-39.

           Feliz é a igreja em que reina bondade e amor fraternal!

           Seu bálsamo suaviza muitos ferimentos e dissolve muitas desavenças.

 

           8º) Amor.

           É o encontro de todas as virtudes. É a graça coroadora que dá perpetuidade a todas as demais graças. “O maior destes é o amor”. I Cor. 13:13.

                     É muito fácil repetir esta bonita frase! Difícil é praticar em todas as circunstâncias o princípio que ela encerra!

           Este amor vem de Deus, pois Ele é amor (I João 4:8).

           O amor de Cristo é a motivação de toda a vida cristã (II Cor. 5:14).

 

            Conclusão

            Concluímos, pois, que:

·         As oito virtudes são inerentes a Cristo.

·         Elas se tornam nossas quando aceitamos a Cristo como Salvador e Senhor. Com o passar do tempo a fé se torna mais forte; o conhecimento se amplia; a paciência aumenta e o amor alcança a sua plenitude.

·         Cada dia vivido em harmonia com Cristo acrescenta brilho e força a essas graças.

·         Como cristão preciso crescer.

·         Necessito de contínuo crescimento espiritual.

·         Meu crescimento pessoal também deve beneficiar a outros.

·         Você pode crescer na vida santificada se cooperar com Deus.

·         O apóstolo Pedro mostra como o relacionamento com Jesus torna possível uma vida santificada.

·         Se subirmos a escada que Pedro coloca diante de nós, jamais recuaremos para as trevas, ficando sem Cristo e Sua salvação.

 

           Ela é o segredo da vitória. Amém!!!

 

 

 

 

 

                                                                                                                                       © Nelson Teixeira Santos

 

          

 

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