“É bom não
radicalizar e ter equilíbrio. Quem teme a Deus evita extremos, porque vê os
dois lados da moeda” (Eclesiastes 7:18 -
A Mensagem)
Você é extremista, uma pessoa do
tipo “oito ou oitenta”? Pois saiba que o extremismo pode ser perigoso. A
sabedoria raramente é vista na atitude dos radicais. Literalmente, o extremo
pode destruir você, pois a morte está nos extremos. A própria vida no planeta
não existiria se não houvesse equilíbrio.
O extremo é o ponto mais remoto em
ambas as direções, algo fora do normal, o grau mais alto, um evento além do
razoável. Usamos essa palavra quando queremos enfatizar algo excessivo, severo,
intenso, difícil, perigoso, radical, distante, o que ocorre em expressões como
prazer extremo, dor extrema, medida extrema, risco extremo, extrema
dificuldade, frio extremo, extremo Oriente.
Eventos extremos são raros, mas,
quando ocorrem, representam perigo. As pessoas que trabalham com cálculos de
probabilidade sabem disso. Para tanto, usam a teoria do valor extremo, que é um
ramo importante da estatística. Por exemplo, se você tivesse que estudar as
crises da bolsa de valores, os fenômenos da hidrologia ou o controle de
tráfego, precisaria usar essa teoria. Ela é útil para determinar os valores
máximos e mínimos em certas ocorrências. O estatístico inglês Leonard Tippett
(1902-1985), um dos pioneiros na elaboração dessa teoria, a usou para tornar
mais fortes os fios de algodão. Em seus estudos, ele concluiu que a resistência
de um fio era controlada pela resistência das fibras mais fracas.
Salomão nos aconselha a não sermos
justos ou sábios demais (Ec 7:16). Quando colocamos a esperança em nossa
própria justiça, nos tornamos fanáticos e autossuficientes. Perdemos de vista a
plenitude da justiça de Cristo. Trocamos o que é central pelo periférico. E a
vida entra em desequilíbrio. Não é fácil manter o equilíbrio em um mundo
desequilibrado, ou andar na corda bamba dos extremismos pós-modernos.
Entretanto, é necessário.
O extremismo gera desequilíbrio na
perspectiva da pessoa e a faz ver a vida de modo deformado. Com o tempo, essa
desarmonia pode afetar o próprio caráter. Por isso, tente equilibrar sonho e
realidade, trabalho e descanso, intelecto e físico, foco no interior e no
exterior, sim e não, o “eu” e o “tu”, passado e futuro. Não busque apenas um
equilíbrio abstrato, mas a harmonia em cada aspecto da vida.
Ter equilíbrio não significa levar
a vida em cima do muro, ou cultivar um estilo de vida morno, mas priorizar as
coisas na medida certa. Quando você coloca Deus no centro e nas extremidades da
vida, o equilíbrio se torna possível. Afinal, é ele quem mantém todas as coisas
em perfeito equilíbrio.
Autor: Marcos
de Benedicto, em Um Olhar Para O Céu, MD 13072016
Fonte: CPB On line
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