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ABIGAIL - VÍTIMA OU SENHORA DAS CIRCUNSTÂNCIAS?

 

A sabedoria está no coração de quem tem entendimento, mas o insensato nem de longe pode vê-la” (Provérbios 14:33 – A Mensagem). - Leitura: 1Sm 25.

 

            Introdução

            Você já se sentiu vítima das circunstâncias? Já desejou estar em outro lugar? Ou já desejou ser outra pessoa? Comece então, a pensar na personagem desta mensagem.

             A Palavra de Deus é cheia de histórias, não de fábulas engenhosamente inventadas (2 Pe 1:16), onde Deus é sempre o protagonista. Obviamente existem os personagens principais, os coadjuvantes e existem ainda aqueles chamados pelos estudiosos de figuras dos bastidores.

 

            Considerações prévias

            Evidentemente, nem sempre é fácil prestar atenção ao elenco de apoio. A tendência normal de nós, seres humanos é concentrarmos nossa atenção nos atores principais em detrimento a vida desses personagens “secundários”; porém, no fim, esses personagens tiveram parte na história-mestra de Deus e, de suas histórias podemos aprender coisas que nos ajudarão a traçar uma história diferente e melhor para nós.  

            Em suas histórias, os desafios enfrentados por eles, não são muito diferentes dos desafios que enfrentamos atualmente. Por mais que tenham vivido em culturas e ambientes familiares diferentes dos nossos, eles também sentiam a dor de viver num mundo corrompido e manchado pelo pecado, sujeito ao grande conflito entre o bem e o mal.

 

            Contexto histórico

            A narrativa bíblica começa logo após a morte do profeta Samuel (1035 a.C.?). Saul reinou de 1050 a.C. a 1010 a.C. Davi, de 1010 a.C. a 970 a.C.; donde se deduz que os fatos devem ter ocorrido entre 1035 a.C. e 1010 a.C. ou seja, entre a morte de Samuel e o início do reinado de Davi.      

 

           Os personagens

            Abigail – O que não faltam a ela são bons adjetivos: mulher inteligente, habilidosa, cortês, sensata, delicada, organizada, bonita e com um diferencial – temente a Deus. Considerada pelos rabinos do passado (líderes religiosos de comunidades judaicas e estudiosos da religião judaica, como “uma das quatro mulheres mais bonitas do mundo antigo, junto com Sara, Raabe e Ester 1.

            Alguns escritores cristãos a consideram o estereótipo da mulher virtuosa de Provérbios 31.  “Mulher virtuosa quem a achará?” (Pv 31:10 – ACF).

            Nabal – Que contraste! Homem egoísta, insolente, desagradável, genioso, temperamental, míope, insensível, abusivo, mesquinho, rico; com um agravante – alcoólatra. Descendente de Calebe, em nada semelhante a seu antepassado estimado. Ele pode ter sido muito rico, mas seu nome ou apelido, que significa “bobo” ou “tolo,” refletia com precisão seu caráter.

            Há nas Santas Escrituras um conselho contra a influência dos pagãos: “Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?” (2 Co 6:14 – NVI).

            Abigail não se pôs em jugo desigual; seus pais a colocaram.

            No tempo de Abigail e Nabal, os casamentos eram pré-arranjados, e então, Abigail certamente não teve escolha a esse respeito. As circunstâncias pareciam falar contra ela em um casamento como esse. As condições eram desfavoráveis, mas, no vislumbre que temos da vida de Abigail, somos encorajados a não nos tornar vítimas das circunstâncias.

            Abigail não tentou escapar à realidade. Era realista sobre sua situação (1Sm 25:25), mas não permitiu que as circunstâncias a arruinassem. Decidiu crescer onde havia sido plantada.

 

             Alguém que ouça

            A palavra de Deus é extremamente inequívoca ao asseverar que: “todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1:1 – ACF); “Prestem atenção e ouçam a minha voz; estejam atentos e ouçam o meu discurso” (Isaias 28:23 – NAA).

            As Escrituras destacam a necessidade de ouvir e nos aconselham a ouvir a voz de Deus, os conselhos dos sábios e as razões dos humildes.

