Chapter Five
Não Me Induzas à Tentação
Se você está
pensando, em seu íntimo: “Um ‘caso’ jamais poderia me acontecer”, está em
dificuldades. Crer que somos imunes nos deixa completamente expostos e
desprotegidos. (Ellen Williams).
Quando você
nasceu, casou-se – casou-se com uma companheira que palmilhará o caminho da
vida com você até o fim. Você jamais acordará qualquer manhã nem irá dormir
qualquer noite sem que essa companheira esteja bem ao seu lado.
Essa
companheira nunca o deixará por falta de sustento. Você nunca a poderá
processar, requerendo sustento separado. É impossível divorciar-se dela. Quer
você goste quer não, você e essa companheira estarão juntos até que a morte os
separe. Tentação – esta é a sua companheira vitalícia.
Todo mundo é
tentado. A tentação não desconhece ninguém. Todo mundo é tentado, e sempre
será. Ninguém pode evadir-se dela ou evitá-la. É um fato inescapável da vida.
Enquanto um homem estiver vivo, será tentado. A tentação é como a poeira: cai
sobre todo mundo. É como os germes que carregamos conosco, que nos atacam
quando a nossa resistência está fraca.
Nenhum
isolamento das outras pessoas nos isolará da tentação. O monge, em seu mosteiro
recluso; o eremita, em sua caverna secreta; o prisioneiro, em sua cela
solitária, todos reconhecem a tentação. Não há exceções. Não há isenções. A
tentação é uma realidade universal, inevitável.
Se você tem
uma mente por meio da qual pensa, será tentado através dessa mente. Se você tem
um corpo em que vive, será tentado através desse corpo. Se você tem uma
natureza social, com que se relaciona com os outros seres humanos, essa será
uma avenida para a tentação. Se você é um ser sexuado, terá tentações sexuais.
Certo autor,
na revista Psychology Today, disse: “Todos os homens, desde o primeiro dia de
seu casamento em diante, pensam na sua possibilidade de serem infiéis. Não,
necessariamente, que eles planejam fazer algo nesse sentido, mas a
possibilidade é uma coisa consciente em suas mentes”. Se o autor quis dizer que
todas as pessoas, homens e mulheres, enfrentam verdadeira tentação sexual, está
absolutamente certo. De fato, se uma pessoa pensa, erradamente, que é isenta da
tentação, já esta sendo vulnerável, e Satanás já está passando graxa no
escorregador para ela.
Ninguém, ao
ser tentado, deve dizer: ‘É Deus que me está tentando’, pois Deus não pode ser
tentado pelo mal e a ninguém tenta. Antes, cada qual é tentado pela própria
concupiscência, que o arrasta e seduz. Em seguida, a concupiscência, tendo
concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, atingindo a maturidade, gera a morte”.
O Autor da Tentação. Durante a sedução da tentação, é
fácil racionalizar, e culpar Deus de ser o seu autor. Não, conforme Tiago diz,
Deus não tenta ninguém. Fazê-lo, seria completamente contrário à sua natureza,
aos seus objetivos e à sua Palavra.
Quem tentou
Adão e Eva, no Jardim do Éden? Quem tentou Jesus durante quarenta dias no
deserto? Satanás, o Diabo, que é chamado de tentador, a velha serpente, e é
nosso grande inimigo. Ele anda em derredor, rugindo como leão, procurando a
quem possa tragar. E ele tem um padrão de tremendo sucesso – que teve êxito,
até certo ponto, com todos os membros da raça humana.
A Natureza da Tentação. Note bem isto: tentação não é
pecado. Nunca poderia ser. A Bíblia diz: “Jesus foi tentado em tudo, mas sem
pecado”. Costumávamos cantar, muitos anos atrás, este hino, na Escola Bíblica
Dominical: “Tentado, não cedas; ceder é pecar”. A tentação não é pecado.
A nossa
reação, a nossa resposta, determina se pecamos ou não. De fato, a tentação, em
si própria, é uma das coisas mais fracas do mundo. Sozinha, ela é totalmente
impotente. Para ter êxito, a tentação sempre necessita de um parceiro – alguém
para concordar com ela, para dançar com ela, para abrir a porta para ela, para
dar-lhe as boas-vindas.
Você não pode impedir as tentações de virem, mas
pode decidir o que vai fazer com cada uma delas.
Você não pode impedir os pássaros de voarem sobre a
sua cabeça, mas pode impedi-los de fazerem ninhos em seus cabelos.
Você não pode impedir o Diabo de cantar em seus
ouvidos as suas cantilenas de encantamento, mas não precisa juntar-se a ele e
cantar um dueto.
Você não pode impedir o Diabo de expor suas
mercadorias na vitrine, instando para que você as compre, mas você não tem de
comprá-las.
Você não pode impedir o Diabo de colocar os seus
fedelhos à sua porta, e de bater incessantemente. Mas você não precisa abrir a
porta, pô-los para dentro, aquecê-los, vesti-los e alimentá-los.
Quando uma
garota se aproximou de mim, no vestíbulo de um hotel, e, sorrindo, perguntou:
“Você gostaria de se divertir um pouco esta noite”? Era apenas uma tentação.
Ser induzido à infidelidade não é pecar. Aquiescer com ela é que faz a diferença.
