Introdução
Segundo o Pr. Assad Bechara, autor
de vários livros que contam a história de mulheres da Bíblia, num deles,
intitulado Raabe – Uma Flor Sobre a Muralha, poucas pessoas no mundo receberam
avaliação direta do Senhor; entre elas encontramos Noé, o patriarca Jó, João
Batista e as cinco filhas de Zelofeade. Avaliação no sentido de prova mesmo e que
Deus, naquele instante, aprovava pessoalmente a conduta de cada uma delas.
Objetivo da mensagem
Descobrir nas páginas das Sagradas
Escrituras o que essas pessoas fizeram, ou deixaram de fazer de tão especial ou
relevante que levou o próprio DEUS a dar Sua própria avaliação a respeito
delas.
Noé
“Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6:8).
Para se entender porque Noé achou
graça aos olhos do Senhor, é preciso entender o contexto histórico, ou seja, a
situação em que o mundo se encontrava naquela época.
Os evangelistas Mateus e Lucas são unânimes em afirmar que as coisas não iam bem no tempo de Noé. Lucas ainda nos dá uma pista a mais sobre a situação reinante; ele afirma: “a mesma coisa aconteceu no tempo de Ló” (Lucas 17:28-29 - NTLH).
O profeta Ezequiel chama a atenção para um outro detalhe vivenciado por Sodoma, além dos vários pecados sexuais e outras formas de depravação dessa cidade. Afinal, Gênesis 19:1-13 retrata uma sociedade doente e pervertida, pronta para ser destruída.
Considere a descrição de Ezequiel: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado” (Ez 16:49).
Embora claramente o Senhor não tenha ignorado as outras formas de depravação encontradas na cidade, o foco de Ezequiel foi a injustiça econômica e a falta de cuidado para com os necessitados.
Então, qual era o diferencial de
Noé?
Os evangelistas Mateus e Lucas são unânimes em afirmar que as coisas não iam bem no tempo de Noé. Lucas ainda nos dá uma pista a mais sobre a situação reinante; ele afirma: “a mesma coisa aconteceu no tempo de Ló” (Lucas 17:28-29 - NTLH).
O profeta Ezequiel chama a atenção para um outro detalhe vivenciado por Sodoma, além dos vários pecados sexuais e outras formas de depravação dessa cidade. Afinal, Gênesis 19:1-13 retrata uma sociedade doente e pervertida, pronta para ser destruída.
Considere a descrição de Ezequiel: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado” (Ez 16:49).
Embora claramente o Senhor não tenha ignorado as outras formas de depravação encontradas na cidade, o foco de Ezequiel foi a injustiça econômica e a falta de cuidado para com os necessitados.
“Noé era um homem direito e sempre obedecia a Deus. Entre os homens do
seu tempo, Noé vivia em comunhão com
Deus” (Gn 6:9-10 - NTLH).
Jó
Numa época distante, em que o
inimigo já não tinha mais acesso ao Céu, aconteceu num ponto do Universo que
nos é desconhecido uma reunião e Satanás foi como represente da Terra. Nesse
encontro “disse o Senhor a Satanás:
Observaste tu a meu servo Jó? Porque
ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e
que se desvia do mal” (Jó 1:8).
Passado algum tempo, outra reunião
em algum ponto do Universo e a conversa entre DEUS e Satanás, o representante
da Terra acontece novamente: “disse o
Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra
semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade,
havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa” (Jó 2:3).
Além de todas essas virtudes
apresentadas, a Bíblia assevera que Jó era um rico fazendeiro (Jó 1:3-4;
42:12), líder honrado e respeitado por seus conterrâneos pelo fato de ser sábio
e consequentemente dar bons conselhos. Destaca-se ainda seu interesse prático
pelo bem-estar de todos aqueles que precisavam de sua ajuda (Jó 29:7-17).
O Dicionário Bíblico Adventista relata na
página 735 que: “O ponto de virada na
experiência de Jó veio enquanto ele
orava por seus amigos, recebendo do Senhor “o dobro do que antes possuíra””
(Jó 42:10).
João Batista
Tanto o Antigo Testamento quanto o Novo
Testamento são fartos de histórias de homens e mulheres que servem de exemplo e
inspiração a toda a cristandade e de forma especial à nós cristãos que vivemos
nos últimos dias deste mundo que agoniza em crises sem precedentes.
O Novo Testamento mostra entre eles:
nosso Senhor e Salvador Jesus, a samaritana junto ao poço de Jacó, o apóstolo
Paulo, Estevão, a profetiza Ana.
Contudo, em qualquer lista que se preze,
há de figurar o nome de João Batista. Exemplo
de simplicidade, de fé, santidade, poder e acima de tudo, de humildade e
abnegação.