            A maioria das pessoas não tem problemas em falar. Para dizer a verdade, a maioria de nós fala demais. Com seria melhor se aprendêssemos a ser bons ouvintes! E como é importante ouvir!

            Quando foi a última vez em que sua falta de ouvir atentamente o colocou em dificuldades? Já virou refém de suas palavras? Como você pode aprender de seus erros?

            Os servos reconheceram que seu senhor era “um homem tão mau que ninguém [conseguia] conversar com ele” (1Sm 25:17, NVI). Então, buscaram alguém que os ouviria – Abigail.

 

             O fato

             Davi e seus homens estavam fugindo de Saul. Enquanto se refugiaram no deserto de Parã, eles se encontraram com os pastores e os animais do rico proprietário Nabal. Em vez de se aproveitarem dos animais, Davi e seus homens protegeram os pastores e animais. Finalmente, chegou o tempo da tosquia das ovelhas, e havia um espírito festivo no ar. Essa era uma ocasião de gratidão e oferecimento de presentes. Sabendo disso, Davi enviou dez de seus homens para pedir provisões.

 

            Davi ficou tão ofendido pela resposta de Nabal? O que Davi entendeu? 1Sm 25:1-11 Nabal ignorou o bem que Davi havia feito aos seus homens e ainda zombou dele.

 

            Nabal estava verdadeiramente confirmando o significado de seu nome. Ele chamou zombeteiramente os homens de Davi de escravos fugitivos e os enviou de mãos vazias. Nabal deixou muito claro que pensava ser Davi um ninguém. Em sua mente, Davi era tão insignificante que não valia a pena perguntar de onde vinha nem o que fazia. Embora Davi demonstrasse surpreendente domínio próprio com o assassino rei Saul, à nossa semelhança, ele se sentiu profundamente ferido quando lhe foi dito que ele não era ninguém e não valia nada. Tudo isso foi agravado pelo fato de que ele havia mostrado generosidade e estava sendo recompensado com insultos e humilhação.

Nabal ignorava totalmente com quem estava lidando. Aparentemente, ele conhecia alguns dos fatos. Sabia quem era o pai de Davi e que Davi estava fugindo de Saul, mas era tão egoísta e convencido que não foi capaz ou não estava disposto a ouvir seus servos. Os servos de Nabal tinham vivido próximos aos homens de Davi e sabiam que eram uma força de batalha com que podiam contar.

 

             Ações falam mais alto que palavras

             Existem algumas lições que podem ser imediatamente tiradas dessa história. A primeira lição é que não basta ouvir. A segunda, que é preciso agir e a terceira, que é necessário agir com presteza.  É Abigail agiu com presteza e sabedoria para defender o marido, sua casa e seus servos.

            Depois de ter ouvido o relatório do servo, Abigail imediatamente começou os preparativos. Ela fez mais que ouvir; ela agiu. O narrador de 1 Samuel 25:18, 19 detalha a lista de materiais que ela preparou: passas, figos, ovelhas prontas para ser cozidas, cereais tostados, pão e vinho. Esses materiais eram luxuosos e provavelmente mais do que os dez homens de Davi esperavam.

            No calor da hora, sem parar para ouvir Deus nem a razão, Davi e seus homens marchavam para se vingar do insulto. O número de homens que ele levava consigo reflete quão zangado ele estava. Davi levava consigo dois terços de suas forças.

            Quando reagimos com ira, é muito difícil apresentar uma resposta apropriada; normalmente, reagimos com exagero (Ef 4:26). Abigail não enviou simplesmente seus presentes e então esperou para ver o que acontecia. Ela assumiu a responsabilidade e saiu a caminho para encontrar Davi. Apesar de ser casada com um homem dominador e precipitado, ela não permitiu que ele esmagasse seu espírito. Não se permitiu ser vítima. Ela ainda manteve o senso de valor próprio e se prontificou a arriscar a própria vida a fim de proteger sua casa. Uma mulher com jumentos carregados de alimentos e alguns servos, indo enfrentar 400 homens armados e zangados.

            Enquanto isso, Nabal, o tolo, também estava ocupado. Enquanto sua valente esposa saía para enfrentar um exército irado, ele estava em casa festejando e se embriagando.

