Você não dever acreditar em tudo que...
vê, lê e ouve.
Em 31.12.2013 postei em meu blog um
artigo de minha autoria com este título.
Passado quase dois anos já teve
quase 500 acessos. Continua atual e muito oportuno. É só acessar www.nelson-teixeira.blogspot.com.br e conferir.
E por quê?
Porque em quarenta anos de igreja
já ouvi cerca de 5000 pregações e mais um número incontável de sermonetes, palestras
e motivacionais. Já participei de inúmeros congressos, seminários, convenções,
“treinamentos” etc. Também já ouvi muita coisa impublicável e, sempre que isto
acontece, ou seja, coisas que soam estranhas ou avessas à Palavra de Deus,
ponho-me a pensar: De onde o sujeito tirou esta ideia? Ou, como costumo indagar:
Onde está escrito que...? Aliás, este é o título de outro artigo escrito e
publicado no mesmo blog; simplesmente o mais acessado. Desde a sua publicação
em 13 de Setembro de 2012, já foram mais de 1200 acessos.
A propósito: Onde está escrito que
salvação (a minha, a sua, a nossa e a de seja lá quem for) esteja atrelada,
vinculada ou mesmo condicionada à devolução de dízimos para alguma instituição
religiosa?
Se você encontrar alguém fazendo
tal afirmação saiba se tratar no mínimo de uma leviandade e o autor redondamente
equivocado; precisa urgentemente rever seus conceitos ou, nos moldes bíblicos: Vai
ter com a Palavra de Deus ó neófito!
Para algumas denominações
religiosas o dízimo até serve de pré-requisito para a concessão de cargos ou
funções eclesiásticas, mas nem mesmo para estas instituições, ele serve de pretexto
para promover a remoção do rol de membros da igreja (em caso de não devolução),
e muito menos, jamais servirá de empecilho para que alguém alcance a vida
eterna – a salvação.
Biblicamente os dízimos foram
instituídos por Deus como forma de compensação e garantia de sobrevivência dos
levitas (responsáveis pelos serviços no Tabernáculo e tudo que nele havia), uma
vez que eles não receberam herança entre os filhos de Israel quando da entrada
na Terra de Canaã (ver Números 18:24; Josué 13:32-33). Conforme II Crônicas
31:5 e Neemias 12:44, tanto Ezequias como também Neemias, restabeleceram o
sistema de devolução de dízimos, caído em desuso ao longo do tempo.
Contemporaneamente, grande parte
das igrejas cristãs passaram a adotá-lo, como forma de se obter recursos, pois “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho” (1
Coríntios 9:14), ou seja, para a
manutenção de todos aqueles envolvidos única e exclusivamente na pregação do
evangelho .
Afirmar que o simples ato de
devolução de dízimos possa assegurar a salvação de alguém é antibíblico – salvação
pelas obras. Consiste na hipervalorização de um ato que, muito embora tenha
sido instituído por Deus não possuí nenhuma função salvífica, em detrimento do plano
de salvação elaborado pela Divindade antes da fundação do mundo e levado a cabo
através do sacrifico expiatório feito por Jesus Cristo na cruz do calvário.
Malaquias 3:10 fala em bênçãos sem medida,
contudo bênção não significa necessariamente salvação. Salvação é graça, dom imerecido, portanto, não há nada
que alguém posa fazer para merecê-la (ver Atos 4:10-12; Efésios 2:8).
Enquanto houver templos e pessoas
que dedicam suas vidas exclusivamente a pregação do evangelho neste planeta; esta
é uma opção, dada por Deus, para manutenção de Sua causa. A bem da verdade, que
se diga também: a sua correta utilização pelas instituições que dele fazem uso,
não caracteriza-se como pecado.
© Nelson Teixeira
Santos
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