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FECHANDO A PORTA DOS FUNDOS


Introdução.
           É preocupação geral da igreja cristã o fato de que nem todos os seus adeptos são crentes sinceros e fiéis. Os que acabam negando e, consequentemente deixando a fé são rotulados de apóstatas e assim são vistos por todos.
           Assombrando a consciência do líder consciencioso, surge a perturbadora pergunta: O que eu poderia ter feito para salvá-los”?
           Aumenta ainda mais a sua perplexidade o fato de que o índice de apostasia não está diminuindo. Ao contrário, tem extrapolado em muito as expectativas. Esse resultado ameaça a saúde da igreja como um todo.
                                                                                                                                                 
           Onde está o problema?
           Dada a sua complexidade não dá para apontar somente uma única causa, como responsável, mas parte do problema reside no fato de se fazer sempre às coisas do mesmo jeito.
           Aonde é que está escrito não mudarás?
           “Se eu fosse o diabo, faria as pessoas acreditarem que existe somente uma maneira de fazer as coisas, e que todos tem que fazê-las da mesma maneira. A forma de culto por exemplo. ... Posso dormir durante a invocação do culto divino e acordar na bênção final, e ainda assim dizer tudo o que aconteceu durante o mesmo” (George Knight - Conferência Geral do ano 2000 em Toronto - Canadá).
           Não seja avesso a mudanças. Ouse mudar!
           Que tal dedicar-se a transformar os cultos de oração, às quartas-feiras, em um programa extraordinariamente interessante?
           Que tal transformar os cultos de domingo à noite em uma grande festa espiritual para fazer jus ao nome – culto evangelístico?
           Reza um velho ditado popular: “A rotina mata”. Apresento-lhes o novo ditado religioso: “A rotina gera a apostasia
           Não é por acaso que existe um clamor generalizado por músicas e sermões mais agradáveis, edificantes e restauradores!
           O púlpito não é lugar para se tomar sempre “a mesma sopa” ou “o mesmo leite” requentados.
           A pregação cheia do Espírito, que reveste as antigas verdades com uma nova roupagem, certamente lotará os templos novamente.
           O vírus da conformidade ameaça nossa espiritualidade; a semente da vida está mirrando por causa da rotina. Crentes sufocados imploram por um pouco de ar fresco; e nós que guardamos as saídas, devemos deixá-los viver.

           A solução.
           Acabe com a rotina. O índice de apostasia na igreja não é algo que deve perdurar. A apostasia em grande escala não é inevitável; porém, o número de crentes irregulares pode ser reduzido. Mas como?

A tarefa do evangelista. O evangelista deve integrar o pastor, os anciãos e a congregação local no programa evangelístico. Isso tornará a transição mais fácil quando o evangelista partir. Há quase 2000 anos esse problema foi detectado na igreja. Diante do tempo decorrido já podemos considerá-lo quase crônico (I Co 1:11-13).
A parte do pastor e dos anciãos. O pastor e os anciãos devem manter os novos membros integrados ao redil, com o mesmo zelo como se eles mesmos os tivessem trazido para a igreja. O pastor, bem como toda a liderança deve sempre referir-se ao evangelista como alguém que entregou aquela congregação com muito amor aos seus cuidados.
E os novos conversos? Novos conversos devem ser integrados com muito tato ao programa financeiro da igreja. Enquanto o dízimo e as ofertas voluntárias oferecem oportunidade para o desenvolvimento da vida cristã, tempo e tato devem prover uma atmosfera para o crescimento do crente em outras áreas. Só valorizamos aquilo que de fato, ajudamos a tornar-se realidade (Mt 6:21).
  As visitas. As visitas devem ser feitas com o único propósito de manter um contato sistemático com os novos conversos. A maior queixa entre novos conversos trata do abandono a que são expostos logo após o batismo. Sentem-se desanimados porque não mais recebem as mesmas visitas de antes. A realidade é que eles precisam, agora, mais daquele contato pessoal do que antes. Este é o nosso calcanhar de Aquiles e fechar essa fenda estancará o fluxo da apostasia. Só um conselho: não seja extremista (PV 25:17).
Atribuição de responsabilidade. Algum tipo de responsabilidade específica deve ser atribuída aos novos crentes logo depois do batismo. Nada pode prender mais um novo converso do que um bom trabalho. Um leigo ativo tem pouquíssima probabilidade de se apostatar.
 Sugestões. Que tal um ancião dirigir uma classe de estudos bíblicos na igreja às sextas-feiras à noite? Organizando um programa atraente e bem variado, com testes do tipo verdadeiro ou falso, música especial, exercícios bíblicos, prêmios por presença e pontualidade e, a cada noite, ensinar uma doutrina da igreja? Certamente isso não só firmará os novos conversos, como também atrairá muitos visitantes.
Sermão cristocêntrico. Finalmente, nada pode fechar a porta da apostasia, com mais eficácia, do que a pregação bíblica cristocêntrica. Deve-se ter em mente que um sermão é sempre um caminho que conduz a Cristo. Todo sermão deve falar a respeito dEle. Qualquer outra coisa é palestra. O pregador deveria estar mais preocupado em revelar Cristo às massas do que se fazer compreender pelo povo.
         
           Impedir a saída daqueles que estão prestes a pular no abismo por causa de suas fraquezas, temores ou desilusões, requer o melhor de tudo que há em nós. Nada se lucra com lamentações, e nada se ganha em culpar os outros. Somente a ação resoluta e imediata trará resultados.
           Uma alma ganha e perdida é pior do que uma que nunca foi conquistada. Porém, a taxa de apostasia não deve diminuir o entusiasmo daqueles que trabalham pelos perdidos e os conquistam para Cristo.
           Definitivamente, este não é o tempo de parar de batizar porque alguns abandonam a igreja. Ao contrário, tal fato deve contribuir para melhorar os resultados.
           Tampouco devemos nos inscrever na seguinte filosofia negativista: “Se conservarmos o que temos, não será preciso evangelizar os de fora, para crescermos em número”.
          
           Conclusão.
           Os tempos exigem que aumentemos o número de batismos.
           Fechemos a porta dos fundos da igreja à apostasia e as “estrelas da alva cantarão juntas e todos os filhos de Deus se rejubilarão” (Jó 387).
           É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!         
          

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