É difícil encontrar alguém na
história bíblica e mesmo fora dela, tão imbuído do senso de missão quanto João
Batista. Ele recebeu a avaliação diretamente do Filho de Deus: “Em verdade vos digo que, entre os que de
mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele
que é o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mateus 11:11).
Não é qualquer um que tem a
humildade e abnegação tão marcantes a porto de afirmar: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30 – ACF)!
As filhas de Zelofeade
No capítulo 27 do livro de Números,
por ocasião do término da contagem das tribos, o Senhor estabelece a lei de
divisão proporcional de terras, ou seja, as tribos maiores receberiam mais do
que as tribos menores.
Contudo as cinco filhas de
Zelofeade levaram a Moisés e ao Senhor um caso que não havia sido previsto na
lei – se um pai morresse sem deixar filhos (homens), mas somente filhas
(mulheres), estas ficariam sem a posse da terra?
Abriu-se um precedente, juridicamente
falando, uma jurisprudência ao Deus atender ao pedido das filhas de Zelofeade e
determinando que a herança fosse passada a elas e a qualquer mulher que se
encontrasse na mesma condição.
“E falou o Senhor a Moisés, dizendo: As filhas de Zelofeade falam o que é justo; certamente lhes darás
possessão de herança entre os irmãos de seu pai; e a herança de seu pai farás
passar a elas” (Números 27:6-7).
Deus é justo e imparcial e não
deseja que as mulheres sejam desfavorecidas!
Impossível ainda não citar Moisés,
Maria!
Moisés
Um dos, talvez o maior vulto
presente no Antigo Testamento. Escritor, poeta, legislador, juiz, profeta; um
dos maiores líderes e administradores de todos os tempos e ainda assim, “mui manso, mais do que todos os homens que
havia sobre a terra” (Números 12:3 - ACF). Acerca da
mansidão - o que está escrito em Mateus 5:5 – ACF)?
.
Deus manda o povo de Israel sair do
Monte Sinai, onde estavam acampados (Ex 19:1-2), e ir para a Terra Prometida.
Ele mesmo avisa que não irá com eles (Ex 33:3), mas enviará o seu Anjo, que os
guiará (Ex 33:2).
Depois, Deus mudaria de ideia: “Então disse o Senhor a Moisés: Farei também
isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por
nome” (Êxodo 33:17).
O que O fez mudar de ideia?
O verso 11 de Êxodo 33 afirma que “O Senhor Deus falava com Moisés face a face,
como alguém que conversa com um amigo” (NTLH).
Na conversa que se seguiu, Moisés
pede a Deus que vá com eles (Ex 33:15-16), e Deus atende ao seu pedido (v. 17),
aliás, esta foi a segunda vez que Moisés fez com que Deus mudasse de ideia. A
primeira está relatada em Êxodo 31:10-14.
A sua amizade com Deus é tamanha a
ponto de fazê-Lo mudar de ideia?
Maria
“Disse-lhe,
então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lucas
1:30).
Ela morava em Nazaré e foi lá que o
anjo Gabriel lhe apareceu e revelou-lhe que
seria bem-aventurada acima de todas as outras mulheres, pois a ela seria
concedido o privilégio supremo, ansiado pelas mulheres de Israel ao longo de
muitas gerações: ser a mãe do “Filho do
Altíssimo”, o “Filho ode Deus”
(Lucas 1:26-35).
E o que foi que ela fez?
Ela aceitou essa honra com
humildade!
Conclusão
Se você prestou atenção nos pequenos
trechos das biografias apresentadas, certamente percebeu que todos esses
personagens bíblicos não fizeram nada de mais; nada que esteja fora de nosso
alcance, nada que nós não possamos fazer também. Vejamos:
“Noé vivia em comunhão com Deus”;
Jó, “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que
ainda retém a sua sinceridade, havendo-Me tu incitado contra ele, para o
consumir sem causa”;
João Batista, exemplo de
simplicidade, de fé, santidade, poder e acima de tudo, de humildade e abnegação.
São suas essas palavras: “Ele deve tornar-se cada vez maior, e eu
cada vez mais pequeno” (João 3:30 – Versão O Livro);
“As filhas de Zelofeade falam o que é justo”;
“Deus falava com Moisés face a face, como alguém que conversa com um amigo”;
Respondeu Maria: "Sou serva do
Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra" (Lucas 1:38 – NVI).
Deus não muda, portanto, adoramos e
servimos ao mesmo Deus que eles adoraram e serviram. Todas as virtudes que eles
demonstraram, todos os pré-requisitos para eles alcançarem a vida eterna
continuam válidos para nós hoje!
“Quanto ao mais, irmãos, tudo
o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se
há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8 – ACF).
Que cada um de nós tome estas
palavras como lema da vida até que Jesus volte!
É o meu desejo e a minha oração.
Amém!!!
© Nelson Teixeira
Santos
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