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QUE DEUS É ESSE?

 

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:13).

 

Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro, O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o Senhor teu Deus te dá em herança” (Deut 21:22-23).

 

            Introdução

            Os Adventistas do Sétimo Dia creem que...

            Deus, o Filho Eterno, encarnou-Se em Jesus Cristo. Por meio dEle foram criadas todas as coisas, e é revelado o caráter de Deus, efetuada a salvação da humanidade, julgado o mundo. Sendo para sempre verdadeiramente Deus, Ele se tornou também verdadeiramente homem, Jesus, o Cristo. Foi concebido do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria. Viveu, e experimentou a tentação como ser humano, mas exemplificou perfeitamente a justiça e o amor de Deus. Por seus milagres manifestou o poder de Deus e atestou que era o Messias prometido por Deus. Sofreu e morreu voluntariamente na cruz por nossos pecados e em nosso lugar, foi ressuscitado dentre os mortos e ascendeu para ministrar no santuário celestial em nosso favor. Virá outra vez, em glória, para o livramento final de Seu povo e a restauração de todas as coisas. (João 1:1-3 e 14; 5:22; Colossenses 1:15-19; João 10:30; 14:9; Romanos 5:18; 6:23; 2 Coríntios 5:17-21; Lucas 1:35; Filipenses 2:5-11; 1 Coríntios 15:3 e 4; Hebreus 2:9-18; 4:15; 7:25; 8:1 e 2; 9:28; João 14:1-3; 1 Pedro 2:21; Apocalipse 22:20). – Crenças Fundamentais, n° 4.

 

            Objetivo da mensagem

            Mostrar que DEUS, O Filho eterno, é o único ser ao qual podemos confiar a nossa salvação, só Ele é capaz, se assim desejarmos. Pois está escrito: ”E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

 

            Considerações iniciais           

            A participação da segunda pessoa da Divindade, conhecida como Deus, o Filho nos assuntos terrestres antecede à criação do mundo, contudo tornou-se mais efetiva por ocasião da queda.

            Um plano muito bem elaborado em algum momento da eternidade divina foi posto em andamento visando ou tendo como objetivo, dar aos seres humanos a possibilidade de recuperarem o que se havia perdido, se assim o desejassem - a vida eterna.

            Embora sempre sejamos orientados a usar de bom senso, ou seja, sermos equilibrados, temperantes, infelizmente temos a tendência de pender para os extremos e, diga-se de passagem, são extremamente perigosos. Radicalização, polarização, e fanatismo – fujamos destas coisas!

            Por conta desses extremismos há quem enfatize o Seu nascimento, outros a Sua vida, há os que valorizam a Sua Morte, outros a Sua ressurreição e ainda uns poucos ( é dessa minoria que nos fazemos parte), que focalizam o trabalho que Ele executa hoje, no Santuário Celestial e em breve o Seu retorno à Terra.

            Não há nada de errado em se demorar mais em um aspecto ou em outro de Sua vida; só não podemos esquecer que o plano da salvação consiste num processo, com princípio, meio e fim; que faz parte de um todo que envolve a justificação, a santificação e a glorificação.

            Em todas as etapas desse plano complexo e muitas vezes incompreensível para muitos, a atuação do Filho de Deus é indispensável.

            Curiosamente o capítulo 4 do livro Nisto Cremos, objeto de nossa mensagem, inicia-se com o relato das víboras invadindo o acampamento dos hebreus no deserto.

            O povo vai até Moisés em busca de uma solução. Moisés volta-se para DEUS em oração e a saída apontada por DEUS é no mínimo surpreendente: Modele uma serpente metálica e a pendure bem alto. (Vejamos Números 21:9).

            Convenhamos, um, simbolismo no mínimo estranho, pois a serpente sempre representava a Satanás e o pecado. (Vejamos Gênesis 3; Apocalipse 12).

 

            Primeira promessa messiânica – Gênesis 3:15

            Muito tempo antes da fundação do mundo já estava já estava determinado que se a queda do homem ocorresse, um membro da Divindade assumiria a missão de resgatar a humanidade.

            Logo que receberam a informação, Adão e Eva deduziram que seu primeiro filho seria o libertador – O Prometido; todavia, até a encarnação, muita água suja rolaria por debaixo da ponte.

            Durante séculos patriarcas e profetas agiram como porta-vozes divinos anunciando profecias e seus respectivos cumprimentos sobre a primeira vinda de Jesus.