A Tentação É Sempre Para Pecar... “E
origina o pecado”,
adverte Tiago. Pecado é o objetivo da tentação. Embora toda tentação seja
aparentemente inocente, o único propósito do Diabo é levar você a pecar. Não
apenas impedir um pouquinho o seu progresso, colocar alguns obstáculos em seu
caminho, mas assisti-lo como uma parteira, e ajudá-lo a dar à luz... o pecado.
O objetivo do
Diabo não é ter um mundo cheio de bêbados, prostitutas e toxicômanos. Essas
pessoas não constituem uma propaganda para ele. Mas o pecado, seja em que nível
social for e com que sofisticação, opõe-se ao maravilhoso plano de Deus para a
sua vida, e neste objetivo sinistro e destruidor o Diabo está totalmente
empenhado.
A Tentação Apela Para os Seus Desejos
Humanos. Para as
necessidades que você têm, e que foram criadas por Deus. Todas elas não são
malignas. “...A tentação do homem deriva
dum impulso dos seus próprios desejos...” O apelo da tentação é sempre
satisfazer uma necessidade legítima de maneira errada ou na hora errada. O desejo
intrínseco, por si mesmo, é bom, querer satisfazê-lo é bom, mas quando e como é
satisfeito faz a diferença. O bem ou o mal estão na maneira como essas
necessidades são satisfeitas.
O desejo de
ter amigos, amor, ser apreciado, ter sucesso, aceitação, intimidade, são todos
bons. Satisfazê-los mediante desonestidade, manipulação, egoísmo e violação da
verdade de Deus nos leva ao pecado.
Acontece
exatamente assim com o sexo. Toda pessoa é um ser sexuado, com desejos sexuais,
atrações sexuais e sentimentos sexuais. Tudo isto foi ideia de Deus. Não há nem
nunca poderia haver nada de errado com o sexo. Por ser a sexualidade um dom de
Deus, não pode haver erro, defeito ou mal nela. Mas o homem, historicamente,
tem prostituído os dons de Deus, e os tem usado para a sua vantagem egoística e
detrimento.
Satanás é astuto. Ele sabe que, como
crentes, temos bom gosto e boas motivações. Ele não nos tenta com coisas
baratas ou com o pecado impudente, pois isso não apelaria à nossa natureza
espiritual. Pelo contrário, ele pega sutilmente alguns dos melhores dons de Deus,
como intimidade e unidade de espírito, e injeta, nesse dom, algumas qualidades
que não são agradáveis a Deus. Ele distorce as nossas prioridades e nos tenta a
usar as coisas boas de Deus no lugar ou na hora errada. Desta forma, a atração
sexual pode tornar-se um problema num relacionamento amoroso perfeitamente
apropriado.
A Tentação Apela Para o Ponto Mais
Fraco de Sua Vida.
Todos nós temos uma fraqueza especial. Como estrategista arguto, o Diabo reúne
as suas forças mais poderosas no ponto mais fraco da batalha. As nossas
diferenças de temperamento, personalidade, fraquezas herdadas nos levam a
reagir peculiarmente a diferentes tipos de tentação. Pedro teve a sua tentação
especial, e, certamente, Tomé também, Tiago e João lutaram com suas fraquezas
características.
Uma pessoa
luta o dia inteiro com a tentação de roubar. Outra preferiria morrer a roubar.
Onde uma pessoa é fraca, outra é forte. Uma, luta contra a tentação de mentir.
Uma jovem disse-me, depois do culto em que eu pregara na capela de certa
universidade; “Sr. Petersen, eu sou uma mentirosa. Minto o tempo todo – sempre
menti. Provavelmente, hoje já menti cinquenta vezes. Minto até quando não
preciso. Minto quando isso não me faz nenhum bem. Mas minto sempre. E, por
falar nisso, estou me preparando para se missionária”. Antes de tornar-se
missionária, ela precisa entregar-se a Cristo, que disse: “Eu sou a verdade”.
Outra pessoa é muito tentada à inveja, violentamente levada ao ciúme, quando
outros têm sucesso ou adquirem posição, proeminência ou prestígio. Já outra não
se importa. Uma pessoa é gananciosa, ávida. Outras têm o problema oposto.
Esbanjam tudo o que ganham. Algumas lutam com a arrogância e o orgulho,
enquanto outras lutam com o complexo de inferioridade e a passividade. O sexo é
um problema mais difícil para uns do que para outros. É que eles são mais
sensuais – suas necessidades emocionais são maiores. A tentação para um “caso”
extraconjugal pode constituir uma grande batalha para eles, maior do que para
os do tipo mais conservador.
A Tentação Começa na Mente. O órgão sexual mais importante é a
mente. Um “caso” começa na mente, muito antes de terminar na cama. A relação
clandestina começou com um pensamento inocente no recesso secreto da mente de
alguém. O pensamento é a fonte da ação. O corpo é o servo da mente. O
pensamento determina o caráter. O nosso caráter é moldado na forma de nossa
concentração.
A mente é um jardim que pode ser
cultivado, para produzir a colheita que desejarmos.
A mente é uma oficina, em que são feitas
as decisões importantes para a vida e a eternidade.
A mente é uma fábrica de armas, onde
forjamos as armas de nossa vitória ou de nossa destruição.
