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60ª CONFERÊNCIA GERAL – LAMENTO SOBRE O LEITE DERRAMADO


Nada contra as Assembleias Gerais, contudo apela-se por mais transparência, bom senso, representatividade, unidade e não uniformidade. Decisões equivocadas no passado não compensam outras no presente. Isto é o que pensa e lamenta parte da comunidade mundial.

            Era uma vez...
             Como toda história, assim começa a da camponesa que, até pode ser, aquela que aparece há anos, estampando as embalagens de determinada marca de leite condensado.
             Diz o relato que a aludida moça, a caminho do mercado para vender os seus baldes de leite fazia planos e mais planos sobre o que faria com o dinheiro da venda. Eis que de repente tropeça, cai e derrama todo leite.
            Diante do ocorrido, ela mesma chega a conclusão que não há como remediar aquela situação, ou seja: Não adianta chorar sobre o leite derramado.
             É inerente ao ser humano criar expectativas em torno de muitas coisas em seu dia a dia, durante toda sua vida. Intrínseco, normal. Pergunta-se: E quando esta ou aquela expectativa criada não se concretiza? Frustração na certa. De resto então lamentar, desabafar, e em seguida; redundâncias a parte, aprender com ela, crescer, seguir em frente. A vida continua; afinal de contas, não adianta chorar sobre o leite derramado.
            Por falar em leite derramado, o relato que se segue diz respeito à 60ª sessão da Assembleia Geral. Fruto de constatações, de observações, de muita leitura, de estudos e análises; são totalmente imparciais, racionais, inteiramente despojados dos arroubos emocionais, quer sejam eles, pessoais, eclesiásticos ou institucionais.
            O único compromisso é com verdade, com o “assim diz o Senhor”. Ainda que haja prejuízos pessoais ou profissionais por conta disso, ser justo, ponderado, convicto, faz parte do ser cristão. Abomináveis são a hipocrisia e o cinismo sob qualquer forma, muito mais quando praticados nos meios religiosos. Inaceitáveis.
            Admiráveis são pessoas que possuem a sensibilidade suficiente para se colocarem no lugar do outro e, sobretudo, sentirem as dores do outro. Daí a razão de se reproduzir as sábias palavras do Pr. Helder Roger, eleito vice-presidente da DSA ao afirmar: “Eu me preocupo ainda com aqueles que não viram suas expectativas alcançadas aqui, não sei como está o coração deles, mas acredito que a igreja está mais amadurecida” (Em Busca de Consenso – RA Agosto 2015). Alteridade!
            Foi uma das coisas mais sensatas que alguém proferiu antes, durante e depois da assembleia.  Aliás, a única coisa que a 60ª Assembleia Geral não conseguiu frustrar foi a expectativa. Já se esperava pelo resultado. O surpreendente, no entanto, foi a maneira com que as coisas foram conduzidas e como aconteceram.
            Sobretudo nas redes sociais e na mídia, os meses que antecederam o início da reunião, constituíram-se num festival de asneiras, mediocridades, heresias, protagonizado por leigos e graduados. Por gente sem noção, que sem o devido conhecimento do assunto ou movidos pela paixão, pelo fanatismo, ou ainda por um corporativismo desvairado, culminaram com a tentativa de intimidação dos delegados. Resumindo, gente que como afirma o apóstolo Paulo: “zelosos de Deus mas faltos de entendimento” (Rm 10:2).
            Equívocos a parte, por falar em delegados; conhecendo o modus operandi  institucional, equivocou-se redondamente quem pensou que toda pressão seria exercida sobre os delegados (antes e durante a sessão), porque, afinal de contas, seriam eles os responsáveis pelos resultados levados a efeito por meio das votações.
            A bem da verdade, o terreno começou a ser preparado há muito tempo. De forma sutil e velada, procurou-se eliminar toda possibilidade de alguma surpresa ocorresse quanto ao resultado final sobre a ordenação de mulheres.  
            Já por ocasião da 59ª Assembleia Geral ocorrida em 2010, o então presidente, pastor Jan Paulsen, tido como liberal demais, pela ala conservadora, foi substituído pelo pastor Ted Wilson, reconhecidamente conservador.
            Mais recentemente, a substituição do pastor, escritor, professor e teólogo Angel Manuel Rodríguez, diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral por Artur Stele; justamente ele que presidiu a Comissão da Teologia da Ordenação (TOSC).
