“Vi novo céu e nova Terra” (Apocalipse 21:1).
Introdução
Nas últimas três décadas que
antecederam a virada do milênio um tema tomou conta da igreja adventista do
sétimo dia de uma forma surpreendente – a volta de Jesus. Pregações.
Literatura. Hinos. Muita coisa foi produzida sobre o recorrente tema. Curiosamente todos sabiam, inclusive as
mentes pensantes da instituição – os teólogos, que algumas coisas ainda estavam
por acontecer antes que Jesus regressasse à Terra. No entanto ninguém levou
isto em consideração e todos se deixaram levar pela euforia que tomou conta da
igreja, pois todos acreditavam piamente que a nossa bendita esperança concretizar-se-ia
antes da virada do milênio. Mas o tempo passou, a virada aconteceu; quinze anos
são passados e Jesus ainda não voltou. Por quê? Por diversas razões, entre elas
porque o tempo e a hora de Deus ainda não chegaram. Por mais que a tardança se
faça presente não devemos deixar de acreditar nesta promessa.
Por pelo menos sete razões o Céu
será um lugar perfeito:
1. Teremos um novo corpo (1Co 15:50-54; 2Co 5:4).
Nosso corpo atual se cansa, sente
dores e se torna enfermo. Com o tempo, envelhece e os reflexos tornam-se lentos.
Nossos olhos se escurecem, e a audição fica comprometida. Surgem os cabelos brancos,
as rugas, e a gravidade nos vence. A maioria das pessoas não está feliz com o
corpo. Milhões são gastos em cirurgias e tratamentos para corrigir ou cobrir as
imperfeições e deformidades. No Céu, não precisaremos mais lançar mão desses
recursos.
2. Viveremos na melhor casa que se pode imaginar (Jo 14:1-4).
Aqui obviamente não há nenhuma casa
perfeita. Seres imperfeitos não produzem nada 100% perfeito. Nunca estamos plenamente
satisfeitos ou realizados com as casas em que moramos. Sempre há algum
problema, como rachaduras, infiltrações, quartos apertados, falta de espaço,
linhas telefônicas ou abastecimento de água e gás precários, em países de clima
muito frio neve para ser removida ou escadas que dificultam a vida dos mais
idosos. No Céu, viveremos em casas perfeitas, projetadas pelo Arquiteto
perfeito. Se em seis dias Deus fez este mundo extraordinário, o que Ele não
estará preparando, em termos de moradia, em milênios?
3. Teremos alimento incomparável (Ap 19:9; Mt 8:11).
Qual o melhor restaurante em que
você já comeu? Ou talvez você nunca se deu a esse luxo. Já tive esse privilégio
e confesso que saí de lá decepcionado. Mesmo que você seja extremamente
cuidadoso com sua alimentação, abstendo-se da ingestão de alimentos cárneos, doces,
salgados, frituras e refrigerantes; ainda assim, adotando uma dieta
vegetariana, é praticamente impossível certificar-se acerca de sua procedência.
Não estamos imunes à contaminação por micro-organismos ou agrotóxicos. Contudo,
no Céu, todos participaremos em uma enorme mesa, onde compartilharemos do
melhor cardápio possível, sendo que o chef é o próprio Jesus.
4. Encontraremos
pessoas interessantes (Hb 11:39, 40).
Presenças, ausências, a nossa presença
– muitas surpresas nos estão reservadas ao adentrarmos os portões celestiais.
Como será o encontro com pessoas interessantes? Por anos, ouvimos falar delas,
lemos e meditamos sobre suas vidas – os heróis e heroínas da fé e tantos outros
personagens pós-bíblicos. Chegará, então, o momento de encontrá-las. Com quem
você mais gostaria de conversar? Adão? Eva? Moisés? Rute? Daniel? Pedro? Paulo?
Nicodemos? Zaqueu? Particularmente também tenho meus personagens preferidos:
Jonas, Elias, Eliseu, Raabe, João Batista. Eles serão seus e meus, nossos
amigos na eternidade.
5. Reencontraremos nossos queridos (1Ts 4:13-17).
Aos olhos humanos, perdas. Fomos
privados de sua presença, companhia, influência por razões que não nos foi
possível entender naquele momento - pais, mães, irmãos e amigos, pessoais
especiais. Desejamos vê-los outra vez e ouvir sua voz. Queremos ver fisionomias
que nunca esquecemos e segurar-lhes as mãos.
6. O Céu será a terra do “não mais” (Ap 7:16, 17; 21:4).
A simples inexistência do pecado
propiciará uma nova ordem, vivenciada até então, somente por Adão e Eva antes
da queda. Não mais fome, sede, desencantos, dores, lágrimas, morte, separações.
Não mais insegurança nem portas fechadas. Nada de injustiça, violência, coisas
impuras nem pessoas más. Pense nas coisas que aqui desgostam você. Elas não
estarão lá. Não haverá mais pecados e quedas (Ap 21:27). Ellen G. White narra
de forma magistral este tão aguardado momento: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O
universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo
vibra por toda a vasta criação. D’Aquele que tudo criou emanam vida, luz e
alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o
maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza
e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (O Grande Conflito, pág. 675).
7. A mais radiante e doce razão:
A Palavra de Deus afirma
enfaticamente que “Ninguém jamais viu a Deus” (1 João 4:12). Moisés ao manifestar
este desejo foi lhe permitido apenas um vislumbre. Diferentemente, lá no Céu veremos
Deus Pai, Filho e Espírito Santo face a face (1Jo 3:2; Ap 22:4).
Conclusão:
O hino de n° 123 do Hinário
Adventista encerra em um de seus versos uma verdade que jamais devemos olvidar:
“Eu sei que há um Céu para mim”. Você
é convidado de honra. Eis o convite: “O Espírito e a noiva dizem: "Vem! “E todo aquele
que ouvir diga: "Vem! “Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de
graça da água da vida” (Apocalipse 22:17).
Somos todos e estamos todos convidados.
Preparara-nos para o Teu reino.
É o meu desejo, a minha esperança e
a minha oração. Amém!!!
Para saber mais leia:
Ellen
G. White, O Grande Conflito, cap. 42, O Final e Glorioso Triunfo, págs.659-675.
© Nelson Teixeira
Santos
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