A mente é um campo de batalha, em que
todas as batalhas decisivas da vida são ganhas ou perdidas.
Os comunistas
aprenderam, através do sucesso de sua lavagem cerebral, que, se puderem
converter e controlar os pensamentos das pessoas, podem reformar o seu caráter
e escravizá-las. Eles creem, como disse Emerson: “A chave de todo homem é o seu
pensamento”. Os pensamentos governam o mundo. Os bons pensamentos nunca
produzem maus resultados, nem os maus pensamentos, bons resultados. Jesus
disse: “Conhece-se a árvore por seus frutos”.
Napoleão Hill
cristalizou o que julgo ser o conceito mais importante e surpreendente a
respeito da mente: “A única coisa sobre que todas as pessoas têm controle
completo, indisputado, é a sua mente – os seus pensamentos”. Você não tem
controle sobre as suas circunstâncias ou a sua natureza; você não pode
controlar a hereditariedade ou o ambiente; você não pode controlar a sua
condição física ou capacidade mental; nem outras pessoas, amigos ou inimigos, o
passado ou o futuro. Há uma única coisa que você pode controlar; você tem o poder de moldar os seus pensamentos e
adequá-los a qualquer padrão de sua escolha. “Como ele pensa consigo mesmo,
assim é”.
Pensamento do Mal ou Mau pensamento. Qual é a diferença entre estes dois?
Suponhamos que eu leia um livro ou revista ou assita a um programa de TV. Algo
que vejo – uma propaganda, um parágrafo, um desenho – faz com que um pensamento
do mal relampeje pela minha mente. Isso é pecado? Não. Dirigindo pela rua, o
que vejo em uma propaganda ou ouço no rádio do carro faz com que uma sugestão do
mal invada a minha mente. Isso é pecado? Não. Ou, enquanto estou trabalhando na
fábrica, no refeitório do escritório, no clube, ouço piadas sujas, anedotas
picantes, o relato de aventuras sexuais. É pecado ouvi-las? Claro que não.
Ou então me
encontro na igreja e deparo com uma mulher que é radiante, charmosa, vibrante.
Embora não haja flerte, ela tem uma personalidade radiante. Conserva-se em
forma, veste-se bem e dispõe de uma amabilidade cristã extrovertida, que a
torna muito atraente. Um pensamento esvoaça pela minha mente de que essa pessoa
é uma beleza, é mui talentosa e que é sexualmente atraente para qualquer homem
que tenha sangue nas veias. Há algo de errado com isso? Não! Não é pecado ouvir
as centenas de sugestões passageiras e tentadoras que batem à porta de minha
mente todo dia, a vida inteira. Para o supersensível, o Diabo cochicha: “Há
algo de errado em você. Se você fosse um bom crente, Deus estaria cuidando de
você, e você não teria esses pensamentos. É tarde demais; você já pecou”. Você
pode reconhecer as mentiras do Diabo, porque são sempre negativas e levam a um
sentimento irremediável de culpa e à autocondenação.
Mas quando
esse pensamento passageiro do mal é aceito, recebe acolhida e é acariciado
demoradamente, com o consentimento de sua vontade, torna-se um mau pensamento.
Se eu abrir a porta, convidar amavelmente o visitante para entrar, der-lhe uma
cadeira confortável para descansar e encorajar conversa adicional, o estranho
se torna meu amigo. Este amigo agora me ajuda a formar um quadro – simples a princípio,
mas por fim com detalhes e a cores vivas – de tudo o que essa amizade pode
significar para mim e das necessidades que serão supridas por ela.
Esse quadro é
uma fantasia, e as fantasias são os aprestos para a ação desejada. Uma “transa”
é experimentada muitas vezes na fantasia, antes da hora e do lugar do primeiro encontro
serem estabelecidos.
Alguém
perguntará: “Quando Jesus falou a respeito de concupiscência ou adultério
mental, ele estava falando apenas de pensamentos do mal ou de maus
pensamentos”? Verifiquemos cuidadosamente as suas palavras em Mateus 5:28: “Eu,
porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em
seu coração cometeu adultério com ela”.
Em seu
vibrante livro Love and Marriage, o
Dr. David Hocking torna este princípio meridianamente claro:
Primeiro, a palavra olhar está no
presente, no grego, indicando um hábito vivencial contínuo. Não cremos que
esteja dizendo que olhar com desejo sexual em um dado momento é errado. Deus
nos fez com desejo sexual. Os homens gostam de olhar para as mulheres, e as
mulheres gostam de olhar par aos homens. Cremos que esta passagem está
condenando a prática de centralizar a sua atenção em uma dada pessoa, com a
motivação de comentar adultério com ela.
Em segundo lugar, a palavra “mulher”
está no singular, quanto ao número, e não no plural. O texto não está condenando o ato de se olhar
para mulheres em geral, mas a concentração em uma mulher em particular. Uma
pessoa determinada começa a dominar os nossos desejos.
Em terceiro lugar, as palavras “para
cobiçar” tem referência óbvia à perpetração do adultério. Isto não é a mesma
coisa que experimentar o desejo de olhar para a aparência física de uma mulher
e gostar do que se viu. O problema acontece quando você se concentra em uma
pessoa em particular e mentalmente via par a cama com ela.
