Mateus 24:1-11
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mateus
24:12).
“A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará” (Mt
24:12 – NTLH).
“O pecado aumentará
por toda parte, e esfriará o amor de muitos” (Mt 24:12 – NBV).
“Para muitos, a
proliferação da maldade será fatal” (Mt 24:12- A Mensagem).
Introdução
Ao abrimos as Santas Escrituras, especificamente no capítulo 24 do
evangelho de Mateus, não restará a menor sombra de dúvida quanto ao futuro
assustador reservado para o nosso mundo, contudo, por mais assustador que possa
parecer, há coisas mais preocupantes, importantes e urgentes com as quais
devemos ocupar nossa mente.
Objetivos da mensagem
A necessidade de estarmos conscientes
do tempo em que vivemos. Precisamos urgentemente abandonar nossa identidade
laodiceana!
Decida-se
Você pode se autointitular ou ser
rotulado de ateu, agnóstico, incrédulo, descrente, incircunciso, bárbaro,
gentio, herege, ímpio ou simplesmente cristão. Sim, você pode!
Você também pode aceitar ou não as
Santas Escrituras como uma obra de cunho divinamente inspirada. Sim, você pode!
Pode também, não aceitar apesar dela afirmar o contrário em suas próprias páginas.
O livre arbítrio garante-lhe isso.
Porém, é incontestável o
cumprimento “ipsis litteris” 1
do texto profético sagrado. É inegável que os acontecimentos assustadores
profetizados pelo próprio Messias estão ocorrendo de forma espantosa em nossos
dias.
Portanto, se está escrito, assim é,
assim será; tal qual Seu autor, ela é imutável.
Da sua decisão que é pessoal e
intransferível depende a sua salvação!
Contexto histórico
O ano é 30 d.C., portanto, há
1991anos, na cidade de Jerusalém. O ministério
terreno do Messias tão aguardado, mas não reconhecido pela maioria, inclusive
pelos líderes religiosas da época, está em sua reta final.
Jesus começa a proferir o que é
considerado o mais longo ensinamento registrado nos evangelhos. É terça-feira e
Jesus e os discípulos saem do Templo e caminham na direção Leste, onde está
situado o Monte das Oliveiras.
Lá chegando, Jesus inicia o sermão falando
acerca da destruição do Templo (ocorrido apenas 40 anos mais tarde), do fim dos
tempos e da vinda do Filho do Homem.
Tomando a linha do tempo, avancemos
1991 anos até nossos dias.
O mundo e a maldita
racionalização
Mesmo diante do que afirmou o
próprio Jesus, especialmente nos versículos 6 e 7 do texto chave, ainda encontraremos
pessoas alegando que : “É, mas desde que
o mundo é mundo foi assim e assim será”. Será?
Na realidade apenas uma forma
evasiva, na tentativa de negar a triste realidade patente bem diante dos
próprios olhos.
Espiritualmente falando isso é muito
perigoso. No caso específico, o próprio Jesus sabia que isso aconteceria e
alertou: “A vinda do Filho do Homem
acontecerá numa época parecida com a de Noé. Antes do dilúvio, o mundo vivia
como sempre viveu: se divertindo, até o dia em que Noé entrou na arca. Eles não
perceberam nada – até que o dilúvio destruiu tudo” (Mt 24:37-39 - A
Mensagem).
Um argumento decisivo que pode derrubar
por terra essa falácia consiste em afirmar que sim; guerras, terremotos, maremotos,
fome e pestilência sempre existiram, contudo, não com a frequência e
intensidade que acontecem atualmente!
“Mas todas estas coisas são o princípio de dores” (vs.8); o mesmo
versículo na versão bíblica A Mensagem é bem mais contundente ainda e afirma: “Mas tudo isso é nada, comparado com o que
está por vir”. É assustador ou não? Obviamente que sim.
Esta é a terrível realidade do
mundo em que vivemos cuja tendência é piorar a cada dia que passa!
No âmbito cristão: “O amor de muitos esfriará”
Até aqui (vs. 11) DEUS através de Seu filho
amado está retratando a situação do mundo nos últimos dias, bem como o que aconteceria
aos Seus filhos (as).
A partir do versículo 12 Ele
menciona Sua preocupação maior com o risco que correm Seus filhos (as), ou
seja, nós também podemos ser afetados pelo caos reinante!
Num ambiente caótico dos últimos dias
somos afetados, desafiados, corremos um sério risco e ainda mais, temos uma
missão a cumprir: pregar as boas novas da salvação para uma geração incrédula
que não está disposta a ouvir!
Como pregar o evangelho se o amor
esfriou?
Convenhamos, uma tarefa nada fácil, contudo,
não impossível!
Ilustração: Há muitos anos
atrás, quando membro da IASD – Central Curitiba, ouvi um pregador chamado Éden Just da Rocha Pita, hoje jubilado,
relatar uma história contada por seu pai, Plácido da Rocha Pita, um importante
pioneiro do adventismo nos estados de Sergipe e da Bahia sendo inclusive tema
do livro Por Que Mudei de Exército: A história de um pioneiro no agreste,
publicado pela Casa Publicadora Brasileira.
Um cidadão que por motivos óbvios, teve a sua identidade preservada era
mulherengo, beberrão, depravado, valentão, baderneiro, encrenqueiro.
Um dia, porém, a graça divina o alcançou e ele entregou seu coração a
Jesus. Uma conversão genuína, no sentido mais amplo e completo da palavra.
Tomado pelo entusiasmo daquele primeiro amor, ele montava em seu cavalo
e saia a galope em busca de seus ex-amigos disposto a convertê-los e ia logo
anunciando: “caso vocês não se
arrependam, não confessem e não abandonem seus pecados, vocês irão todos para o
inferno”!