             Os versos Mt 7:21; 25:31-46; Tg 2:14-17 falam sobre o significado de nossas ações, ou seja, as ações falam muito mais alto que as palavras. “Aquilo que você é troveja tão alto que não posso ouvir o que você diz2.

            Falar pode ser fácil, mas nossos atos confirmam ou contradizem o que dizemos. Os atos de Abigail, Davi e Nabal dizem muito sobre o que eles pensavam, quem era importante para eles, e que espírito motivava seus atos.

             Se alguém fosse tirar conclusões somente por seus atos sobre você e que tipo de pessoa é você, que conclusões tiraria, e por quê? O que sua resposta lhe diz sobre você mesmo?

 

             Tempo de falar

             No livro de Eclesiastes existe um capítulo intitulado “Tempo para tudo” e lá está escrito que: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”, inclusive: tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de ficar calado e tempo de falar (Eclesiastes 3:1,7).

            Em um vale entre montanhas, Abigail se encontrou com as forças de Davi. Ela se curvou diante dele e o tratou como se já fosse rei.

            Em 1 Samuel 25:23-31. Contrasta-se as palavras de Abigail com a resposta de Nabal (v. 10, 11). Diferentemente de Nabal não avaliou a realidade do bem que lhe havia sido feito nem a gravidade do perigo em que incorria e que se embebedava, Abigail percebeu a seriedade da situação e agiu prontamente para afastar o perigo.

            Abigail se dirigiu a Davi como “meu senhor”. Talvez isso já servisse como lembrete a Davi de que ele deveria se comportar de maneira adequada a um rei ungido de Deus e não como chefe de um bando de saqueadores. Abigail foi capaz de promover nobreza em Davi porque não havia perdido o senso de valor próprio. Foi isso que a capacitou a ver o melhor em Davi e encorajar nele um comportamento piedoso.

            Qual foi a primeira coisa que Abigail disse a Davi? O que suas palavras nos fazem recordar? O que ela tentou fazer? Êx 32:32; Et 7:2-4; Is 53:12; Dn 9:15-19; Rm 8:34. Assumiu a culpa do marido e intercedeu por todos de sua casa.

            A intercessão é marcada por um denominador comum: aquele que intercede deve se identificar muito de perto com aquele por quem está intercedendo, quer o intercessor obtenha proveito na transação, quer não. A pessoa deve estar disposta a pôr de lado seus próprios interesses egoístas e pedir o que for melhor para a outra pessoa. Abigail poderia ter visto essa ameaça à vida de Nabal como um meio de se livrar de seu marido e a oportunidade de recuperar a liberdade. Em vez disso, ela escolheu se identificar com ele e implorar por sua vida indigna.

             Talvez a melhor forma de intercessão seja a oração intercessora. Oramos pelas pessoas que estão impossibilitadas ou pouco dispostas a orar por si mesmas. Temos que pôr de lado nossas próprias necessidades, carências e desejos e falar com Deus em favor dessas pessoas. Nossas orações dão a Deus o motivo para invadir fundo o território de Satanás. É quando oramos pelos outros que percebemos a imensa compaixão que Deus tem por nós. Podemos aprender a bendizer aqueles que nos maldizem e orar por aqueles que nos caluniam (Lc 6:28).

            

             O que Abigail se recusou a fazer

             Frequentemente, as pessoas têm medo de uma pessoa abusiva. É comum acobertarem o abusador, mentir e fingir a fim de satisfazê-lo.

            Abigail foi muito franca a respeito do marido. O que isso revela sobre ela? 1Sm 25:25, 26. Como este fato torna sua intercessão em seu favor ainda mais notável? Abigail foi franca a respeito dos defeitos do marido e assumiu a culpa por ele.

            Embora Abigail estivesse disposta a arriscar a própria vida para salvar sua casa, ela também manteve sua integridade pessoal. Não mentiu em favor de Nabal. Ela sabia que o problema era ele, e não teve medo de dizer isso, mesmo em público.

