“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós”. João 14:16-17.
“Os
Adventistas do Sétimo Dia crêem que... Deus, o Espírito Santo, desempenhou
uma parte ativa com o Pai e o Filho na Criação, Encarnação e Redenção. Inspirou os escritores das
Escrituras. Encheu de poder a vida de Cristo. Atrai e convence os seres
humanos; e os que se mostram sensíveis são renovados e transformados por ele, à
imagem de Deus. Enviado pelo Pai e pelo Filho para estar sempre com Seus
filhos, ele concede dons espirituais à igreja, a habilita a dar testemunho de
Cristo e, em harmonia com as Escrituras, guia-a em toda a verdade”. – Crenças
Fundamentais, 5.
A Palavra de Deus revela que o Espírito Santo é uma pessoa, e não uma força ou poder impessoal. Como um dos membros da Trindade (Divindade) Atos 5:3-4; I Cor. 2:10-11, o Espírito Santo é plenamente uma pessoa divina. Sempre atuou com o Pai e o Filho neste mundo. A 1ª atuação está registrada em Gên. 1:2.
Os cristãos primitivos O
enxergavam como uma pessoa: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”.
Atos 15:28.
Jesus também falou dEle como uma pessoa distinta: “Ele
Me glorificará”, disse Jesus, “porque há de receber do que é meu, e
vo-lo há de anunciar”. João 16:14.
As Escrituras referindo-se ao
Deus triúno descrevem o Espírito Santo como uma pessoa. Mat.28:19; II Cor. 13:14.
O Espírito Santo possui
personalidade.
·
Ele
contende. Gênesis 6:3; Atos 7:51.
·
Ensina.
Lucas 12:12.
·
Convence.
João 16:8.
·
Dirige
os assuntos da igreja. Atos 13:2-4.
·
Auxilia
e intercede. Romanos 8:26.
·
Inspira.
II Pedro 1:21.
· Santifica. I Pedro 1:2.
· Impede a pregação. Atos 16:6.
A personalidade do Espírito Santo é evidenciada nestas passagens bíblicas que Lhe atribuem atividades que não podem ser executadas por um mero poder, influência ou atributo de Deus. Somente uma pessoa pode realizá-las.
É possível que a pessoa e obra do Espírito Santo sejam menos compreendidas da dos membros da Trindade (Divindade). Um dos motivos é a natureza de Sua obra apontar Cristo e o Pai em vez de Si mesmo.
O Espírito Santo é verdadeiramente Deus.
As Escrituras vêem o Espírito Santo como sendo Deus. Pedro afirma que quando Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo eles não mentiram a um ser humano, mas a Deus. Atos 5:3-4.
Atrás da visível igreja, à qual fora feito o voto, havia Alguém que a ela presidia como representante de Cristo, e o qual por um tremendo ato de juízo, fez conhecida a Sua presença na igreja.
Esta lição destina-se à igreja em todos os tempos. Ficou como uma solene advertência contra o pecado de quebrar um voto, mentindo assim ao Espírito Santo. O Espírito Santo está na igreja verdadeira agora tão seguramente como esteve por ocasião do Pentecostes.
Jesus definiu o pecado imperdoável como sendo a “blasfêmia contra o Espírito Santo”, dizendo: “Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”. Mat. 12:31-32. Tal afirmação somente pode ser verdadeira se o Espírito Santo realmente é Deus.
As Escrituras associam atributos divinos ao Espírito Santo.
· Ele é vida. Paulo refere-se a ele como o “Espírito de vida”. Rom. 8:2.
· Ele é verdade. Cristo identificou-O como o “Espírito de verdade”. João 16:13.
As expressões “amor do Espírito” (Rom. 15:30) e o “Santo Espírito de Deus” (Efésios 4:30) revelam que amor e santidade constituem parte de Sua natureza.
· O Espírito Santo é onipotente. Distribui os dons espirituais “como Lhe apraz, a cada um, individualmente”. I Cor. 12:11.
· É onipresente. Ele irá “habitar” com seu povo “para sempre”. João 14:16.
· É também onisciente, uma vez que “o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” e ”as coisas que ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”. I Cor. 2:10-11.
A obra do Espírito Santo.
As obras de Deus são também associadas ao Espírito Santo. Tanto a criação quanto a ressurreição envolveram-nO. Disse Jó; “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”. Jó 33:4.
O salmista acrescenta: “Envias o Teu Espírito e eles são criados”. Salmos 104:30.
Paulo exclamou: “Se habita em vós o Espírito dAquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos, vivificará também os corpos mortais, por meio do Seu Espírito que em vós habita”. Romanos 8:11.
Somente um Deus onipresente e pessoal – e não uma influência impessoal, ou um ser criado – poderia executar o milagre de trazer o divino Cristo à existência através de Maria.
