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BÍBLIA NO CÉU?


 

            Presentes em quase todas as metodologias de ensino, elas encerram algo fantástico, algo que entre todos os seres vivos, só os humanos são capazes de realizar – o ato de pensar, ou seja, na busca por respostas nosso cérebro é colocado para funcionar.

 

            Obviamente estamos falando das perguntas. Possuem mil e uma utilidades. Exageros a parte, através delas é possível provocar, especular, fofocar, intimidar, aproximar, distanciar, humilhar, e tantas outras coisas, mas, principalmente como ferramenta, nos inúmeros processos de aprendizagem.  Aprender/ensinar/perguntar – caminham inseparavelmente juntos.  

 

            Assim aconteceu no sábado 30.03.13, durante a recapitulação da LES, na IASD Central Campo Largo PR, um membro da Unidade Evangelizadora que dirigíamos, motivado pelo palpitante assunto da Recriação (LES 1312013), fez-nos a contundente pergunta: No Céu haverá Bíblia?

 

            Respondi afirmativamente que sim e complementei. Talvez, não impressa em folhas de papel, ou em alguma outra forma de tecnologia conhecida. É verdade que livros (registros) são mencionados, em diversos locais nas Escrituras Sagradas, como existentes no Céu (Apoc 5:1, Apoc 20:12). No caso em questão, reafirmei, a Bíblia estará presente no Céu e por uma razão muito simples; ela é a Palavra de Deus. Deus é eterno; portanto ela subsistirá para sempre juntamente com seu legítimo autor.

 

            Achei tão oportuna a pergunta que resolvi levar a questão adiante. Levar a questão adiante entenda-se por meditar sobre o assunto. Surpreendentemente em meus quase 40 anos de igreja já ouvi muitas perguntas acerca do Céu, contudo jamais ouvi alguém proferir tal indagação: Bíblia no Céu?

 

            Evidentemente ela passará por algumas atualizações. Quem se habilitará para realizar este “upgrade”? Mesmo no Céu ninguém se atreveria a cometer tamanha leviandade. Somente o próprio Deus, haja visto que a própria Bíblia encerra maldições a quem acrescentar ou tirar  algo de suas páginas ( Apoc 22:18-19); logo, somente o seu próprio autor tem idoneidade suficiente para promover qualquer alteração.

 

            Foi aí que deparei-me com uma questão no mínimo inusitada: Uma vez que a Palavra de Deus é perfeita, santa, justa e boa (como o é o próprio Deus) , qual a real necessidade de uma atualização?

            Não podemos esquecer que com a entrada do pecado em nosso mundo, nosso relacionamento com Deus foi tremendamente alterado. A partir de então, nascidos com tendências pecaminosas, os seres humanos passaram a ter atitudes, reações e desejos até então desconhecidos. Mentir, difamar, injuriar, caluniar, trair, cobiçar, adulterar, fraudar, furtar, roubar, violentar, matar passou a fazer parte de nosso cotidiano.

 

            Para que não pairasse nenhuma dúvida, Deus, em sua infinita misericórdia, procurou revelar-nos através de seus santos, os profetas, Seus mandamentos, ordenanças, leis e princípios admoestando-nos com muitos não... não... não. Fazia-se necessário mostrar aos seres humanos caídos, que tais procedimentos eram contrários à Sua vontade e que dEle não procediam. Por conta do pecado a Sua lei teve de sofrer, digamos assim, uma adaptação, um desmembramento até então desnecessário.

 

            Felizmente com a criação de novos céus e nova terra, totalmente livres do pecado e de suas manifestações, onde todas as coisas se farão novas, uma vez que todo o Universo estará vacinado contra o mesmo, tais admoestações se farão desnecessárias.

 

            Por outro lado é muito provável que a Palavra também receberá inserções e acréscimos com verdades que a nossa condição mental atual, severamente limitada pela ação do pecado, é incapaz de assimilar.

            Certa vez, enquanto esteve entre nós, foi perguntado à Jesus qual seria o grande mandamento, ao que Ele respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. (Mateus 22:37-40). Estes dois mandamentos constituem-se princípios que nortearão o Universo por toda eternidade.

            Regozijo-me em saber que o Céu será entre outras coisas, um lugar de aprendizagem, de ensinamentos, de perguntas onde todas as nossas dúvidas serão dirimidas, inclusive por alguém nada mais nada menos que o próprio Criador.  Assevera-nos a pena inspirada: “Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão voo incansável para os mundos distantes – mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma pessoa resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caí­dos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 677).

            Que até a concretização de nossa bendita esperança Deus nos conceda a graça de existir em nossas fileiras pessoas sempre dispostas a aprender, ensinar, perguntar e assim possamos todos, a semelhança de Jesus crescer em estatura, sabedoria e graça não somente diante dos homens, mas principalmente diante de Deus.

            Permitamos a Deus concluir a boa obra da redenção em nós iniciada.

            É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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