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ADORAÇÃO EM ESPÍRITO E EM VERDADE



“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24 – ACF)



            Introdução
            A adoração verdadeira é devida única e exclusivamente a Deus (pelo simples fato dEle ser o Criador, o Mantenedor e o Redentor, na pessoa de Jesus Cristo, o qual quando esteve entre nós declarou: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás” {Deut  6,13} (Mateus 4:10 – VC).
            Segundo o texto chave acontece em dois níveis distintos: no plano espiritual e no plano racional. Ela também pode ser pública ou privada.

            Objetivo da mensagem
            Desmistificar o termo adoração, mostrando que a verdadeira está ao alcance de todo (a) crente. É de suma importância a sua compreensão, pois a partir da queda passou a ser fator determinante no processo da salvação.

            Adoração pública
            Adoração pública é uma congregação de professos cristãos com o propósito de louvor, agradecer e receber instruções da Palavra de Deus, encorajando um ao outro na fé - Hebreus 10:22-25.” (Horne P. Silva,  Culto e Adoração, pág. 178).

            Adoração privada
            É aquela que você faz no âmbito pessoal, quando você está só, livre de olhares curiosos, contudo, ciente que além de Deus, todo Universo observa suas ações e reações. Ela acontece quando você está meditando, orando, andando, negociando, trabalhando ou mesmo descansando.  Em nossa experiência cristã sempre é hora de adorar!

            Adoração no plano racional
            A adoração que ocorre no plano racional tem a ver com a razão, com a lógica, com o entendimento, com o conhecimento. É o lado prático da adoração. Aparentemente é mais fácil de exercê-lo; entretanto por habitarmos um mundo corrompido pelo pecado e sendo nós ainda pecadores, as coisas tendem a complicar-se. O apóstolo Paulo que o diga: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Romanos 7:19 – ACF). 
            Desde a queda, no Jardim do Éden, trata-se de um dos maiores dilemas, talvez
o maior, enfrentado por todos aqueles que se dizem seguidores de Cristo – os cristãos.

            Plano espiritual
            Já a adoração que acontece no plano espiritual tende a ser mais subjetiva, intimista, emocional; dificílima de ser definida. É muito mais fácil vivenciá-la, senti-la, do que explicá-la.
            Aqui, a lógica humana não faz o menor sentido, não funciona. É dele (do apóstolo Paulo) também, o texto que dá o embasamento bíblico: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14 – ACF).
            Portanto, que me perdoem os descrentes, os pagãos, os ateus e os agnósticos, pois tanto quanto os dons espirituais, a verdadeira adoração é prerrogativa de crente! Que privilégios têm os cristãos!
            É aqui que entra um componente importantíssimo: a fé!
            Mais um tremendo desafio que começa já no primeiro versículo, do primeiro capítulo, do primeiro livro da Bíblia, pois está escrito: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1 – ARA).
            O que foi que Deus criou?  E você acredita nisso? Se a resposta for negativa, permita-me informar-lhe que você está ou tem um sério problema! Se for positiva, aleluia, glória a Deus! Você pode continuar lendo a Bíblia.

            Um (dois?) princípio bíblico sempre envolvido
            Sempre que Deus pede alguma coisa, aquilo (o pedido, a ordenança, o mandamento) não deve jamais ser considerado como um fim em si mesmo. Deus não o considera assim! Por detrás do pedido divino sempre existe um objetivo maior e melhor.

            Às vezes Ele não explica as razões de tal pedido, simplesmente ordena.
            Exemplificando: Lá em Gênesis 12, quando Deus chamou Abrão e lhe fez promessas, Ele não revelou a Abrão os reais motivos da saída da Terra de Ur na Babilônia.
            Quando em Levítico 11 Ele baixou as leis sobre os animais limpos e os imundos, Ele também não revelou os motivos de tal classificação.

            Por que será que Ele agiu assim? Qual o motivo? Certamente para deixar um espaço para o exercício da fé. É evidente, novamente, a importância da fé. Não é a toa que em Hebreus 11 encontramos 19 vezes a expressão “pela fé...”.

            Contudo o outro lado também é digno de nota. É sabido que um dos objetivos das Santas Escrituras é a nossa salvação. Portanto, a Bíblia não é um livro de charadas, pegadinhas ou coisa do gênero. Foi o próprio Jesus quem afirmou: “Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32 – NTLH).

            Desde o Gênesis até o Apocalipse sempre vamos encontrar Deus enfatizando a necessidade da fé e Ele explica o motivo: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6 – ACF).
            Igualmente quando Ele pede que sejamos pacíficos (pacificadores) e consagrados (santificados) Ele diz a razão: Josué 3:5 ;  Mateus 5:9 ; Hebreus 12:14).
            Também está escrito: “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1:16 – ACF).
            O texto é enfático ao afirmar que “está escrito”, mas onde? Levítico 11:45; 19:2.
            Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pedro 1:15 – ACF). Por esta razão a Bíblia nos convida, mais de uma vez, a “adorarmos a Deus na beleza de sua santidade”: 1 Crônicas 16:29; Salmos 29:2; Salmos 96:9 .

            Retrato do mundo atual
            Só existe um problema. Nós não estamos mais vivendo no Jardim do Éden. O apóstolo Paulo ao escrever uma epístola ao seu verdadeiro filho na fé: 1 Timóteo 1:2, assim relatou a condição do mundo perto do fim:Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes” (2 Timóteo 3:1-5 - NVI)

            Exortações à santidade
            Bom seria se pudéssemos passar 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias do mês ou o ano inteiro enclausurados entre as quatro paredes da igreja (templo), contudo nem tudo está perdido, ainda há esperança!

            Jesus nos faz lembrar de que somos “o sal da terra”, a “luz do mundo”. Sal dentro do saleiro traz algum resultado prático? Vela acesa debaixo da mesa resolve o problema da escuridão? Em outras palavras, é aqui neste mundo arruinado pelo pecado que eu e você teremos de testemunhar, pregar, adorar a Deus de uma forma menos acanhada, mais ampla, mais prática, mais dinâmica, mais convincente, para que possamos cumprir a missão que o Senhor nos confiou!
            Por isso somos chamados pelo Céu a viver de modo digno, a viver em novidade de vida - Romanos 6:4, por isso somos exortados a viver em santidade - Efésios 4:25-32

            Conclusão
            Por estas razões aqui expostas e por mais duas: uma o fato de você ser brasileiro (a) e outra por ser crente, em nome de Deus, desejo desafiá-los individualmente a não desistir nunca, a perseverar na fé, a ter bom ânimo, a vencer o mundo, pois, ainda nas palavras do apóstolo Paulo, “nunca tive a menor dúvida de que o Deus que iniciou esta grande obra em vocês irá preservá-los e conduzi-los a um final grandioso, no dia em que Cristo Jesus se manifestar” (Filipenses 1:6 – A Mensagem).
            É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!






© Nelson Teixeira Santos
             





 

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