No Pentecostes o Espírito tornou o Deus-homem, Jesus, universalmente presente a todos os recipientes que desejaram recebê-Lo.
Por assumir nossa humanidade para sempre, Cristo já não podia estar presente fisicamente em todo o lugar simultaneamente. Através do Espírito Santo, Ele, Cristo, podia agora estar presente constantemente em todo lugar. (Ver João 14:16-18).
O Espírito Santo é considerado em pé de igualdade com o Pai e o Filho na fórmula batismal (Mat. 28:19), na benção apostólica (II Cor. 13:14) e na dissertação a respeito dos dons espirituais (I Cor. 12:4-6).
“A obra-chave do Espírito Santo que procede do Pai e do Filho é atrair a atenção para o Filho. E ao enaltecê-Lo, o Pai é revelado e glorificado.” Woodrow W. Whidden, professor de religião na Andrews .
A missão do Espírito Santo.
Após Jesus haver retornado para o céu, o Espírito Santo assumiu um papel que anteriormente não tivera. Como representante pessoal de Cristo Ele devia levar a presença de Cristo às pessoas em todo lugar. Foi assegurado aos discípulos e extensivamente a nós: “Não vos deixarei órfãos”. João 14:18.
O Espírito prometido.
O povo de Deus, durante o período do VT, anelava pela vinda de dois membros da Trindade (Divindade): Jesus o Messias e o Espírito Santo, a “chuva serôdia” (Joel 2:23,28). Anteviam o dia futuro quando esses membros da Trindade, de formas diferentes, viriam a Terra como não o haviam feito anteriormente.
Sem dúvida os crentes genuínos sempre tiveram consciência da presença do Espírito Santo nos tempos do AT habilitando certos indivíduos, dando-lhes capacidade para que desempenhassem tarefas especiais (Num. 24:2; Juízes 6:34; I Sam. 10:6).
Por vezes Ele aparece “em” algumas pessoas (Êxodo 31:3; Isaias 63:11), mas a profecia de Joel indicou que chegaria o tempo em que o Espírito seria “derramado sobre toda carne”. Joel 2:28.
Quando João Batista anteviu o ministério de Jesus que predice sobre Jesus e o Espírito Santo?
Não até que Jesus, por Sua morte, reconquistasse o mundo das mãos do usurpador poderia Ele derramar o Espírito Santo sobre o mundo redimido. Mateus 3:11.
De fato, a aceitação de Seu sacrifício era também um pré-requisito. João declara: “Pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. João 7:39. Isto ocorreria após a Sua ascensão.
Já, porém, durante os quarenta dias após a ressurreição, Ele soprou o Espírito sobre eles (ver João 20:22). Ele não podia esperar. Mas somente no Pentecostes, cinqüenta dias após o Calvário, o Espírito veio na plenitude. Então a era cristã rompeu com todo o poder da presença do Espírito (ver Atos 2:2, 4).
Sua missão ao mundo.
·
Convencer o mundo do pecado, da justiça
e do juízo... João 16:8 produzindo arrependimento e conversão; a experiência do
novo nascimento através do batismo da água e do Espírito Santo, conforme João
3:5.
Sua
missão em favor dos crentes.
A
maioria dos textos bíblicos referentes ao Espírito Santo diz respeito a seu
relacionamento como o povo de Deus:
· Dirigir a mente no estudo da Palavra de Deus, guiando-a em toda a verdade. João 14:26; 16:13. Ele nos ensina. Não algumas coisas, mas, todas as coisas.
·
Recordar as verdades ou as passagens
bíblicas já estudadas, em momentos de necessidade ou emergência. João 14:26;
Marcos 13:11 Capacita-nos a dar testemunho de Cristo.
· Interceder por nós perante o Pai quando oramos, interpretando e aperfeiçoando nossas súplicas. Romanos 8:26.
·
Dar-nos o testemunho ou a certeza
interna de que somos filhos de Deus. Rom. 8:16
·
Habilitar os filhos de Deus a proclamar
com êxito e com poder o Evangelho. Atos 1:8
Crer e reclamar a presença e poder
do Espírito devem ser experiências diárias na vida de cada crente. “Manhã
após manhã, ao ajoelharem-se os arautos do evangelho perante o Senhor e Lhe
renovarem seus votos de consagração, conceder-lhes-á Ele a presença de Seu
Espírito, com seu poder revivificante, santificador. Ao dedicarem-se aos
deveres do dia, têm a certeza de que a invisível agência do Espírito Santo os
habilita a ser ‘cooperadores de Deus’”. AA, pág. 56.
Que esta seja a minha, a sua, a nossa experiência!
É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!
© Nelson Teixeira Santos
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