“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nELE crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo. 3:16 ARA.
“Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos
fiz, façais vós também”. Jo.13:15.
“Deixem
de amar este mundo mal e tudo o que ele
lhes oferece, pois quando vocês amam estas coisas mostram que realmente não amam a Deus”. I Jo. 2:15 BV.
Nossa missão. Como
cristãos, temos uma missão: somos chamados a ir ao mundo com as boas-novas do
evangelho. Está escrito: “E disse-lhes [Jesus]: Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho a toda a criatura”. Mc. 16:15.
Também
somos chamados a permanecer separados do mundo (Ex. 33:16 up), estar
no mundo, mas não pertencer a ele. O texto famoso de João 3:16 informa o
leitor que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito”.
Mas o mesmo autor em outro lugar
afirma: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele” (I Jo. 2:15).
Ao
invés de expressar sentimentos contraditórios, essas afirmações
demonstram as dificuldades que enfrentamos nos esforços de nos
relacionar com um mundo no cumprimento de nossa missão. Um mundo que ignora
largamente os princípios cristãos – ou não tem interesse neles – e é ao mesmo
tempo essencial e perigoso para nosso próprio relacionamento com
Deus.
Compreendendo
a amplitude de nossa missão. Aqueles que conhecem a história da IASD
sabem que demorou algum tempo até que a igreja começar a entender a imensidão
do desafio que Deus lhe deu.
Primeiramente o pequeno grupo de crentes só via uma tarefa muito
limitada: encorajar os irmãos de fé adventistas depois do grande desapontamento
de 22 de outubro de 1844.
Gradualmente, porém, viram que Deus lhes dera uma tarefa muito maior.
Então, buscaram um público mais amplo e começaram espalhar sua mensagem para a
América protestante.
Em 15 de setembro de 1874, o
horizonte alargou-se quando John N. Andrews, o primeiro missionário oficial
partiu para a Europa.
Lá pelo
ano de 1900 a
igreja já havia conquistado um pequeno espaço em muitas partes do mundo e
estava a caminho do que é hoje: um movimento verdadeiramente global que busca
alcançar “cada nação, tribo, língua e povo” (Apoc. 14:6)
com as boas novas do evangelho eterno.
Nossa
atitude para com o mundo. Qual
deve ser a nossa atitude para com o mundo, que neste contexto significa a maior
parte da humanidade para quem Cristo é irrelevante?
Como nós, cristãos ASD, devemos nos
relacionar com o mundo ao redor de nós?
O dilema: pregar
ou ajudar. A questão
não é se os seguidores de Cristo devem concentrar-se em pregar ou ajudar os
necessitados. Não é um assunto de ou/ou, mas de e/e.
Os cristãos compartilham a
responsabilidade universal de ajudar os semelhantes que enfrentam desafios
particulares: fome, sede, analfabetismo, pobreza, más condições de saúde,
prisão, discriminação, etc.
A nossa fé deve produzir boas
obras. O discípulo, Mateus, em Mateus 25:31-46
insiste que devemos por em prática aquilo que professamos, que a fé e o amor
devem ser externados em obras onde as pessoas estão – nas cadeias, nos
cortiços, nos casebres, nos albergues, nas comunidades carentes da periferia,
enfim, em qualquer lugar onde existam pessoas necessitando de auxílio.
Este texto também deixa claro que
por ocasião do grande julgamento muitos serão condenados pelo que deixaram de fazer (v.45-46).
“A omissão é o mais perigoso de todos os pecados. É o pecado que com
mais facilidade se comete, e com mais dificuldade se conhece. É o pecado que
raramente se emenda”. Pe. Antonio Vieira, em um de seus sermões trezentos
anos atrás.
A
omissão é o pecado que se faz não fazendo.
Cristo é nosso modelo. Ele ministrou a todos os aspectos da
condição humana – tanto espiritual como emocional e física. Unicamente
quando aprendemos a nos render e morrer ao pé da cruz estamos em posição de
servir aos outros assim como Cristo fez.
Devemos abraçar o mundo e tudo que
ele oferece?
Obviamente que não. Existem coisas
que até podem ser inocentes, mas que devemos evitar porque podem trazer dano a
nós mesmos ou dar impressão errada a outras pessoas (I Cor. 6:12; I Cor.
10:23).
Devemos evitar o mundo? Deus não nos
concede este direito.
Existe uma outra opção? Não. Devemos
amá-lo certo?
Então,
não recebemos a opção de nos isolar do mundo em pequenas comunidades de crentes
tentando evitar corromper-nos com as influências lá de fora.
Algumas
seitas ou organizações cristãs tentaram ou tentam fazer assim, mas é difícil
ver como defendem essa prática, e a História parece demonstrar que não
funciona. Gen. 11 relata que Deus interveio quando, depois do Dilúvio, os
habitantes do mundo decidiram construir uma enorme fortaleza que os alojasse a
todos. Sabem por quê? Porque Ele não concordava com essa mentalidade de
fortaleza naquele tempo e nem agora. Mal. 3:6.