            O conhecidíssimo em toda América Latina, pastor, escritor, evangelista, conferencista Alejandro Bullón, submetido a uma jubilação compulsória, sob a alegação de não ter o perfil evangelista desejado pela DSA.     
            Jan Paulsen, Angel Manuel Rodriguez, Alejandro Bullón, entre outros; homens consagrados, influentes e acima de qualquer suspeita, contudo com algo em comum – todos favoráveis a ordenação de mulheres.   
            Há cento e cinquenta anos “brinca-se de casinha”, de faz de conta que se estuda, que se leva a sério o assunto da ordenação de mulheres. Se de fato o assunto fosse encarado com a devida seriedade não seria necessário até recorrer (extra oficialmente) a vídeos produzidos por outras denominações religiosas para tentar desesperadamente provar (segundo eles) que a ordenação de mulheres é antibíblica. Curiosamente neste momento até o sectarismo, sempre presente, foi esquecido. Não se pode olvidar também que este assunto da ordenação já foi colocado em votação nas assembleias ocorridas em 1990 e 1995. Tornou-se recorrente, por quê?
            Também não dá para ignorar entre outras, as alegações usadas para justificar tal posicionamento: primazia, contextualização, hermenêutica, semântica, no entanto, jamais admite-se que é por machismo, conveniência ou por uma outra razão que não se deseja revelar. Por quê?
            A propósito, um dos princípios elementares da administração reza que a comunicação precisa se feita por canais regularmente constituídos e claramente reconhecidos. Enquanto pequenas organizações não carecem de esquemas complicados, as grandes precisam.
           Os membros bem informados servirão melhor quando souberem o que está ocorrendo ao seu redor. Eles têm uma visão compreensiva do todo, e sabem que parte desempenham nesse todo. Só assim poderão identificar-se com os objetivos de sua igreja ou missão, e saber por que certas questões recebem prioridades. Também conhecerão o modo pelo qual alguns alvos serão atingidos.
           Com esta compreensão, o indivíduo será capaz de estabelecer sua identidade pessoal e ajustar seu comportamento a fim de atingir os objetivos da instituição. A omissão de informações importantes certamente não é o melhor caminho!
            A reeleição de Artur Stele na vice-presidência da AG, bem como na presidência da TOSC, certamente não pode ser atribuída a sua imparcialidade sobre o assunto. A reeleição de Ted Wilson na presidência da AG já apontava para o desfecho final. Enfim, a substituição destas e de outras pessoas em pontos chaves da liderança tinha por objetivo neutralizar qualquer tentativa de mudança na posição defendida há século e meio.
            Intrigante e constrangedor é o fato que não se percebeu nenhuma movimentação da parte de teólogos de plantão (na ativa), se manifestando, contra ou a favor sobre o posicionamento adotado pela DSA. Silêncio absoluto. Só para avivar a memória, novamente, como aconteceu diversas vezes no passado, especificamente quando as eleições no Brasil caiam em dia de sábado, a igreja, o povo de Deus se viu novamente desgarrado, sem rumo “como ovelhas que não tem pastor”. Alegação: Ir ou não votar, tratava-se de “uma questão de consciência”. E agora o assunto da ordenação da mulher ao ministério é uma questão de que? Se a instituição é contrária à ordenação de mulheres diga por quê? Afinal de contas para que servem os mais variados títulos ostentados pelos teólogos? Para enfeitar rodapés de artigos publicados em periódicos denominacionais?
             Com todo o respeito, o que se viu, durante a sessão, de 2 a 11 de julho então, foi festival de ismos, entre eles: Conservadorismo, corporativismo, estrategismo, cinismo, favoritismo, sectarismo, cartelismo, oportunismo, mercantilismo, protecionismo, estrelismo – inaceitáveis. Aceitável é a afirmação do redator da RA quando diz que: “Adventismo genuíno é a encarnação do evangelho eterno no contexto presente” (RA Agosto 2015); contudo, não foi isso o que se viu durante aqueles dias.
            Inacreditável e inaceitável também, entre outras coisas, o fato da Associação Geral ter tido cinco anos, mais que suficientes para planejar tudo em seus mínimos detalhes e depois simplesmente alegar que na hora H a tecnologia falhou (equipamento eletrônico fornecido a cada delegado para registrar a votação apresentou defeito). Falha tecnológica?
