"Portanto ide, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28:19-20).
Ainda que hoje em dia haja uma
extensa variedade de programação autointitulada evangélica, permanece aceso o
debate sobre a utilização dos meios de comunicação de massa pelas entidades
religiosas. Muito se fala sobre a baixa qualidade da programação em geral, mas
é fato que o mesmo meio que transmite exemplos de corrupção e desvios de
conduta, também transmite mensagens diretas e claras em prol da elevação dos
padrões morais da sociedade, através da Igreja e sua doutrina. A virtude dos
meios de comunicação de massa está na possibilidade de se atingir mais
rapidamente e em grande número ao público a que se destina a mensagem religiosa
– seja ela para o bem ou para o mal.
É preciso que fique claro que o mal não
reside no meio utilizado para transmitir a mensagem, mas na mensagem em si. É
de opção e responsabilidade do autor incluir insinuações cada vez mais
explícitas de que o adultério é algo - além de tolerável - desejável por homens
e mulheres. Idem para os relacionamentos homossexuais, a gravidez
extramatrimonial, a precocidade da sexualidade infantil, a rebeldia dos filhos
em relação aos pais. É de opção e responsabilidade dos concessionários desses
meios de comunicação de massa permitir que esse conteúdo seja veiculado diante
dos olhos e ouvidos de nossos familiares e amigos, em troca de faturamento de
cotas de patrocínio.
No entanto, somos hoje uma
sociedade cristã apática e passiva diante dos gritantes exemplos de corrupção e
desvio moral, injetados em doses cavalares no caráter de nossos filhos. Não me
surpreenderia saber que os pais consultados a esse respeito optariam por não
permitir que seus filhos assistissem a esse tipo de programação. O discurso é
um, a prática, no entanto, é outra. A culpa não está no meio de comunicação de
massa, mas em quem veicula informação abominável e em quem assiste e permitir
assistir a esse tipo de programação corrosiva.
Preferimos dizer que a TV, o
rádio, a internet e as revistas são coisas ruins, que devemos restringir o
acesso de nossos filhos ao conteúdo que veiculam. Dizemos e não realizamos de
fato, em nossa grande maioria. Pior que isso: abdicamos de ocupar esse espaço
com programação saudável. Abdicamos de promover o evangelho através desses
meios de comunicação e ainda temos a pachorra de murmurar pela igreja cada dia
mais vazia, cada dia mais fria, cada dia mais ausente de jovens, salvo cada vez
mais raras exceções.
Se há cerca de cinquenta anos
o evangelismo encontrava seus limites nas tiragens das publicações evangélicas
e ao tempo diminuto dos programas nas rádios AM, hoje, com o advento da
internet, do correio eletrônico, das rádios FM e dos canais de TV aberta e por
assinatura amplamente disseminadas pelos lares, resta-nos a pergunta: O que nos
falta para que ocupemos esse espaço com o entusiasmo que o evangelho merece?
Por que insistimos na tendência de sempre estarmos um passo atrás das
tecnologias que alargam os horizontes para a nossa inevitável missão de
comunicar o evangelho a toda criatura?
Os meios de comunicação de
massa têm sua virtude no binômio "quantidade-velocidade", ou seja,
temos hoje a possibilidade de alcançarmos um número maior de pessoas a uma
velocidade nunca antes imaginada. Se não o fazemos, é porque nos falta a visão
para mudarmos nosso posicionamento. Hoje, sentamos em frente à TV e ao
computador ligado na internet com um indisfarçável sentimento de culpa pelo que
nos é oferecido por entretenimento, quando nós é que deveríamos produzir a
programação da TV e o conteúdo majoritário da internet e demais meios de
comunicação de massa, com o firme propósito de cumprirmos o "Ide!" de
Jesus. Nossa ocupação desses meios hoje, ainda que mais expressiva que antes, é
tímida, quando deveria ser intensiva, dada a natureza da nossa missão.
Face ao tempo que corre e aos
desafios que hoje se apresentam, podemos afirmar que é vital não só a
permanência, mas a expansão da presença da Igreja de Cristo na programação dos
meios de comunicação de massa, como forma de alcançar cada vez mais pessoas,
mais rapidamente, com a boa nova da Palavra de DEUS, atuando decisiva e
positivamente no destino da humanidade.
Robson Lelles - Executivo em
Estratégias de Negócios. Pós-graduado em Marketing; graduado em Administração e
Informática. Membro da PIB em Inhaúma, RJ. tel:(21)8858-5492 -
robson.lelles@gmail.com
Comentários
Postar um comentário