Se
quisermos ser verdadeiros seguidores de Cristo, teremos que nos misturar com o
povo ao nosso redor.
O desejo
de Cristo contido em uma de suas orações era o seguinte: “Não peço que os
tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal”. Jo. 17:15.
Mas, por outro lado, quanto devemos
amar o mundo? Até que ponto?
Devemos estar tão interessados
indevidamente nele a ponto de imitá-lo em nossa vida e espiritualidade?
Uma vez mais, não recebemos essa
opção. Cabe-nos permanecer no mundo, mas não pertencer a ele. Como no
primeiro caso, alguns tentaram essa abordagem, com resultados semelhantes. Não
podemos nem devemos comprometer nossa fé.
A Bíblia
diz que: “somos embaixadores de Cristo.”
II Cor. 5:20 NLT. Lamentavelmente,
muitos cristãos têm traído seu rei e seu reino. Eles têm estupidamente chegado
à conclusão de que, por viverem na Terra, aqui é o seu lar. Aqui não é o seu
lar!
A Palavra
de Deus é clara: “Amigos este mundo não é
o seu lar, então não fiquem a vontade. Não satisfaçam o ego em prejuízo da
alma.” I Pedro 2:11 Msg.
A
verdadeira religião e o maior de todos os desafios. Tiago conseguiu sintetizar de forma
fantástica, brilhante, em que consiste a verdadeira religião, juntamente com o
maior de todos os desafios da experiência cristã: “A religião pura e sem
mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas
suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”.
Tiago 1:27.
O
significado do amor. Na busca
do significado de tudo isso, talvez devamos examinar o significado do amor.
Como seres humanos, nosso conceito de amor pode ser mal-orientado e até
grosseiro. Nesse sentido, podemos achar que amor significa admiração ou apoio
incondicional por qualquer coisa que o objeto do nosso amor seja ou faça. Se
isso significa que confirmamos os aspectos maus ou destrutivos do ser amado a
ponto de adotá-los por nós mesmos, nosso amor é uma força para o mal, não para
o bem. Ou podemos amar o mundo porque ele nos dá o prazer de que nos achamos
carentes na monótona vida cristã. Nesse caso, nosso amor é egoísta, e novamente
destrutivo a todos os envolvidos.
O amor que o cristão deve
mostrar pelo mundo é um amor que, em última instância, pretende levar o mundo à
salvação, muito semelhante ao amor de João 3:16 e diferente do amor de I João
2:15.
Após tudo o que foi até aqui
compartilhado, você, assim como eu, deve ter chegado a conclusão de que ainda
estamos longe de atingirmos os almejados padrões divinos.
O que está faltando-nos para que as
dificuldades encontradas quando nos relacionamos com o mundo não venham
parecer-nos desafios intransponíveis e acabem por comprometer a nossa salvação?
Talvez estejamos negligenciando o
poder da oração. A oração intercessora deve ser prioritária. A oração
pelos nossos semelhantes, apelando a Deus em favor dos outros, é um dever e
privilégio de todo cristão. E embora nunca saibamos quando e como Deus responderá às nossas orações,
não há dúvida de que elas têm efeito. O apóstolo Tiago declara isso
positivamente: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”
(Tiago 5:16). Na Palavra de Deus existem incontáveis exemplos de homens e
mulheres que oraram por outros. Gen. 20:7; Num. 11:1-2; I Sam. 12:19,23; Mat.
5:44; Col. 1:9; II Tes. 3:1.
“Nossas orações intercessoras
expressam um senso de solidariedade com outros seres humanos. Estamos inseridos
no grande tecido da humanidade. O que acontece aos outros inevitavelmente nos
envolve, e o que fazemos afeta a eles também. Além disso, Deus tem maneiras de
operar no mundo que não podemos entender”. Richard Rice, The Reign of God,
pág. 376.
A vida de Jesus deve ser o
nosso guia. Quando pensamos em como devemos
viver neste mundo e ainda não fazer parte dele, a vida de Jesus deve ser o
nosso guia. Desde a infância até a morte, vemos em Sua vida um desejo constante
de compartilhar a salvação com um mundo pecaminoso.
Jesus era radicalmente diferente e
não buscava obter a aprovação de Seus contemporâneos, líderes religiosos,
amigos ou Sua família.
Mas todos os que O conheciam queriam
estar com Ele. Devemos perguntar-nos se somos o tipo de pessoa de quem os
outros querem estar perto.
Compartilhamos as nossas convicções
com amor, diplomacia, mente aberta, ou declaramos arbitrariamente o que achamos
que é essencial para a salvação?
Precisamos aprender a ouvir mais e a
falar menos (Tiago 1:19).
Quando Cristo esteve na Terra,
associou-se com prostitutas e ladrões. Ele cuidava dos pobres, dos doentes e
necessitados. Estava sempre pronto a ajudar as pessoas em seus problemas.
Que as
ações de Jesus nos ajudem a definir o testemunho. Amém!!!
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