            Pior ainda, segundo a constatação de um site (Perspectiva Adventista), a pressão pós-assembleia sofrida pelos delegados que ao retornarem aos seus países de origem. Segundo o site, em alguns lugares, foram pressionados a prestar contas de seus atos (votações durante a assembleia). No Brasil isto é conhecido como voto de cabresto, coronelismo. Ato que se verdadeiro, repudiável!
              Preocupante e lamentável a informação dada pela RA sobre: “Perdas. Nos últimos cinco anos, dos 6,2 milhões de pessoas batizadas, 3,7 milhões deixaram a igreja, um índice de 60% de apostasia”. Esqueceu-se de fechar a porta dos fundos. Alguém está realmente preocupado com isto?
            “Já somos 18,5 milhões de adventistas no mundo”, aliás, número contestado pelos auditores da própria instituição: “A liderança da igreja vê as estatísticas com ponderação. Afinal, o número de membros em algumas partes do mundo tem estagnado ou entrado em declínio”. Onde está escrito que a terminação da obra depende de um número x de membros? Números servem para muitas coisas; inclusive para atestar o nível de crescimento, contudo só crescimento numérico não basta. Este número se encaixa na categoria de remanescente?
            Ser relevante para as novas gerações, investir nas novas gerações, a inserção de jovens na liderança da igreja. Esse assunto tornou-se recorrente, sobretudo, desde que George R. Knight apresentou o sermão Se Eu Fosse  o Diabo,  na Conferência Geral de 2000 em Toronto - Canadá.
            Estes bordões estão sempre presente toda vez que a liderança sai em busca de apoio e, infelizmente está longe de se tornar realidade. Basta olhar para a liderança mundial. Nada contra idosos, mas contra velhos de “dura cerviz”, sim. Os delegados da assembleia atestam esta realidade. Apenas 6% tinham menos de 30 anos de idade; 10% tinham entre 30 e 39 anos; o restante cerca de 83% tinha entre 40 e mais de 70 anos. Falar em representatividade é muito fácil. “Difícil” é aplicá-la no dia-a-dia da igreja. Primeiramente é preciso que se defina quem é jovem para a instituição.
            Profundamente entristecedor ver jovens (?) na igreja não só pensando, mas agindo como se fossem velhos, fruto, em grande parte, destes treinamentos levados a cabo a cada início de ano, verdadeiras lavagens cerebrais, preparados única e exclusivamente com o propósito de cumprirem a risca os programas da igreja (nada contra eles) e a preencherem inúmeros relatórios (diga-se de passagem, cada vez mais extensos, complexos); pragmatismo puro e simples.
            Lideranças locais precisam ser ensinadas a pensar, a terem discernimento, personalidade própria, a serem proativos, a tomarem decisões próprias de acordo com suas realidades locais. Precisam urgentemente deixar de agir como autômatos, verdadeiros “papagaios de pirata”, “vaquinhas de presépio”. Isto é deprimente.
            Que os distritais sejam mais pastores no sentido mais amplo da palavra, que amem de fato as suas congregações; se amar for pedir demais, pelo menos que se façam presentes e que deixem de ser  meramente executivos.
            Também, nada contra novas tecnologias, mas que o distanciamento entre igreja (membresia) e as entidades superiores provocados por elas, precisa ser urgentemente, de alguma forma, minimizado. Que as decisões tomadas nas altas esferas institucionais sejam comunicadas de forma transparente àqueles que terão a incumbência de implementá-las. Trata-se de uma questão de direito.
            Ainda sobre representatividade, não são só os jovens que estão mal ou pouco representados; que dizer das mulheres? São a maioria nas igrejas, são as responsáveis pela maioria das conversões e durante a AG apenas 13% eram do sexo feminino (sem levar em consideração o fato de que certamente algumas eram funcionárias da organização e esposas de pastores). Representatividade é isto?
          A afirmação mais sensata, mais coerente, de um tom conciliatório que lhe é muito peculiar vem de um defensor da ordenação de mulheres, Pr. George R. Knight: “Deus pode usar tanto homens quanto mulheres para espalhar as boas-novas da salvação em Cristo. Esse é o sentido do testemunho cristão. A igreja estaria em melhores condições se contasse com mais homens e mulheres de fé e poder engajados na obra de testemunhar do Salvador ressurreto”. Para Não Esquecer, MD 20112015. Quem “estaria em melhores condições”? De que tipo de homens e mulheres a igreja precisa? Palavras de um servo de Deus que merecem a devida atenção. Alguém está preocupado com isso?