Este é o mau
pensamento, a fantasia, “concentrar-se em uma dada pessoa, e planejar
mentalmente ir para a cama com ela”.
Neste ponto,
a mente começa a fazer duas coisas. A sua parte subconsciente não faz diferença
entre bem e mal, e apenas reage às sugestões e figuras que lhe são ministrados,
audivelmente ou na imaginação. As sugestões vêm da conversa com nós mesmos que
todos praticamos, não percebendo, muitas vezes, o seu tremendo poder e
influência. Todas as pessoas conversam consigo mesmas o tempo todo, reagindo
inconscientemente a todas as situações, analisando, julgando, recordando,
expressando as suas crenças, temores ou desejos. O psicólogo Dr. David Stoop
fez um estudo sobre nossa conversa com nós mesmos e observa: “Geralmente, em
voz alta, dizemos a média de 150 a 200 palavras por minuto. Algumas pesquisas
sugerem que falamos com nós mesmos, em nossos pensamentos, a média de,
aproximadamente, 1.300 palavras por minuto. Visto que muitos de nossos
pensamentos tomam a forma de imagens ou conceitos mentais, podemos pensar, em
uma fração de segundo, em algo que nos tomaria vários minutos de discurso
verbal para descrever”.
À medida que
se desenvolve a fantasia a respeito da possibilidade de uma relação
extraconjugal, a nossa mente afirma e incentiva essa fantasia, mediante o que
dizemos para nós mesmos e as imagens criadas. “Isso seria gostoso... eu preciso
disso... a vida tem sido enfadonha... ela é algo mais... as maçãs roubadas são
mais doces... Não estou pensando em nada de errado”. E assim por diante, à
velocidade de 1.300 palavras por minuto. Centenas de imagens alimentam a
fantasia. Se repetirmos qualquer delas audivelmente para nós mesmos, essa
autossugestão cauteriza a imagem ainda mais profundamente, e o nosso subconsciente
tomará providências para que isso aconteça.
Motivadores
de sucesso há muito têm reconhecido a veracidade deste princípio. O primeiro
passo para o sucesso, dizem eles, é decidir exatamente o que você deseja
realizar e quando. Identifique claramente o seu objetivo, o seu alvo. Escreva
isto, de forma que você possa vê-lo. Faça um desenho. Repita o alvo
audivelmente todos os dias, talvez cinquenta vezes de manhã e cinquenta vezes
de noite. Em seguida, faça um livro de recortes. Encontre figuras coloridas, de
revistas, que se relacionem com o seu alvo, ou o que você possuirá, quando o
alcançar: casa nova, carro, roupas de tamanho menor, férias, etc. E, ao estudar
as figuras, comece a falar consigo mesmo positivamente. Você criará uma imagem
forte e clara em sua mente; as emoções apropriadas se seguirão, e o seu
objetivo será realizado.
Assim, as
nossas mentes alimentam a fantasia, a fantasia cria as emoções, e as emoções
clamam pela experiência propriamente dita. É por isso que, quando uma pessoa
está emocionalmente decidida a te um “caso”, toda a verdade e toda a lógica do
mundo não parecem intimidá-la. Em uma
disputa entre emoção e verdade, a emoção geralmente vence.
Outra coisa
que a nossa mente faz é nos enganar. A nossa mente nos ajuda a encontrar o que
esperamos encontrar, quer isto esteja ou não presente. Temos um modo esquisito
de encontrar aquilo que estamos procurando. Se estamos procurando uma “transa”
extraconjugal, uma fantasia, a nossa mente aparecerá com todo tipo de ideias
acerca de como isso poderá ser feito,
onde e quais serão os resultados positivos.
A nossa mente
também, nos ajuda a racionalizar, isto é, a encontrar boas razões para
justificar qualquer coisa que façamos. Elaboramos um belo rosário de razões
para justificar as nossas ações, embora possamos estar ferindo outras pessoas,
no processo. Sob a nossa bandeira de
sermos sinceros para com nós mesmos, enganamos o nosso cônjuge. A nossa mente
não é um instrumento que detecta a verdade, mas corteja o nosso “ego” e nos
protege de ouvir coisas que não queremos ouvir. Não é de se admirar que Paulo
tenha falado a respeito da necessidade de uma transformação resultante de uma
“renovação da vossa mente”.
Quando uma
fantasia extraconjugal é nutrida e alcançou este ponto, há vários efeitos
colaterais, que fazem o casamento desmoronar ainda mais.
O Cônjuge Torna-se Passivo
É impossível
estar alimentando ativamente uma fantasia e estar edificando o casamento em
casa ao mesmo tempo. Estes esforços são automaticamente tirados do outro. As
pequenas coisas que melhorariam o casamento são reservadas para o amante. Se
alguém inicia ações positivas no lar,que ajudam o relacionamento, nãotem
desculpas. Se a situação piora ainda mais, isso ratifica a sua racionalização.
E é claro que não há oração séria. Ninguém está esperando a intervenção de
Deus, quando as emoções estão clamando por um corpo ardente.