A reação dos amigos, num palavreado bem típico do nordeste brasileiro
não poderia ser outra: “Ah égua, esse cabra da peste ficou “doidio” perdeu o
juízo”!
Obviamente que esta não é a forma mais adequada ou indicada de se
anunciar as “boas novas da salvação” aos nossos amigos.
Nossa identidade laodiceana
Para os evolucionistas, felizmente;
para os criacionistas, infelizmente, o ser humano tem uma capacidade incrível de
se adaptar às situações, por mais adversas que sejam o levam muitas vezes a se
acomodar, se adaptar, se conformar com as circunstâncias reinantes e nós (crentes)
pasmem, não somos a exceção.
A prosperidade reinante na cidade
de Laodicéia (que simbolicamente retrata a situação espiritual da igreja de
Deus perto do fim) enchia seus cidadãos de autossuficiência: “Sou rico, estou bem de vida e não preciso de
nada” (Apocalipse
3:17
– NAA). Tal comportamento
recebeu a reprimenda divina.
Somos chamados a ser
embaixadores de Cristo e na maioria das vezes, nos identificamos tanto com este
mundo que passamos de representantes a traidores da pátria celestial.
Aí vem o nosso DEUS chamando-nos à
razão e diz: “E não vos conformeis com
este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2 ).
Trata-se de uma tentação a ser
enfrentada nos últimos dias: não se conformar com este mundo. O povo de Deus
precisa resistir à tentação de se moldar aos padrões do mundo. 2
Revendo conceitos
A vida cristã deve ser pautada pelo equilíbrio e sinônimos é que não
faltam: bom senso, cautela, comedimento, discrição, moderação, modéstia, ponderação,
parcimônia, prudência, sensatez, sobriedade, temperança, vigilância. Por essa
razão, somos todos indesculpáveis diante de DEUS quando deixamos o equilíbrio fora
de nossas atividades.
A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as
coisas nocivas e usar judiciosamente aquilo que é saudável. 3
Nada escapa, até a compreensão das predições proféticas precisa ser
equilibrada; que ela não seja centralizada na ansiedade nem na ignorância
deliberada.
Precisamos sentir-se seguros por meio das infalíveis e “incontáveis” 4
promessas divinas de proteção e compaixão.
Necessitamos investir em tempo para conhecer esse DEUS maravilhoso.
Precisamos buscá-Lo. A Palavra de DEUS assevera que Buscar-me-eis e Me
achareis, sempre que Me buscardes de todo
o vosso coração; entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele e o mais
Ele fará; então, pare de se sentir sábio, rico ou forte aos seus próprios olhos
– mas se quer gloriar, glorie-se em Me conhecer, diz o SENHOR.
O nosso encontro com DEUS não deve ser esporádico, ocasional, nem se
restringir aos cultos de por do sol em nossos lares, tampouco aos sábados,
domingos, quartas-feiras na igreja, ou a cultos online; ele precisa ser diário
e mais, precisa ser pessoal.
Precisamos encontrar tempo em nossa agenda para estar a sós com DEUS!
E por fim, carecemos cultivar abordagens sensatas dos eventos
escatológicos, evitando tanto a indiferença apática quanto ao alarmismo. As
pessoas devem aceitar a Jesus pela fé, de modo racional, por amor e não por
medo ou imposição.
Conclusão
Acreditem. O futuro deixará de ser
assustador, se nos posicionarmos corretamente, ou seja, ao lado da verdade; e isso
só depende de nós. Depende das escolhas que
fazemos diariamente. Cada escolha feita nos distanciará ou nos aproximará do
Céu.
Lembrem-se, não existe neutralidade
em questões espirituais.
Para os adeptos daquela posição
temporária e aparentemente cômoda de permanecer em cima do muro, saibam que o
muro é território do inimigo. “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12:30; Lucas 11:23 - ACF).
Agora partindo para o pessoal,
falando ao coração de cada um (inclusive ao meu) se você ainda não se decidiu,
o conselho bíblico é: “Portanto, como diz o Espírito
Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz” (Hebreus 3:7 – ACF). Hoje é o dia
“D”. “D” de decisão!
De nada adiantará filiar-se a esta
ou aquela instituição religiosa, DEUS não salva por atacado. DEUS salva pessoas,
individualmente!
Acredite. Placa de igreja não
garante a salvação de ninguém, ainda que te digam o contrário. A decisão caberá
única e exclusivamente a você. Ela é pessoal. Ela é intransferível!
Está esperando o que para tomar a
de decisão mais importante de sua vida?
Somos ensinados que anjos mil entoam
glórias quando um pecador se arrepende.
Então, que anjos mil entoem glórias
pela sua decisão!
Já decidiu? Então aproveita a
oportunidade para confirmar seus votos!
É o meu desejo e a minha oração.
Amém!!!
Referências
bibliográficas:
1 - Ipsis litteris – trata-se de uma locução adverbial. Seu
significado é:com as mesmas palavras; exatamente da maneira como está escrito;
de modo literal; textualmente: o artigo foi transcrito ipsis litteris tal como
o original.Etimologia (origem de ipsis litteris). Do latim ipsis litteris.
2 - Erton Köhler, https://www.revistaadventista.com.br/erton-kohler/bussola/liquido-ou-solido/
3 - Ellen G. White, Patriarcas
e Profetas, página 562, CPB.
4 - Algumas pessoas
tentaram e chegaram a cerca de 3.573. Outras contaram 7.000. Herbert Lockyer
escreveu um livro chamado Todas as promessas da Bíblia e afirma ter uma lista
de 8.000 promessas.
© Nelson Teixeira Santos
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