            A vitória seria alcançada, contudo a custa de muita dor e sofrimento. Todo o sistema sacrifical apontava para essa direção. (Vejamos Levítico 1: 3-5).

            O cordeiro seria sacrificado em lugar do pecador arrependido, era sem defeito algum, pois representava a ausência de pecado no Salvador Prometido.

            O sacrifico de um animal sem defeito (sem pecado) consistia em uma exigência da lei: “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22), evidenciando dessa forma a natureza mortal do pecado.

 

            Profecias referentes ao Salvador

            Não foi o homem que desejou; o homem pecador, comumente, foge da presença divina. Foi DEUS quem prometeu um Salvador!

            Ele viria da linhagem de Abraão. (Vejamos Gênesis 22:18; conforme 12:3).

            O salmista Davi escreveu que Seus executores lançariam sorte sobre Suas roupas (Sl 22:18) e que nenhum de Seus ossos deveria ser quebrado. (Sl 34:20).

            A profecia de Daniel 9 (das 70 semanas – 490 anos), mostrando sua aparição, ministério profético e sua morte.

            O profeta Isaías escreveu que o Salvador vindouro seria do sexo masculino, e que traria em Si tanto a natureza divina quanto a humana. (Isaías 9:6-7).

            Segundo Miquéias, Belém-Efrata seria o local de Seu nascimento. (Miquéias 5:2).

            Isaías também predisse que o Messias sofreria rejeição. (Isaías 53:2-3). Fato confirmado mais tarde pelo discípulo João (João 1:11).

            Zacarias asseverou que um de seus amigos O trairia e mencionou até o valor pago pela traição. (Zc 11:12). Também afirmou que seu flanco seria perfurado. (Zc 12:10).

            Isaías dá detalhes do que aconteceria após Sua prisão, bem como o porquê desse tratamento injusto e desumano a que foi submetido. (Isaías 53).

 

            Identificando o Salvador

            Em toda história da humanidade, ninguém mais a não ser o próprio Jesus, preencheu todos os reclamos das profecias messiânicas. 

            O AT encerra inúmeras genealogias, todavia o NT, somente uma; a dEle. As Santas Escrituras mostram e provam a Sua genealogia desde Abraão.

            O Seu nascimento foi miraculoso. (Lucas 1:35).

            Um de Seus nomes Emanuel, que significa “DEUS conosco”, o que remete a Sua natureza divino-humana, bem como a identificação de DEUS com a humanidade.             

            Seu nome comum – Jesus – refletia Sua missão salvadora. (Mateus 1:21).

 

            As duas naturezas de Cristo

            O evangelho de João estabelece uma profunda verdade: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1:14).

            A encarnação do Filho de DEUS é um mistério; mistério este que as Escrituras chamam de o “mistério da piedade” (I Tim 3:16).

            Trata-se de um sagrado mistério e como humanos precisamos da ajuda do Espírito Santo, iluminando-nos na tentativa de compreender a encarnação, sem esquecer o que se encontra escrito em Deuteronômio 29:29, ou seja, devemos buscar o entendimento, a compreensão do mistério até onde nos permite a revelação.

 

            Evidências de que Jesus Cristo é DEUS

            Quais são as evidências de que Jesus Cristo é verdadeiramente DEUS?

            Como Ele se via a Si próprio? As pessoas reconheceram a Sua divindade?

            Cristo possui atributos inerentes à divindade:

            Onipotência (Mateus 28:18; João 17:2);

            Onisciência (Colossenses 2:3) e

            Onipresença. Embora sua divindade possuísse a natural capacidade da onipresença, por ocasião da encarnação, voluntariamente limitou- se a Si próprio neste aspecto.

            Sua existência própria fica evidenciada quando Ele declarou possuir vida em Si mesmo (João 5:26), e a vida era a luz dos homens (João 1:4), Ele mesmo afirmou taxativamente: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25) deixa claro que nEle a vida é “original, não emprestada e não derivada” (Ellen G. White, DTN, CPB, pág. 530).

            A santidade faz parte de Sua Natureza. (I Pe 1:16; Lv 11:44-45, 19:2, 20:7, 20:26).

            Durante a anunciação o que foi que o anjo disse a Maria? (Lucas 1:35).

            Diante de Sua presença o que é que os demônios clamavam? (Marcos 1:24).

            Ele é amor. (João 3:16).

            Ele é eterno. (Isaias 9:6; Miquéias 5:2; Colossenses 1:17; João 1:2-3).