Comparação Gera Desdém
A mulher em
casa, com um avental, não é páreo para outra que esteja em nossa fantasia. As
comparações aumentam à medida que o “caso” se aprofunda. A esposa em casa agora
não se comunica mais, não é tão afetuosa, não satisfaz as minhas necessidades,
não sai tão bem na cama, etc. Em outras palavras, ela não se compara com esse
barco de ilusões que encontrei. Agora, na cama, há três pessoas, em vez de
duas. As relações sexuais, que, por necessárias, só podem ser mecânicas,
envolvem apenas dois participantes, mas o terceiro está na imaginação e na
fantasia do trapaceiro.
Engano Torna-se a Regra
O começo de
um “caso”, ou a sua continuação, requerem desonestidade, engano e duplicidade.
Uma pessoa que vive uma mentira não tem problema de pregar mentiras. De fato, a
situação o exige. Mentira é como batatinha frita: você não consegue parar
apenas com uma. Pessoas outrora honradas agora olham para o seu cônjuge bem nos
olhos e mentem ousadamente a respeito de seus programas, sua saúde, seu
trabalho e seus gastos. Um “caso” atinge bem fundo a integridade de uma pessoa,
e a verdade se torna dispensável. Quando uma pessoa se envolve desta maneira,
você crê no que ela faz, e não no que ela diz – nas suas ações, e não nas suas
palavras.
Um Secreto Desejo de Morte
A fim de
racionalizar um “caso”, a mente do infiel apresenta todos os subterfúgios
concebíveis. Creio que toadas as pessoas que continuaram tendo relações
extraconjugais, em algum tempo, desejaram que o seu cônjuge morresse
silenciosamente durante o sono, para que pudessem continuar tendo tal relacionamento sem sentimento de culpa. Uma
espécie de desejo benevolente de morte. Não estou dizendo que querem que eles
sejam assassinados – embora em alguns casos isso inclua envenenamento da comida
ou o empréstimo de uma arma (lembre-se de David e Urias). Da mesma forma, não
acho que eles lamentariam sinceramente a perda. “Mas se houvesse alguma forma
de o meu cônjuge dar o fora desta vida legítima e pacificamente, eu estria livre
e não seria desonrado nem precisaria me esconder”. O coração humano, sem a
graça de Deus, fará o que for necessário para torcer as coisas de acordo com os
seus desejos depravados, conscientes ou inconscientes.
QUANDO VEM A
TENTAÇÃO
Contudo, não
é suficiente analisar a tentação – dissecar os seus resultados. Como você a
enfrenta? O que você faz para arrancar as suas presas, e fazer dela sua
escrava?
Anule-a, Ficando de Sobreaviso.
Uma grande
parte do poder da tentação está em sua estratégia: agir de surpresa. Um ataque
de surpresa é uma das táticas mais eficientes do inimigo. Frequentemente
tenho ouvido isso de crentes
sinceros:”Nunca sonhei que seria tentado a ser infiel; pensei que estava a
salvo, que isso não podia acontecer comigo”. Visto que a Bíblia nos diz
claramente que seremos sempre tentados, por que não esperá-lo? Muitas vezes
fazemos um jogo passivo, defensivo, em vez de jogar inteligente e agressivamente. Expressamos surpresa,
ficamos chocados quando a tentação acontece da maneira como Deus disse que
aconteceria. Surpresa seria se a tentação não viesse. Por que não crer em Deus?
Um amigo
querido me telefonou, e eu não podia perceber, pela sua voz, que ele estava com
problemas. Não fiz grandes conjecturas, porque ele era, eu sabia, um crente
muito forte, convertido de uma vida escabrosa, e que, havia anos, era um
respeitado líder em sua igreja. Chegando ao meu escritório, ele falou de uma
jovem divorciada que estava desamparada, como ele lhe levara uma cesta de
compras, mandou consertar o carro dela e procurou ajudá-la como irmão em
Cristo. Parte da reação dela foi apaixonar-se por ele e convidá-lo a ir à casa
dela,para uma noite calma, íntima. “Achei difícil dizer não”, disse ele.
“Fiquei surpreso por ter havido uma luta. Acho que eu pensava que não teria
essas tentações nunca mais”.
Desenvolva uma Consciência Bíblica
Em uma luta
contra a tentação, geralmente vivemos os nossos valores, e não o que cremos. Se
a nossa consciência foi treinada pela Bíblia e somos dedicados aos nossos
princípios, enfrentamos a tentação com confiança, e não com medo. As
advertências de Deus são as palavras amorosas de um pai, dizendo ao seu filho
para não correr na rua, não pular da ponte, não brincar com fósforos. São
apenas proteções amorosas, e não proibições arbitrárias.
Aqui estão algumas advertências que
propiciam percepção e força – uma âncora: A sabedoria do Senhor pode livrar
você das palavras doces e mentirosas da prostituta, da mulher que abandona seu
marido, sem se lembrar que o casamento é um compromisso feito perante Deus. Quem frequenta a casa dessas
mulheres põe em risco a própria vida; quem anda com elas se dirige diretamente
para o reino dos mortos. Acima de tudo, meu filho, tome muito cuidado com suas emoções,
porque elas afetam toda a sua vida. Tome cuidado com a mentira e a falsidade;
fuja delas, e olhe sempre apara a frente, sem olhar para os lados. Pense muito
antes de dar qualquer passo, e andará sempre pelo caminho do bem. Não se desvie
nem para a direita nem para a esquerda! Não ande pelo caminho do mal!