            Frequentemente, aqueles que se encontram em um relacionamento abusivo começam a se sentir responsáveis pelas ações do abusador e se sentem culpados. Abigail não fez assim. Ela mantinha um forte senso de valor próprio. Esse senso de valor derivava de seu senso de missão. Ela não se vangloriava por haver detido Davi e levar-lhe presentes, mas se considerava simplesmente um instrumento de Deus para fazer Davi mudar de ideia. Por saber quem era, Abigail estava em condições de encorajar Davi a ser tudo o que podia ser. Ela lhe lembrou que lhe cabia travar as batalhas do Senhor e não desperdiçar seu tempo e energia em busca de vingança por insultos pessoais. A observação de Abigail de que “não se ache mal” em Davi (1Sm 25:28) era tanto uma declaração como uma advertência para que Davi não se desqualificasse para o grande ofício para o qual havia sido ungido – o de ser rei.

            Abigail também lembrou a Davi que, com a vida firmemente dedicada a Deus, ele não tinha necessidade de salvar as aparências nem defender sua honra. Deus faria isso por ele.

            Lembre-se, também, de que, no mundo de Abigail, nem o divórcio nem mesmo a separação eram aceitáveis para uma mulher. Do ponto de vista terreno, ela “pertenceria” a seu marido até o dia de sua morte. Porém, Abigail não considerava a vida inútil nem uma prisão permanente. Ela cria que Deus lidaria com seu marido a Seu próprio tempo.

            O discurso de Abigail mostra que a sabedoria pode ser encontrada em qualquer situação da vida quando nos rendemos a Deus. A sabedoria não é uma teoria, mas um modo prático de viver e reagir aos que nos cercam.

 

             A grandeza de Davi

             Ao contrário de muitos de nós, Davi aceitou a crítica construtiva e observou nas palavras da Abigail a operação de Deus. Em um momento, ele percebeu em perspectiva as consequências de seus propósitos, e foi grato por ter Deus intervindo e impedido que ele cometesse um banho de sangue. Abigail voltou para casa só para descobrir que, mais uma vez, seu marido não estava em condições de ouvir, e então, esperou sabiamente até a manhã seguinte para informá-lo do que ocorrera.

            Nabal ficou aterrorizado. Muito provavelmente, ele tenha sofrido um ataque cardíaco e morreu dez dias depois. Davi não se esqueceu de Abigail e enviou homens com uma proposta de casamento.

            A vida de Abigail não foi nenhum conto de fadas, mesmo depois de seu casamento com Davi. Como era costume naqueles dias, Davi teve muitas esposas, e a vida familiar estava longe do ideal de Deus. Abigail foi a segunda esposa de Davi e teve que estar constantemente em fuga do rei Saul. Em Ziclague, ela, juntamente com as famílias de outros homens, foi capturada pelos amalequitas e, mais tarde, foi salva. É aqui que finalmente desaparece Abigail da narrativa bíblica. Todos esperaríamos ver essa bela e sábia mulher ao lado do rei Davi, desempenhando um papel importante no desenvolvimento posterior da sua história, mas, ao contrário, só existe silêncio. Tudo o que sabemos além disso é que ela teve um filho chamado Daniel (1Cr 3:1) ou Quileabe (2Sm 3:3), que era o segundo na linha do trono em ordem de nascimento. Porém, tanto Abigail como seu filho desaparecem da cena. Alguns estudiosos acreditam que tanto ela como seu filho morreram violentamente. Devido aos estupros, assassinatos, revoltas e rebeliões em que, mais tarde, os filhos mais velhos de Davi estiveram envolvidos, a morte prematura talvez não fosse a pior que poderia acontecer.

 

             Conclusão

             Como seguidores de Jesus, nossa vida também não é necessariamente um conto de fadas. Deus sabe o fim desde o princípio e, portanto, nem todas as voltas de nossa vida precisam ter sentido para nós. Mas precisamos confiar na bondade de Deus.

            E assim sendo, que com a presença do Espírito Santo em nossas vidas, possamos alimentar sentimentos de paz, conforto e luz em nossos corações e que estes transbordem em bênçãos para os outros!

            É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!

 

 

 

Referências Bibliográficas:

1 – Assad Bechara, Abigail Angelical Sabedoria, pág. 42, 1ª Edição do Autor, 2015.

2 – J.M. Price em A Pedagogia de Jesus, pág. 9, JUERP, Ed. 1979.

 

 

 © Nelson Teixeira Santos

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