 

            Seus poderes divinos e prerrogativas

            As obras divinas são atribuídas a Ele.

            Ele é identificado e reconhecido não só como Criador (João 1:3; Cl 1:16), mas como Sustentador (Mantenedor) (Cl 1:17; Hebreus 1:3).

            Possui a capacidade de ressuscitar mortos com Sua voz (João 5:28-29, 11:43).

            Julgará o mundo (Mateus 25:31-32).

            Pode também, perdoar pecados (Mateus 9:6; Marcos 2:5-7).

 

            Seus nomes divinos

            Emanuel significa “DEUS conosco” (Mateus 1:23).

            Crentes e demônios se dirigiram a Ele como o Filho de DEUS (Marcos 1:1; Mateus 8:29 conforme Marcos 5:7).

            O sagrado nome divino do AT Jeová ou YAHWEH, Mateus utilizou-se das palavras de Isaías 40:3; Mateus 3:3.

            João identificou Jesus como o Senhor dos Exércitos assentado em Seu trono (Isaías 6:1,3; João 12:41).

 

            Seu reconhecimento divino

            João O retratou como o divino Verbo que “se fez carne” (João 1:1,14).

            Tomé O reconheceu como “Senhor meu e DEUS meu” (João 20:28).

            O apóstolo Paulo referiu-se a Ele como aquele que “é sobre todos, DEUS bendito para sempre” (Romanos 9:5); o autor de Hebreus O identifica como DEUS e Senhor da Criação (Hebreus 1:8,10).

            

            Seu Testemunho pessoal

            Identificou-se a Si próprio como o “Eu Sou” (João 8:58), o DEUS do AT.

 

            Jesus Cristo é verdadeiramente homem

            O livro Nisto Cremos, objeto de consulta desta mensagem afirma que a Bíblia testifica que em adição a Sua natureza divina, Cristo possui a natureza humana.

            O nascimento humano de Cristo, Seu desenvolvimento, características e testemunho pessoal fornecem as evidências de sua humanidade.

            Era necessário que Cristo assumisse a natureza humana. A Bíblia oferece várias razões pelas quais Cristo teve que assumira natureza humana:

            1ª - A fim de tornar-se o Sumo Sacerdote da raça humana (Zc 6:13; Hb 4:14-16).

            2ª – Para salvar até mesmo a mais degradada criatura. A fim de poder alcançar as pessoas onde estas se achavam e poder resgatar ao mais desesperançado, Jesus teve que descer até o nível de servo (Fl. 2:7).

            3ª – Para oferecer Sua vida em favor dos pecados do mundo. A natureza divina de Cristo não pode morrer; por isso Ele teve de assumir a natureza humana, para que pudesse sujeitar-Se a morte (Rm 6:23; I Cor 15:3).

 

            Para ser nosso exemplo

            Para mostrar, não somente a nós ou ao inimigo, mas para o universo que sim, é possível ser fiel a vontade de DEUS. Que onde Adão caiu Ele obteve vitória sobre o pecado e sobre Satanás, tornando-se o nosso Salvador e perfeito exemplo.

            Mais semelhante a Jesus é que mais eu desejo na vida” diz um hino muito conhecido em nosso meio – este deve ser também o meu, o seu, o nosso desejo!

            Ao contemplá-Lo somos transformados (II Cor 3:18).

            O apóstolo Paulo aconselha-nos “a olharmos firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus... Considerai, pois, atentamente, Aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas” (Hebreus 12:2-3).

            Efetivamente “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos” (I Pedro 2:21; conforme João 13:15).

 

           Conclusão

           Cristo conhece as provas do pecador. Conhece as suas tentações. Assumiu sobre Si a nossa natureza. Foi tentado em todas as coisas assim como nós e sabe como socorrer os que são tentados. Ele chorou e conhece as nossas tristezas. Experimentou todos os nossos lamentos. A todos que creem e confiam Nele, será como um esconderijo do vento e um Abrigo em meio à tempestade. Como homem, Cristo ascendeu ao Céu. Como homem é o substituto da humanidade. Como homem vive para interceder por nós. E está preparando um lugar para todos que O amam” (The Signs of the Times, 10 de outubro de 1892).

 

            Que tenhamos um espaço para chamar de nosso neste lugar maravilhoso!

            Este é o meu desejo e a minha oração.

            Amém!!!

 

 

© Nelson Teixeira Santos

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