Saiba que as prostitutas usam palavras
doces e suaves para atrair os jovens. Mas, depois de tudo, o que sobra para
você é a vergonha amarga e uma consciência pesada, que fere como uma espada
aguda e bem afiada.
Beba água de seu próprio poço, meu
filho – seja fiel e leal para com sua esposa! Qual o valor de ter filhos com
mulheres sem honra, mulheres de rua? Para que ter filhos que não serão seus e
viverão com pessoas que você nem ao menos conhece? Use bem essa bênção que você
recebeu, a capacidade sexual. Aproveite o prazer que ela pode lhe dar através
do amor de sua esposa. Ela deve ser sempre para você a mulher mais bela e
encantadora! Os abraços e carinho de sua esposa devem ser o seu prazer, a sua
satisfação total!
Não dê valor à beleza dessas mulheres
nem se deixe atrair pelos seus olhares provocantes. E a mulher que trai seu
marido é ainda pior que a prostituta! Esta exige apenas um pouco de dinheiro,
mas a mulher que trai o marido deseja destruir a vida do jovem. Será possível
alguém abraçar brasas acesas sem queimar o peito? É possível alguém andar sobre
brasas acesas sem queimar os pés? Da mesma forma, é impossível alguém roubar a
mulher de outro homem e não ser castigado pelo seu pecado!... Só mesmo um louco
seria capaz de roubar a mulher de outro homem! Só mesmo alguém que deseja
destruir sua própria vida faria uma coisa dessas!
A loucura, ao contrário, parece uma
prostituta, dominada pelo fogo da paixão, que nada sabe nem deseja saber. Fica
sentada à porta de casa ou anda pelas esquinas da cidade, fazendo propostas aos
homens que passam e tratam seus negócios e dizendo aos descuidados e sem
compreensão da vida: “Venham a minha casa comigo! A bebida roubada é mais doce!
O pão roubado e comido às escondidas é muito mais gostoso!” E muitos vão atrás
dela, sem saber que estão caminhando para a morte, que muitos já seguiram a
loucura e agora estão no fundo do inferno.
É porque o Senhor viu a traição que
vocês cometeram, abandonando suas esposas, que foram fiéis por tanto tempo.
Aquelas companheiras a quem prometeram cuidado e sustento. Ninguém com um pouco
de juízo faria isso. “Mas, que fez um patriarca?”, dirão vocês. Bem, ele
procurava uma descendência prometida por Deus, num propósito espiritual.
Portanto, tenham cuidado com suas paixões e ninguém, seja infiel à sua
esposa!
Eis porque eu digo: Fujam do pecado
sexual. Nenhum outro pecado atinge o corpo como este. Quando vocês cometem este
pecado, é contra o seu próprio corpo. Será que vocês não aprenderam ainda que
seu corpo é a morada do Espírito Santo que Deus lhes deu, e que ele vive dentro
de vocês? Seu próprio corpo não lhes pertence. Porque Deus comprou vocês por
preço elevado. Portanto, usem todas as partes do seu corpo para render glória a
Deus, porque o corpo lhe pertence.
Porque Deus deseja que vocês sejam
santos e puros, e se conservem afastados de todo pecado sexual, a fim de que
cada um de vocês se case em honra e santidade. E não em paixão carnal, como
fazem os pagãos, na sua ignorância de Deus e de seu caminhos. E esta é também a
vontade de Deus: que neste assunto nenhum de vocês cometa jamais a usurpação de
tomar a esposa de outro homem, por que Senhor lhes dará por isto uma
retribuição terrível, como nós antes já os advertimos severamente. Porque Deus
não nos chamou para vivermos na impureza nem cheios de imoralidade, mas para
ser santos e puros. Se alguém se recusar a viver de acordo com estes
mandamentos, não estará desobedecendo às leis dos homens, mas de Deus, que dá o
seu Santo Espírito a vocês.
Honrem o casamento e os seus
respectivos votos; e sejam puros; porque Deus sem falta castigará todos os que
são imorais ou cometem adultério.
Desarme-a, Recusando-se a Temê-la
Um medo
fatalista da tentação aumenta o seu poder sobre nós. Algumas pessoas dariam tudo para que a
tentação pudesse ser eliminada e elas pudessem viver sem lutar. “A maior de
todas as tentações é a de não tê-la”, diz Henry Drummond. Napoleão Bonaparte
declarou: “Aquele que tem medo de ser vencido está certo da derrota”.
Cada tentação
é uma oportunidade de derrotar o Diabo. Devemos dar as boas-vindas a cada uma
dessas oportunidades. A tentação é uma chance de desenvolver virtudes e
autodomínio – uma pedra para a construção do caráter cristão. O homem que tem
mais tentações tem mais oportunidades de crescer na graça. Tomateiros frágeis e
sem firmeza podem ser cultivados na atmosfera controlada de uma estufa. Mas são
necessárias tempestades e ventos para fazer crescerem os carvalhos. Depende do
que você quer ser. Cada tentação nos leva para mais perto de Deus e dá a ele a
oportunidade de confirmar e demonstrar a vitória dele sobre Satanás.