           “Homens e mulheres de fé”. A fé não deve ser abalada pela decisão polêmica sobre a ordenação de mulheres, pois já se esperava por isso, contudo as relações com a instituição precisam ser repensadas. Eis aí um tremendo desafio: Como continuar a professar fé no adventismo, em suas crenças fundamentais? Dá para aceitar as determinações da instituição sem ressalvas?  Esta na hora de rever conceitos
            Segundo as Santas Escrituras, Deus não colocou ninguém, nem mesmo instituições religiosas para agir como se fosse consciência de quem quer que seja. Acate-se tudo o que estiver de acordo com o “assim diz o Senhor”, conteste-se tudo o que estiver em desacordo. É uma questão não de direito, mas de dever, contudo, não como neófitos, faça-se tudo com “decência e ordem”, com responsabilidade. Ainda que fora do contexto, contudo o princípio continua valendo; o próprio Jesus afirmou: “Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão” ( Lucas 19:40 - ACF).
            Segundo Collins e seu grupo de pesquisadores, em How the Mighty Falls, o declínio de uma igreja passa por cinco estágios nem sempre fáceis de perceber. O primeiro é a autoconfiança como fruto do sucesso. “Prestamos um desserviço a nós mesmos quando estudamos apenas sobre o sucesso”, afirma Collins. A busca pelo crescimento exagerado é o segundo estágio que antecede a derrocada, seja de uma organização secular ou de um ministério cristão. O terceiro estágio de declínio identificado por Collins é desencadeado quando líderes e organizações ignoram ou minimizam informações críticas, ou se recusam a escutar aquilo que não lhes interessa. O estágio quarto começa, escreve Jim Collins, “quando uma organização reage a um problema usando artifícios que não são os melhores”. Collins menciona ainda o estágio cinco da decadência, que é o da rendição. Sem dúvida, isto merece uma séria reflexão.
            Crises sempre estiveram presentes desde os primórdios, entretanto, a instituição continua ameaçada de divisão, fragilizada, sofrendo atualmente não só uma crise de identidade, mas de autoridade e credibilidade. Como costumam afirmar os políticos, “é preciso consultar as bases”, neste caso, as igrejas, pois é lá que as coisas realmente acontecem. Decisões engessadas, previamente ditadas e acordadas nos bastidores não resolvem, só causam mais dissensões. E quem lucra com isso?
            Concluindo, constata-se que mesmo após o encerramento da AG, continuam sendo veiculados nos canais oficiais de instituição, depoimentos oriundos da liderança da DSA, na tentativa de desqualificar aqueles que, valendo-se do direito inerente e inalienável do livre arbítrio, não pactuam da uniformidade reinante na instituição. Este tipo de procedimento não contribui em nada para a solução do problema. É o que provam estes exemplos: Professores de Teologia da Universidade de Andrews solicitam troca de credenciais; União Italiana protesta pela ordenação de mulheres; União do Pacífico vota resolução sobre as mulheres no ministério pastoral; presidente da Divisão Pacífico Sul confirma mulheres no ministério; Igreja Adventista na Holanda continuará ordenando mulheres, entre outros, que o digam. Em outras palavras, os “derrotados” continuam mobilizados. Alguma coisa precisa ser feita. Eles estão fazendo. O que esperar dos “vitoriosos”?
            Tom Coelho aconselha: “Aprendi que não adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E com rapidez. Problemas são como bebês, só crescem se forem alimentados. Muitos deles resolvem-se por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada, eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula corretamente. A felicidade, pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados”. (Resiliência). Então, solução ou rasteiras?
            Ellen G. White há muito tempo escreveu: “A igreja foi ameaçada de divisão” (AA pág. 198). Contextualizando e reinterando: A igreja [instituição] continua ameaçada de divisão, fragilizada, sofrendo não só uma crise de identidade, mas de autoridade e credibilidade.  Isto é fato.
            De resto a 60ª sessão da AG foi o que foi. Um festival de “ismos” onde o conservadorismo aliado ao seu primo irmão, o corporativismo sagraram-se mais uma vez vitoriosos.
            Se Cristo não voltar nos próximos cinco anos, que venha Circle City em 2020; porém, que o nosso Deus que não se deixa escarnecer e que está no comando, mostre o quanto antes, onde e com quem está a verdade.
            Que a misericórdia divina seja uma constante entre o Seu povo.
            É o meu desejo e a minha oração. Amém!!!





© Nelson Teixeira Santos                   

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