Graças a Deus
pela tentação e seus efeitos benéficos. O que o diabo tencionava fosse a nossa
destruição, Deus usa para o nosso desenvolvimento. O que o Diabo planejava para
nos deter, Deus usa para o nosso aperfeiçoamento. Deus usa a luta moral para
nos levar à maturidade. Ele criou o homem para ter domínio, para estar acima
das circunstâncias, problemas, tentação, e não abaixo deles. Fomos feitos para
sermos vencedores, e não covardes; filhos de Deus, e não escravos; vitoriosos,e
não desertores.
Decida
com Determinação Se Você Que Vitória
A palavra “vitória” pressupõe
batalha. A tentação é o campo de batalha. Indecisão em uma batalha significa
derrota. O objetivo de toda a sua vida determinará como você enfrentará as
tentações diárias. Se você vacilar aqui, vacilará quando a pressão for forte.
E. Stanley Jones o declara
intensamente: “Se você não resolver, a sua mente indecisa vai derrotá-lo. Aqui
é o lugar em que não pode haver ociosidade. Pois qualquer ociosidade será o
cavalo de Tróia, que penetrará em seu interior e abrirá as portas para o
inimigo. Deus pode fazer qualquer coisa pelo homem que se decidiu; mas ele pode
fazer pouco ou nada pelo que não tem pensamentos firmes”.
Os nossos queridos amigos, os radialistas David e Karen
Mains, falam a respeito de sua dedicação à “fidelidade mental”:
Há
muitas coisas a que não nos permitimos ser expostos, nesta sociedade ímpia e
louca. Algumas vezes é uma conversa com outra pessoa, em que temos que mudar de
assunto. Ou um programa de TV, uma revista ou jornal que precisa ser rejeitado.
Podemos controlar estes fatores. As pessoas que caem sexualmente não caem
automaticamente. Caem porque estavam brincando com certas coisas, em sua mente,
durante determinado período de tempo. Sempre que esse tipo de pensamento vem,
nós o expulsamos de nossa mente. Há uma tremenda força no hábito, e,
habitualmente, durante muitos anos, sempre que essas tentações se apresentam,
através de uma revista, uma publicidade ou seja lá o que for, nós a recusamos.
Esta fidelidade mental nos torna incapazes de sermos atingidos no que concerne
à nossa relação conjugal.
A vitória não acontece por acaso.
Ela vem como resultado de uma dedicação completa a Deus e uma estratégia de
vida planejada. Nada de valor é ganho sem que se pague um preço. Rendição a Deus é o preço que você paga pela
liberdade. O Dr. Jones conclui: “Uma erupção de desejo passageiro o derrotará,
se você permitir que ele tome controle de sua vontade e se torne algo
permanente. Uma vontade frouxa deixará você frouxo – e vacilante. Desejos
mutuamente exclusivos, competindo dentro de você pelo domínio de sua vontade, o
deixarão anulado – farão de você uma nulidade. Decida-se, em sua mente, a pagar
o preço da vitória, porque, se não o fizer, você precisará decidir-se a ser uma
casa dividida contra si mesma, que não prevalecerá”. Na verdade, uma pessoa não cai na imoralidade
porque não pode impedi-lo. Pelo contrário, ela o faz porque no seu íntimo está
acariciando esse pensamento. Ela não fez um ato de consagração.
Determine
Antecipadamente a Sua Reação
Você não pode esperar até estar
cara a cara com a tentação, para decidir qual vai ser a sua reação. Então será
tarde demais. No banco de trás do carro, na convenção de vendas, na estrada, na
festa, juntos no escritório – esses não são os lugares certos para se meditar,
analisar e decidir a respeito de um “caso”. Emoção demais encontra-se presente.
A decisão deve ser tomada antecipadamente, e só ser confirmada na ocasião da
tentação.
Um representante comercial crente,
meu amigo, estava assistindo a uma convenção de vendedores em New York. Numa
noite livre, ele estava esperando um carro, com outros homens, para conhecer
alguns dos lugares turísticos da cidade. Mas entrou no carro errado. Aqueles
vendedores não estavam indo ver as atrações turísticas, mas dirigiam-se para um
famoso bar dançante. Antes de entender o seu erro, o meu amigo estava a caminho
como os outros, sem possibilidade de voltar. Ao entrar no bar, a cada homem
juntou-se imediatamente uma dançarina, que o tomou pelo braço e o levou a uma
mesa. A jovem que o conduziu era elegante, atrevida e se vestia sedutoramente. “A
medida que a noite continuou, a tentação tornou-se como um rolo compressor”,
ele me contou mais tarde. “Aquela mulher era deliciosa. Eu fiz tudo o que pude
para não agarrá-la impulsivamente e levá-la para um dos quartos, nos fundos.
Mas a coisa que segurou e me protegeu – a única coisa – foi que, antes de ter
saído de casa, eu havia dito, à minha esposa, que era só dela, e que, não
importava que tentações houvesse, pertencíamos somente um ao outro e estaríamos
orando um pelo outro”. A sua decisão antecipada o salvou.
Discipline
Sua Mente com Contra-ataques
Jesus contou a história de um homem
que expulsou os espíritos malignos de sua casa, mas dexou-a limpa e vazia. Um
vácuo. Por fim, os espíritos voltaram com maior força, e a situação ficou pior
que antes. Não é suficiente resistir às forças negativas: precisamos nos esmerar
nas coisas positivas. Se não abrigar o bem, nenhum homem pode conservar por
muito tempo o mal do lado de fora. Paulo diz: “...vence o mal com o bem”.
Contra-ataque é a chave. “Firmem
seus pensamentos naquilo que é verdadeiro, bom e direito. Pensem em coisas que
sejam puras e agradáveis e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras
pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar a Deus e
alegrar-se com elas”. Outra tradução diz: “Fixe os seus pensamentos... pense...
pense... pense”. Isto não significa desengatar a sua mente, deixá-la em ponto
morto e esperar que alguns pensamentos excelentes surjam nela inopinadamente.
Coloque o seu caro em ponto morto, e ele cairá pela ribanceira, descontrolado.
Sonhar com os olhos abertos é perigoso, é um dos desastres mais dispendiosos da
vida. Precisamos nos concentrar deliberada e decididamente no que é puro, digno
de louvor, positivo e honrado.
Toda a nossa sociedade desencoraja
esta prática. O Dr. Lacy Hall realizou uma pesquisa séria e descobriu que
noventa por cento de tudo o que contribui para a vida de uma pessoa é negativo.
Só dez por cento dos pensamentos e conceitos na vida das pessoas são positivos.
Não é de admirar que a maioria delas siga a linha de menor resistência – a lei
do mínimo esforço – e deseje desistir, parar de lutar. A maioria dos
pensamentos que penetram em nosso cérebro e em nossas almas é negativa. É por
isso que precisamos saturar a nossa mente com a Bíblia e outra literatura sadia.
Cante hinos que elevem e encorajem. Arranje um amigo crente positivo, para se
sustentarem mutuamente. Agradeça diariamente a Deus por seu cônjuge, seus
filhos, seus pais e sua família.
Pedro disse: “Cingindo os lombos do
vosso entendimento”. E Isaías afirma: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente
está firme em ti”.
Descubra
o Segredo da Vitória de Cristo
Nosso Senhor foi tentado em tudo,
da mesma forma que nós, e venceu. Ele
enfrentou as tentações como homem, usando os mesmos recursos que estão à nossa
disposição. Se ele tivesse recorrido ao seu poder divino, como Filho de Deus,
poderia ter operado um milagre, para destruir o seu inimigo e suprir as suas
necessidades. No entanto, em vez disso, como ser humano, com todas as emoções,
pressões e fraquezas do homem, ele enfrentou o tentador em todos os pontos.
Durante quarenta dias no deserto, na companhia de animais selvagens, ele foi
exposto a todo o arsenal satânico de tentações. Ele suportou quarenta dias de
provação severa e constante. Durante quarenta dias e noites na tempestade, a
sutileza e a persistência das tentações cresceram. Satanás apertou os laços,
usando todos os argumentos e seduções possíveis, e estava decidido a ter uma
vitória decisiva.
As tentações atacaram o ponto mais
fraco, na hora mais difícil. Quando Cristo estava faminto, devido ao jejum, a
tentação foi propiciar pão, para satisfazer a fome, a necessidade. Quando ele
estava sentindo-se abandonado, a tentação foi testar o amor de Deus e verificar
se ele ainda se importava como o Filho. Quando ele estava sendo subjugado por
uma sensação de importância, a tentação foi transigir, a fim de ganhar poder e
domínio. Em todos os pontos Cristo resistiu firmemente, decisivamente.
Qual foi o segredo de sua vitória?
Três princípios podem ser detectados:
Ele
foi obediente ao seu Pai. Antes da tentação, ele havia se rendido a toda a
vontade de Deus. Este foi o princípio fundamental de sua vida – uma escolha
tranquila e repetida de obedecer a cada passo. A obediência a um programa
planejado por Deus nunca é fácil, mas é o preço da liberdade e plenitude.
Ele
estava cheio do Espírito. O Espírito Santo o havia controlado, de forma que
tornava-se possível a manifestação exterior de sua e dedicação a Deus. O poder
do Espírito santo o capacitava para enfrentar destemida e agressivamente a
tentação, e sair-se incólume.
Ele estava saturado das Escrituras.
Para contra-atacar cada tentação de Satanás, Jesus citou a Bíblia. “Está
escrito” foi sua poderosa arma, em cada batalha. A Escritura fazia parte de sua
vida – memorizada, estudada, usada.
Cristo é o nosso padrão. Obtemos a
vitória, da mesma forma como ele a obteve, através de nossa obediência, do
Espírito Santo e da Palavra de Deus. A nossa dedicação e as nossas decisões
operam em cooperação com o poder de Deus.
Duas meninas estavam atravessando
um campo, a caminho da escola. Um touro bravo começou a persegui-las. Uma delas
gritou de medo: “Vamos parar aqui e orar para que Deus nos proteja”. A outra,
um pouco mais sábia, disse: “Não, vamos correr e orar”. Os pés dela e a força de Deus cooperarão.
Cada tentação requer a sua
responsabilidade e a capacidade de Deus. Deus não fará por você aquilo que já
equipou você para fazer por si mesmo. E, por outro lado, não importa o quanto
você tente, não conseguirá fazer o que somente ele pode fazer.
O
Mito da Grama Mais Verde de J. Allan Petersen, 4ª Edição/ 1990, Juerp, págs.
75- 93.
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